Doença do vírus de Marburg

febre hemorrágica viral causada pelo vírus de Marburg
(Redirecionado de Doença de Marburg)
 Nota: Este artigo é sobre a doença. Para o vírus, veja Vírus de Marburg.

A doença do vírus de Marburg (MVD do inglês: Marburg virus disease; anteriormente conhecida como febre hemorrágica de Marburg) é uma febre hemorrágica viral em primatas humanos e não humanos, causada por um dos dois vírus de Marburg: vírus de Marburg (MARV) e vírus de Ravn (RAVV).[3] Seus sintomas clínicos são muito semelhantes aos da doença por vírus Ébola (DVE).[1]

Doença do vírus de Marburg
(febre hemorrágica de Marburg)
Doença do vírus de Marburg
Eletromicrografia de transmissão do vírus de Marburg
Especialidade Doenças infecciosas
Sintomas Febre, fraqueza, dor muscular[1]
Duração 2–21 dias após a exposição[1]
Causas Vírus de Marburg[1]
Fatores de risco Contato direto com fluidos corporais de indivíduos infectados pelo vírus[1]
Método de diagnóstico Teste de sangue[1]
Condições semelhantes Doença por vírus Ébola[1]
Tratamento Não há tratamento, apenas cuidados de suporte imediatos[1]
Frequência Rara
Mortes Taxa de letalidade de 24%–88%[2]
Classificação e recursos externos
CID-10 A98.3
CID-9 078.89
CID-11 696598707, 510498140
DiseasesDB 4033
eMedicine 969877
MeSH D008379
A Wikipédia não é um consultório médico. Leia o aviso médico 

Acredita-se que os morcegos frugívoros egípcios sejam os portadores normais na natureza e o RNA do vírus de Marburg foi isolado deles.[4]

Sinais e sintomas editar

O estudo mais detalhado sobre a frequência, início e duração dos sinais e sintomas clínicos da MVD foi realizado durante o surto misto da doença MARV/RAVV de 1998–2000.[5] Uma erupção maculopapular, petéquias, púrpura, equimoses e hematomas (especialmente ao redor dos locais de injeção da agulha) são manifestações hemorrágicas típicas. No entanto, ao contrário da crença popular, a hemorragia não leva à hipovolemia e não é a causa da morte (a perda total de sangue é mínima, exceto durante o parto). Em vez disso, a morte ocorre devido à síndrome da disfunção de múltiplos órgãos devido à redistribuição de fluidos, hipotensão, coagulação intravascular disseminada e necroses teciduais focais.[5][6][7][8]

As fases clínicas da apresentação da febre hemorrágica de Marburg (MHF) são descritas a seguir. Observe que as fases se sobrepõem devido à variabilidade entre os casos:

  1. Fase de Incubação: 2 a 21 dias, com média de 5 a 9 dias.[9]
  2. Fase de Generalização: Dia 1 até o Dia 5 desde o início dos sintomas clínicos. A MHF se apresenta com febre alta de cerca de 40ºC e uma dor de cabeça súbita e intensa, acompanhada de calafrios, fadiga, náusea, vômito, diarreia, faringite, erupção cutânea maculopapular, dor abdominal, conjuntivite e mal-estar.[9]
  3. Fase Inicial do Órgão: Dia 5 até o Dia 13. Os sintomas incluem prostração, dispneia, edema, hiperemia conjuntival, exantema viral e sintomas do sistema nervoso central, incluindo encefalite, confusão, delírio, apatia e agressividade. Os sintomas hemorrágicos geralmente ocorrem tardiamente e anunciam o fim da fase inicial do órgão, levando a uma eventual recuperação ou piora e morte. Os sintomas incluem fezes com sangue, equimoses, vazamento de sangue de locais de punção venosa, hemorragia visceral e mucosa e, possivelmente, hematemese.[9]
  4. Fase Terminal do Órgão: dia 13 até dia 21+. Os sintomas se bifurcam em duas constelações: ou para sobreviventes ou para casos fatais. Os sobreviventes entrarão em uma fase de convalescença, experimentando mialgia, fibromialgia, hepatite, astenia, sintomas oculares e psicose. Os casos fatais continuam a piorar, apresentando febre contínua, obnubilação, coma, convulsões, coagulopatia difusa, distúrbios metabólicos, choque e morte, com a morte ocorrendo tipicamente entre os dias 8 e 16.[9]

Causas editar

Gênero Marburgvirus: espécies e seus vírus causadores da MVD
Nome da espécie Nome do vírus (abreviação)
Marburg marburgvirus* Vírus de Marburg (MARV; anteriormente MBGV)
Vírus de Ravn (RAVV; anteriormente MARV-Ravn)
* = denota a espécie-tipo.

A MVD é causada por dois vírus: vírus de Marburg (MARV) e vírus de Ravn (RAVV), ambos da família Filoviridae.[10]

Os marburgvirus são endêmicos em florestas áridas da África Equatorial.[11][12][13] A maioria das infecções por marburgvirus foi repetidamente associada a pessoas que visitavam cavernas naturais ou trabalhavam em minas. Em 2009, o isolamento bem-sucedido do MARV e RAVV infecciosos foi relatado em morcegos frugívoros egípcios saudáveis ​​capturados em cavernas.[4][14] Esse isolamento sugere fortemente que os morcegos frugívoros do Velho Mundo estão envolvidos na manutenção natural dos marburgvirus, e que visitar cavernas infestadas por morcegos é um fator de risco para adquirir infecções por marburgvirus. Porém, mais estudos são necessários para estabelecer se os morcegos egípcios são os verdadeiros hospedeiros do MARV e RAVV ou se eles são infectados por contato com outro animal e, portanto, servem apenas como hospedeiros intermediários. Outro fator de risco é o contato com primatas não humanos, embora apenas um surto de MVD (em 1967) tenha ocorrido devido ao contato com macacos infectados.[15]

Ao contrário da doença por vírus Ébola (DVE), que tem sido associada a fortes chuvas após longos períodos de tempo seco,[12][16] os fatores desencadeantes para o transbordamento do vírus de Marburg na população humana ainda não foram descritos.[12]

Diagnóstico editar

 
Lesão hepática pelo vírus de Marburg

A MVD é clinicamente indistinguível da doença por vírus Ébola (DVE) e também pode ser facilmente confundida com muitas outras doenças prevalentes na África Equatorial, como outras febres hemorrágicas virais, malária falciparum, febre tifoide, shigelose, doenças rickettsiais como tifo, cólera, sepse gram-negativa, borreliose, como febre recorrente ou enterite por EHEC. Outras doenças infecciosas que devem ser incluídas no diagnóstico diferencial incluem leptospirose, tifo esfolioso, peste, febre Q, candidíase, histoplasmose, tripanossomíase, leishmaniose visceral, varíola hemorrágica, sarampo e hepatite viral fulminante. Doenças não infecciosas que podem ser confundidas com a MVD são leucemia promielocítica aguda, síndrome hemolítico-urêmica, envenenamento por cobra, deficiências de fator de coagulação/distúrbios plaquetários, púrpura trombocitopênica trombótica, telangiectasia hemorrágica hereditária, síndrome de Kawasaki e até intoxicação por varfarina.[17][18][19][20] O indicador mais importante que pode levar à suspeita da MVD no exame clínico é a história médica do paciente, em particular a história de viagens e a história ocupacional (que países e cavernas foram visitadas?) e a exposição do paciente à vida selvagem (exposição a morcegos ou excrementos de morcegos?). A MVD pode ser confirmada pelo isolamento do vírus de Marburg ou pela detecção do antígeno do vírus de Marburg ou RNAs genômicos ou subgenômicos em amostras de sangue ou soro do paciente durante a fase aguda da MVD. O isolamento do Marburgvirus geralmente é realizado pela inoculação de culturas de células epiteliais Vero E6 ou MA-104 do rim de Chlorocebus aethiops ou pela inoculação de células SW-13 do carcinoma adrenal humano, todas as quais reagem à infecção com efeitos citopáticos característicos.[21][22] Os filovirions podem ser facilmente visualizados e identificados na cultura celular por eletromicrografia devido às suas formas filamentosas únicas, porém, a eletromicrografia não pode diferenciar os vários filovírus sozinhos, apesar de algumas diferenças gerais de comprimento.[23] Ensaios de imunofluorescência são usados ​​para confirmar a presença do Marburgvirus em culturas celulares. Durante um surto, o isolamento do vírus e a eletromicrografia geralmente não são opções viáveis. Os métodos de diagnóstico mais comuns são, portanto, RT-PCR[24][25][26][27][28] em conjunto com ELISA de captura de antígeno,[29][30][31] que pode ser realizado em hospitais e laboratórios de campo ou móvel. Ensaios de imunofluorescência indireta não são mais usados ​​para diagnóstico da MVD no campo.[12]

Classificação editar

A doença do vírus de Marburg (MVD) é o nome oficial listado na Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados com a Saúde 10 (CID-10) da Organização Mundial da Saúde para a doença humana causada por qualquer um dos dois Marburgvirus: vírus de Marburg (MARV) e vírus de Ravn (RAVV). Na literatura científica, a febre hemorrágica de Marburg (MHF) é frequentemente usada como um nome alternativo não oficial para a mesma doença. Ambos os nomes das doenças são derivados da cidade alemã de Marburg, onde o MARV foi descoberto pela primeira vez.[15]

Transmissão editar

Os detalhes da transmissão inicial da MVD para humanos permanecem incompletos. A transmissão provavelmente ocorre de morcegos frugívoros egípcios ou outro hospedeiro natural, como primatas não humanos ou através do consumo de carne de animal silvestre, mas as vias específicas e os fluidos corporais envolvidos são desconhecidos. A transmissão da MVD entre humanos ocorre por meio do contato direto com fluidos corporais infectados, como o sangue.[4]

Prevenção editar

Atualmente, não há vacinas aprovadas pela Food and Drug Administration para a prevenção da MVD. Muitas vacinas candidatas foram desenvolvidas e testadas em vários modelos animais.[32][33][34] Dessas, as mais promissoras são as vacinas de DNA[35] ou baseadas em replicons do vírus da encefalite equina venezuelana,[36] do vírus da estomatite vesicular[33][37] ou de partículas semelhantes ao filovírus,[34] sendo que todos esses candidatos poderiam proteger primatas não humanos da doença induzida pelo vírus de Marburg. Vacinas de DNA entraram em ensaios clínicos.[38] Marburgviruses são altamente infecciosos, mas não muito contagiosos. Eles não são transmitidos por aerossol durante surtos naturais da MVD. Devido à ausência de uma vacina aprovada, a prevenção da MVD depende predominantemente da quarentena de casos confirmados ou de alta probabilidade, equipamento de proteção individual adequado, esterilização e desinfecção.[12]

Zonas endêmicas editar

Os hospedeiros naturais de manutenção dos vírus de Marburg ainda precisam ser identificados de forma inequívoca. No entanto, o isolamento da MARV e RAVV de morcegos, e a associação de vários surtos da MVD com minas ou cavernas infestadas por morcegos, sugere fortemente que os morcegos estão envolvidos na transmissão do vírus de Marburg para humanos. Evitar o contato com morcegos e abster-se de visitas a cavernas é altamente recomendado, mas pode não ser possível para aqueles que trabalham em minas ou pessoas que dependem de morcegos como fonte de alimento.[12]

Durante surtos editar

Como os vírus de Marburg não são transmitidos por aerossol, o método de prevenção mais direto durante os surtos da MVD é evitar o contato direto (pele a pele) com os pacientes, suas excreções e fluidos corporais e quaisquer materiais e utensílios possivelmente contaminados. Os pacientes devem ser isolados, mas ainda estão seguros para serem visitados por familiares. A equipe médica deve ser treinada e aplicar técnicas rígidas de enfermagem de bloqueio do vírus (máscara facial descartável, luvas, óculos de proteção e avental o tempo todo). Rituais funerários tradicionais, especialmente aqueles que requerem o embalsamamento de corpos, devem ser desencorajados ou modificados.[39]

No laboratório editar

Os vírus de Marburg são patógenos do grupo de risco 4 da Organização Mundial da Saúde, exigindo contenção equivalente ao nível 4 de biossegurança (BSL-4), sendo que os pesquisadores de laboratório devem ser treinados adequadamente nas práticas BSL-4 e usar equipamentos de proteção individual adequados.[40]

Tratamento editar

Atualmente, não há terapia específica eficaz contra o vírus de Marburg para o tratamento da MVD. O tratamento é principalmente de natureza de suporte e inclui a minimização de procedimentos invasivos, balanceamento de fluidos e eletrólitos para combater a desidratação, administração de anticoagulantes no início da infecção para prevenir ou controlar a coagulação intravascular disseminada, administração de pró-coagulantes no final da infecção para controlar a hemorragia, manutenção dos níveis de oxigênio, controle da dor, e administração de antibióticos ou antifúngicos para tratar infecções secundárias.[41][42]

Prognóstico editar

O prognóstico geralmente é ruim. Se o paciente sobreviver, a recuperação pode ser rápida e completa ou prolongada com sequelas, como orquite, hepatite, uveíte, parotidite, descamação ou alopecia. É importante ressaltar que a MARV é conhecida por ser capaz de persistir em alguns sobreviventes e reativar e causar um surto secundário da MVD ou ser transmitida via esperma, causando casos secundários de infecção e doença.[43][44][45][46]

Das 252 pessoas que contraíram Marburg durante o surto de 2004–2005 de um serotipo particularmente virulento em Angola, 227 morreram, para uma taxa de letalidade de 90%.[47] Embora todas as faixas etárias sejam suscetíveis à infecção, as crianças raramente são infectadas. Na epidemia do Congo de 1998–2000, apenas 8% dos casos eram crianças com menos de 5 anos de idade.[48]

Epidemiologia editar

Abaixo está uma tabela de surtos relativos à doença do vírus de Marburg (MVD) de 1967 a 2023:

Surtos da doença do vírus de Marburg[49]
Ano País Vírus Casos humanos Mortes humanas Taxa de letalidade Ref.
1967   Alemanha Ocidental
  Iugoslávia
MARV 31 7 23%
1975   Rodésia
  África do Sul
MARV 3 1 33%
1980   Quênia MARV 2 1 50%
1987   Quênia RAVV 1 1 100%
1988   União Soviética MARV 1 1 100%
1990   União Soviética MARV 1 0 0%
1998–2000   República Democrática do Congo MARV & RAVV 154 128 83%
2004–2005   Angola MARV 252 227 90%
2007   Uganda MARV & RAVV 4 1 25% [50]
2008   Uganda
  Países Baixos
  Estados Unidos
MARV 2 1 50% [51]
2012   Uganda MARV 18 9 50% [52][53]
2014   Uganda MARV 1 1 100% [54][55]
2017   Uganda MARV 3 3 100% [56]
2021   Guiné MARV 1 1 100% [57][58][59]
2022   Gana MARV 3 2 66.66% [60]
2023   Guiné Equatorial MARV 40 35 71–88% [61][62][63][64]
2023   Tanzânia MARV 9 6 66% [61][65][66]

Surto de 1967 editar

A MVD foi documentada pela primeira vez em 1967, quando 31 pessoas adoeceram nas cidades alemãs de Marburg e Frankfurt am Main, e em Belgrado, Iugoslávia. O surto envolveu 25 infecções primárias por MARV e sete mortes, e seis casos secundários não letais. O surto foi atribuído a macacos Chlorocebus aethiops infectados importados de um local não revelado em Uganda e usados ​​no desenvolvimento de vacinas contra a poliomielite. Os macacos foram recebidos pela Behringwerke, empresa de Marburg fundada pelo primeiro ganhador do Prêmio Nobel de Medicina, Emil Adolf von Behring. A empresa, que na época era propriedade da Hoechst AG, foi originalmente criada para desenvolver soros contra tétano e difteria. Infecções primárias ocorreram na equipe do laboratório da Behringwerke enquanto trabalhavam com tecidos de Chlorocebus aethiops ou culturas de tecidos sem equipamento de proteção individual adequado. Casos secundários envolveram dois médicos, uma enfermeira, um atendente post-mortem e a esposa de um veterinário. Todos os casos secundários tiveram contato direto, geralmente envolvendo sangue, com um caso primário. Ambos os médicos foram infectados por picadas acidentais na pele ao coletar sangue de pacientes.[67][68][69][70] Um relato científico popular desse surto pode ser encontrado no livro The Coming Plague, de Laurie Garrett.[71]

Casos de 1975 editar

Em 1975, um turista australiano foi infectado com MARV na Rodésia (hoje Zimbábue). Ele morreu em um hospital em Joanesburgo, África do Sul. Sua namorada e uma enfermeira assistente foram posteriormente infectadas com MVD, mas sobreviveram.[72][73][74]

Casos de 1980 editar

Um caso de infecção por MARV ocorreu em 1980 no Quênia. Um francês, que trabalhava como engenheiro elétrico em uma fábrica de açúcar em Nzoia (perto de Bungoma), na base do Monte Elgon (que contém a caverna Kitum), foi infectado por meios desconhecidos e morreu em 15 de janeiro, logo após ser internado no Hospital de Nairóbi.[75] O médico assistente contraiu MVD, mas sobreviveu.[76] Um relato científico popular desses casos pode ser encontrado no livro The Hot Zone, de Richard Preston (o francês é referido sob o pseudônimo de "Charles Monet", enquanto o médico é identificado sob seu nome verdadeiro, Shem Musoke).[77]

Caso de 1987 editar

Em 1987, um único caso letal de infecção por RAVV ocorreu em um menino dinamarquês de 15 anos, que passava férias em Kisumu, no Quênia. Ele havia visitado a caverna Kitum no Monte Elgon antes de viajar para Mombasa, onde desenvolveu sinais clínicos de infecção. O menino morreu após ser transferido para o Hospital de Nairóbi.[78] Um relato científico popular deste caso pode ser encontrado no livro The Hot Zone, de Richard Preston (o menino é referido sob o pseudônimo de "Peter Cardinal").[77]

Infecção laboratorial de 1988 editar

Em 1988, o pesquisador Nikolai Ustinov infectou-se letalmente com MARV após se picar acidentalmente com uma seringa usada para inoculação de porquinhos-da-índia. O acidente ocorreu na Associação de Produção Científica "Vektor" (hoje Centro Estadual de Pesquisa de Virologia e Biotecnologia "Vektor") em Koltsovo, União Soviética (hoje Rússia).[79] Muito pouca informação está disponível publicamente sobre este caso de MVD, porque os experimentos de Ustinov foram confidenciais. Um relato científico popular desse caso pode ser encontrado no livro Biohazard, de Ken Alibek.[80]

Infecção laboratorial de 1990 editar

Outro acidente de laboratório ocorreu na Associação de Produção Científica "Vektor" (hoje Centro Estadual de Pesquisa em Virologia e Biotecnologia "Vektor") em Koltsovo, União Soviética (hoje Rússia), quando um cientista contraiu MARV por meios desconhecidos.[43]

Surto de 1998–2000 editar

Um grande surto de MVD ocorreu entre garimpeiros ilegais ao redor da mina de Goroumbwa em Durba e Watsa, República Democrática do Congo, de 1998 a 2000, quando a co-circulação de MARV e RAVV causou 154 casos de MVD e 128 mortes. O surto terminou com a inundação da mina.[5][81][82]

Surto de 2004–2005 editar

No início de 2005, a Organização Mundial da Saúde (OMS) começou a investigar um surto de febre hemorrágica viral em Angola, centrado na província de Uíge, no nordeste, mas que também afetou muitas outras províncias. O governo angolano teve que pedir ajuda internacional, lembrando que havia apenas cerca de 1 200 médicos em todo o país, com algumas províncias tendo apenas dois. Os profissionais de saúde também reclamaram da falta de equipamentos de proteção individual, como luvas, aventais e máscaras. A Médicos sem Fronteiras (MSF) relatou que, quando sua equipe chegou ao hospital provincial no centro do surto, eles o encontraram funcionando sem água e eletricidade. O rastreamento de contatos foi complicado pelo fato de que as estradas do país e outras infraestruturas foram devastadas após quase três décadas de guerra civil e o campo permaneceu repleto de minas terrestres. O Hospital Américo Boa Vida, na capital angolana de Luanda, montou uma ala especial de isolamento para tratar os infectados do interior. Infelizmente, como a MVD geralmente resulta em morte, algumas pessoas passaram a ver hospitais e profissionais de saúde com desconfiança e trataram os ajudantes com hostilidade. Por exemplo, uma enfermaria de isolamento especialmente equipada no hospital da província de Uíge ficou vazia durante grande parte da epidemia, embora a instalação estivesse no centro do surto. A OMS foi forçada a implementar o que descreveu como uma "estratégia de redução de danos", que consistia na distribuição de desinfetantes para as famílias afetadas que recusaram atendimento hospitalar. Das 252 pessoas que contraíram MVD durante o surto, 227 morreram. Foi o maior surto registrado da doença do vírus de Marburg.[83][84][85][86][87][88][89]

Casos de 2007 editar

Em 2007, quatro mineradores foram infectados com o vírus de Marburg no distrito de Kamwenge, Uganda. O primeiro caso, um homem de 29 anos, tornou-se sintomático em 4 de julho de 2007, e foi internado em um hospital três dias depois, mas acabou por morrer em 13 de julho. O rastreamento de contatos revelou que o homem teve contato próximo prolongado com dois colegas (um homem de 22 anos e um homem de 23 anos), que apresentaram sinais clínicos de infecção antes do início da doença. Ambos os homens foram internados em hospitais em junho e sobreviveram às infecções, comprovadamente devidas ao MARV. Um quarto homem, de 25 anos, desenvolveu sinais clínicos de MVD em setembro e demonstrou estar infectado com RAVV. Ele também sobreviveu à infecção.[14][90]

Casos de 2008 editar

Em 10 de julho de 2008, o Instituto Nacional de Saúde Pública e Meio Ambiente dos Países Baixos informou que uma neerlandesa de 41 anos, que visitou a caverna Python na floresta de Maramagambo durante suas férias em Uganda, teve MVD devido à infecção por MARV e foi internada em um hospital nos Países Baixos. A mulher morreu em tratamento no Centro Médico da Universidade de Leiden em 11 de julho. O Ministério da Saúde de Uganda fechou a caverna após este caso.[91] Em 9 de janeiro daquele ano, um médico infectologista notificou o Departamento de Saúde Pública e Meio Ambiente do Colorado que uma estadunidense de 44 anos que havia retornado de Uganda havia sido hospitalizada com febre de origem desconhecida. Na época, o teste sorológico foi negativo para febre hemorrágica viral. Ela recebeu alta em 19 de janeiro de 2008. Após a morte da paciente neerlandesa e a descoberta de que a estadunidense havia visitado a Caverna Python, testes adicionais confirmaram que a paciente apresentava anticorpos MARV e RNA.[92]

Surto em Uganda em 2017 editar

Em outubro de 2017, um surto da doença do vírus de Marburg foi detectado no distrito de Kween, leste de Uganda. Todos os três casos iniciais (pertencentes a uma família – dois irmãos e uma irmã) morreram em 3 de novembro. O quarto caso – um profissional de saúde – desenvolveu sintomas em 4 de novembro e foi internado em um hospital. O primeiro caso confirmado viajou para o Quênia antes da morte. Um contato próximo do segundo caso confirmado viajou para Kampala. Foi relatado que várias centenas de pessoas podem ter sido expostas à infecção.[93][94]

Casos na Guiné em 2021 editar

Em agosto de 2021, dois meses após o fim da epidemia de ébola reemergente na província de Guéckédou, um caso da doença do vírus de Marburg foi confirmado pelas autoridades de saúde por meio de análises laboratoriais.[58] Outro caso potencial da doença em um contato estava aguardando resultados oficiais. Este tinha sido o primeiro caso confirmado de febre hemorrágica de Marburg na África Ocidental. O caso de Marburg também foi identificado em Guéckédou.[57] Durante o surto, um total de um caso confirmado que morreu (CFR = 100%) e 173 contatos foram identificados, incluindo 14 contatos de alto risco com base na exposição.[95] Entre eles, 172 foram acompanhados por um período de 21 dias, dos quais nenhum desenvolveu sintomas. Um contato de alto risco foi perdido durante o acompanhamento.[95] O sequenciamento isolado do paciente guineense mostrou que esse surto foi causado pelo vírus de Marburg, semelhante aos casos em Angola.[96] Uma colônia de morcegos frugívoros egípcios (reservatório hospedeiro do vírus de Marburg) foi encontrada nas proximidades (4,5 km) da vila, onde o surto da doença do vírus de Marburg surgiu em 2021.[97] Dois dos morcegos frugívoros amostrados desta colônia foram PCR positivos para o vírus de Marburg.[97]

Casos na Gana em 2022 editar

Em julho de 2022, a análise preliminar de amostras coletadas de dois pacientes – ambos falecidos – em Gana indicou que os casos eram positivos para o vírus de Marburg. No entanto, por procedimento padrão, as amostras foram enviadas ao Instituto Pasteur de Dakar para confirmação.[98] Em 17 de julho de 2022, os dois casos foram confirmados por Gana,[99] o que levou o país a declarar um surto da doença do vírus de Marburg.[100] Um caso adicional foi identificado, elevando o total para três.[101]

Surtos em 2023 editar

Guiné Equatorial editar

Em fevereiro de 2023, a Guiné Equatorial relatou um surto da doença do vírus de Marburg.[102] Em 8 de junho de 2023, a OMS declarou o fim do surto. No total, foram registrados 17 casos confirmados por laboratório e 12 mortes, sendo que todos os 23 casos prováveis ​​morreram.[61][103]

Tanzânia editar

Em 21 de março de 2023, o Ministério da Saúde da Tanzânia relatou um surto da doença do vírus de Marburg, sendo a primeira vez que o país relata um surto da doença.[104] Em 2 de junho de 2023, a Tanzânia declarou o fim do surto, com nove casos (oito confirmados e um suspeito) e seis mortes devido à doença.[61][105][106]

Investigação editar

Experimentalmente, o vírus recombinante da estomatite vesicular expressando a glicoproteína de MARV foi usado com sucesso em modelos de primatas não humanos como profilaxia pós-exposição.[107] Uma vacina candidata foi eficaz em primatas não humanos.[108] Regimes terapêuticos experimentais baseados na tecnologia antisense mostraram-se promissores, com oligômeros de morfolino fosforodiamidato visando o genoma MARV.[109] Novas terapias de Sarepta e Tekmira também foram usadas com sucesso em humanos e primatas.[110][111]

Referências

  1. a b c d e f g h «Ebola Virus Disease & Marburg Virus Disease - Chapter 3 - 2018 Yellow Book | Travelers' Health | CDC». wwwnc.cdc.gov (em inglês). Consultado em 16 de fevereiro de 2023 
  2. «Marburg virus disease». www.who.int (em inglês). Consultado em 16 de fevereiro de 2023 
  3. Spickler, Anna. «Ebolavirus and Marburgvirus Infections» (PDF) (em inglês). Consultado em 16 de fevereiro de 2023 
  4. a b c Kortepeter, MG; Dierberg, K; Shenoy, ES; Cieslak, TJ; Medical Countermeasures Working Group of the National Ebola Training and Education Center's (NETEC) Special Pathogens Research Network (SPRN) (outubro de 2020). «Marburg virus disease: A summary for clinicians». International Journal of Infectious Diseases (em inglês). 99: 233–242. PMC 7397931 . PMID 32758690. doi:10.1016/j.ijid.2020.07.042 
  5. a b c Bausch, D. G.; Nichol, S. T.; Muyembe-Tamfum, J. J.; Borchert, M.; Rollin, P. E.; Sleurs, H.; Campbell, P.; Tshioko, F. K.; Roth, C.; Colebunders, R.; Pirard, P.; Mardel, S.; Olinda, L. A.; Zeller, H.; Tshomba, A.; Kulidri, A.; Libande, M. L.; Mulangu, S.; Formenty, P.; Grein, T.; Leirs, H.; Braack, L.; Ksiazek, T.; Zaki, S.; Bowen, M. D.; Smit, S. B.; Leman, P. A.; Burt, F. J.; Kemp, A.; Swanepoel, R. (2006). «Marburg Hemorrhagic Fever Associated with Multiple Genetic Lineages of Virus» (PDF). New England Journal of Medicine (em inglês). 355 (9): 909–919. PMID 16943403. doi:10.1056/NEJMoa051465. Consultado em 16 de fevereiro de 2023 
  6. Martini, G. A.; Knauff, H. G.; Schmidt, H. A.; Mayer, G.; Baltzer, G. (2009). «Über eine bisher unbekannte, von Affen eingeschleppte Infektionskrankheit: Marburg-Virus-Krankheit». Deutsche Medizinische Wochenschrift (em inglês). 93 (12): 559–571. PMID 4966280. doi:10.1055/s-0028-1105098 
  7. Stille, W.; Böhle, E.; Helm, E.; Van Rey, W.; Siede, W. (2009). «Über eine durch Cercopithecus aethiops übertragene Infektionskrankheit». Deutsche Medizinische Wochenschrift (em inglês). 93 (12): 572–582. PMID 4966281. doi:10.1055/s-0028-1105099 
  8. Martini, G. A. (1971). «Marburg Virus Disease. Clinical Syndrome». In: Martini, G. A.; Siegert, R. Marburg Virus Disease (em inglês). Berlin, Germany: Springer-Verlag. pp. 1–9. ISBN 978-0-387-05199-4 
  9. a b c d Mehedi, Masfique; Allison Groseth; Heinz Feldmann; Hideki Ebihara (setembro de 2011). «Clinical aspects of Marburg hemorrhagic fever». Future Virol. (em inglês). 6 (9): 1091–1106. PMC 3201746 . PMID 22046196. doi:10.2217/fvl.11.79 
  10. Singh, edited by Sunit K.; Ruzek, Daniel (2014). Viral hemorrhagic fevers (em inglês). Boca Raton: CRC Press. p. 458. ISBN 9781439884317. Consultado em 16 de fevereiro de 2023 
  11. Peterson, A. T.; Bauer, J. T.; Mills, J. N. (2004). «Ecologic and Geographic Distribution of Filovirus Disease». Emerging Infectious Diseases (em inglês). 10 (1): 40–47. PMC 3322747 . PMID 15078595. doi:10.3201/eid1001.030125 
  12. a b c d e f Pinzon, E.; Wilson, J. M.; Tucker, C. J. (2005). «Climate-based health monitoring systems for eco-climatic conditions associated with infectious diseases». Bulletin de la Société de Pathologie Exotique (em inglês). 98 (3): 239–243. PMID 16267968 
  13. Peterson, A. T.; Lash, R. R.; Carroll, D. S.; Johnson, K. M. (2006). «Geographic potential for outbreaks of Marburg hemorrhagic fever». The American Journal of Tropical Medicine and Hygiene (em inglês). 75 (1): 9–15. PMID 16837700. doi:10.4269/ajtmh.2006.75.1.0750009  
  14. a b Towner, J. S.; Amman, B. R.; Sealy, T. K.; Carroll, S. A. R.; Comer, J. A.; Kemp, A.; Swanepoel, R.; Paddock, C. D.; Balinandi, S.; Khristova, M. L.; Formenty, P. B.; Albarino, C. G.; Miller, D. M.; Reed, Z. D.; Kayiwa, J. T.; Mills, J. N.; Cannon, D. L.; Greer, P. W.; Byaruhanga, E.; Farnon, E. C.; Atimnedi, P.; Okware, S.; Katongole-Mbidde, E.; Downing, R.; Tappero, J. W.; Zaki, S. R.; Ksiazek, T. G.; Nichol, S. T.; Rollin, P. E. (2009). Fouchier, Ron A. M., ed. «Isolation of Genetically Diverse Marburg Viruses from Egyptian Fruit Bats». PLOS Pathogens (em inglês). 5 (7): e1000536. PMC 2713404 . PMID 19649327. doi:10.1371/journal.ppat.1000536 
  15. a b Siegert, R.; Shu, H. L.; Slenczka, W.; Peters, D.; Müller, G. (2009). «Zur Ätiologie einer unbekannten, von Affen ausgegangenen menschlichen Infektionskrankheit». Deutsche Medizinische Wochenschrift (em inglês). 92 (51): 2341–2343. PMID 4294540. doi:10.1055/s-0028-1106144 
  16. Tucker, C. J.; Wilson, J. M.; Mahoney, R.; Anyamba, A.; Linthicum, K.; Myers, M. F. (2002). «Climatic and Ecological Context of the 1994–1996 Ebola Outbreaks». Photogrammetric Engineering and Remote Sensing (em inglês). 68 (2): 144–52 
  17. Gear, J. H. (1989). «Clinical aspects of African viral hemorrhagic fevers». Reviews of Infectious Diseases (em inglês). 11 Suppl 4: S777–S782. PMID 2665013. doi:10.1093/clinids/11.supplement_4.s777 
  18. Gear, J. H.; Ryan, J.; Rossouw, E. (1978). «A consideration of the diagnosis of dangerous infectious fevers in South Africa». South African Medical Journal (em inglês). 53 (7): 235–237. PMID 565951 
  19. Grolla, A.; Lucht, A.; Dick, D.; Strong, J. E.; Feldmann, H. (2005). «Laboratory diagnosis of Ebola and Marburg hemorrhagic fever». Bulletin de la Société de Pathologie Exotique (em inglês). 98 (3): 205–209. PMID 16267962 
  20. Bogomolov, B. P. (1998). «Differential diagnosis of infectious diseases with hemorrhagic syndrome». Terapevticheskii Arkhiv (em inglês). 70 (4): 63–68. PMID 9612907 
  21. Hofmann, H.; Kunz, C. (1968). «"Marburg virus" (Vervet monkey disease agent) in tissue cultures». Zentralblatt für Bakteriologie, Parasitenkunde, Infektionskrankheiten und Hygiene. 1. Abt. Medizinisch-hygienische Bakteriologie, Virusforschung und Parasitologie. Originale (em inglês). 208 (1): 344–347. PMID 4988544 
  22. Ksiazek, Thomas G. (1991). «Laboratory diagnosis of filovirus infections in nonhuman primates». Lab Animal (em inglês). 20 (7): 34–6 
  23. Geisbert, T. W.; Jahrling, P. B. (1995). «Differentiation of filoviruses by electron microscopy». Virus Research (em inglês). 39 (2–3): 129–150. PMID 8837880. doi:10.1016/0168-1702(95)00080-1. Consultado em 16 de fevereiro de 2023 
  24. Gibb, T.; Norwood Jr, D. A.; Woollen, N.; Henchal, E. A. (2001). «Development and evaluation of a fluorogenic 5′-nuclease assay to identify Marburg virus». Molecular and Cellular Probes (em inglês). 15 (5): 259–266. PMID 11735297. doi:10.1006/mcpr.2001.0369. Consultado em 16 de fevereiro de 2023 
  25. Drosten, C.; Göttig, S.; Schilling, S.; Asper, M.; Panning, M.; Schmitz, H.; Günther, S. (2002). «Rapid Detection and Quantification of RNA of Ebola and Marburg Viruses, Lassa Virus, Crimean-Congo Hemorrhagic Fever Virus, Rift Valley Fever Virus, Dengue Virus, and Yellow Fever Virus by Real-Time Reverse Transcription-PCR». Journal of Clinical Microbiology (em inglês). 40 (7): 2323–2330. PMC 120575 . PMID 12089242. doi:10.1128/jcm.40.7.2323-2330.2002 
  26. Weidmann, M.; Mühlberger, E.; Hufert, F. T. (2004). «Rapid detection protocol for filoviruses». Journal of Clinical Virology (em inglês). 30 (1): 94–99. PMID 15072761. doi:10.1016/j.jcv.2003.09.004 
  27. Zhai, J.; Palacios, G.; Towner, J. S.; Jabado, O.; Kapoor, V.; Venter, M.; Grolla, A.; Briese, T.; Paweska, J.; Swanepoel, R.; Feldmann, H.; Nichol, S. T.; Lipkin, W. I. (2006). «Rapid Molecular Strategy for Filovirus Detection and Characterization». Journal of Clinical Microbiology (em inglês). 45 (1): 224–226. PMC 1828965 . PMID 17079496. doi:10.1128/JCM.01893-06 
  28. Weidmann, M.; Hufert, F. T.; Sall, A. A. (2007). «Viral load among patients infected with Marburgvirus in Angola». Journal of Clinical Virology (em inglês). 39 (1): 65–66. PMID 17360231. doi:10.1016/j.jcv.2006.12.023 
  29. Saijo, M.; Niikura, M.; Maeda, A.; Sata, T.; Kurata, T.; Kurane, I.; Morikawa, S. (2005). «Characterization of monoclonal antibodies to Marburg virus nucleoprotein (NP) that can be used for NP-capture enzyme-linked immunosorbent assay». Journal of Medical Virology (em inglês). 76 (1): 111–118. PMID 15778962. doi:10.1002/jmv.20332 
  30. Saijo, M.; Niikura, M.; Ikegami, T.; Kurane, I.; Kurata, T.; Morikawa, S. (2006). «Laboratory Diagnostic Systems for Ebola and Marburg Hemorrhagic Fevers Developed with Recombinant Proteins». Clinical and Vaccine Immunology (em inglês). 13 (4): 444–451. PMC 1459631 . PMID 16603611. doi:10.1128/CVI.13.4.444-451.2006 
  31. Saijo, M.; Georges-Courbot, M. C.; Fukushi, S.; Mizutani, T.; Philippe, M.; Georges, A. J.; Kurane, I.; Morikawa, S. (2006). «Marburgvirus nucleoprotein-capture enzyme-linked immunosorbent assay using monoclonal antibodies to recombinant nucleoprotein: Detection of authentic Marburgvirus». Japanese Journal of Infectious Diseases (em inglês). 59 (5): 323–325. PMID 17060700 
  32. Garbutt, M.; Liebscher, R.; Wahl-Jensen, V.; Jones, S.; Möller, P.; Wagner, R.; Volchkov, V.; Klenk, H. D.; Feldmann, H.; Ströher, U. (2004). «Properties of Replication-Competent Vesicular Stomatitis Virus Vectors Expressing Glycoproteins of Filoviruses and Arenaviruses». Journal of Virology (em inglês). 78 (10): 5458–5465. PMC 400370 . PMID 15113924. doi:10.1128/JVI.78.10.5458-5465.2004 
  33. a b Daddario-Dicaprio, K. M.; Geisbert, T. W.; Geisbert, J. B.; Ströher, U.; Hensley, L. E.; Grolla, A.; Fritz, E. A.; Feldmann, F.; Feldmann, H.; Jones, S. M. (2006). «Cross-Protection against Marburg Virus Strains by Using a Live, Attenuated Recombinant Vaccine». Journal of Virology (em inglês). 80 (19): 9659–9666. PMC 1617222 . PMID 16973570. doi:10.1128/JVI.00959-06 
  34. a b Swenson, D. L.; Warfield, K. L.; Larsen, T.; Alves, D. A.; Coberley, S. S.; Bavari, S. (2008). «Monovalent virus-like particle vaccine protects guinea pigs and nonhuman primates against infection with multiple Marburg viruses». Expert Review of Vaccines (em inglês). 7 (4): 417–429. PMID 18444889. doi:10.1586/14760584.7.4.417 
  35. Riemenschneider, J.; Garrison, A.; Geisbert, J.; Jahrling, P.; Hevey, M.; Negley, D.; Schmaljohn, A.; Lee, J.; Hart, M. K.; Vanderzanden, L.; Custer, D.; Bray, M.; Ruff, A.; Ivins, B.; Bassett, A.; Rossi, C.; Schmaljohn, C. (2003). «Comparison of individual and combination DNA vaccines for B. Anthracis, Ebola virus, Marburg virus and Venezuelan equine encephalitis virus». Vaccine (em inglês). 21 (25–26): 4071–4080. PMID 12922144. doi:10.1016/S0264-410X(03)00362-1. Consultado em 16 de fevereiro de 2023 
  36. Hevey, M.; Negley, D.; Pushko, P.; Smith, J.; Schmaljohn, A. (Nov 1998). «Marburg virus vaccines based upon alphavirus replicons protect guinea pigs and nonhuman primates». Virology (em inglês). 251 (1): 28–37. ISSN 0042-6822. PMID 9813200. doi:10.1006/viro.1998.9367  
  37. Jones, M.; Feldmann, H.; Ströher, U.; Geisbert, J. B.; Fernando, L.; Grolla, A.; Klenk, H. D.; Sullivan, N. J.; Volchkov, V. E.; Fritz, E. A.; Daddario, K. M.; Hensley, L. E.; Jahrling, P. B.; Geisbert, T. W. (2005). «Live attenuated recombinant vaccine protects nonhuman primates against Ebola and Marburg viruses». Nature Medicine (em inglês). 11 (7): 786–790. PMID 15937495. doi:10.1038/nm1258  
  38. «Ebola/Marburg Vaccine Development» (Nota de imprensa) (em inglês). National Institute of Allergy and Infectious Diseases. 15 de setembro de 2008. Consultado em 16 de fevereiro de 2023. Arquivado do original em 6 de março de 2010 
  39. Centers for Disease Control and Prevention and World Health Organization (1998). Infection Control for Viral Haemorrhagic Fevers in the African Health Care Setting (PDF) (em inglês). Atlanta, Georgia, USA: Centers for Disease Control and Prevention. Consultado em 16 de fevereiro de 2023. Arquivado do original (PDF) em 7 de maio de 2009 
  40. US Department of Health and Human Services. «Biosafety in Microbiological and Biomedical Laboratories (BMBL) 5th Edition» (em inglês). Consultado em 16 de fevereiro de 2023 
  41. Bausch, D. G.; Feldmann, H.; Geisbert, T. W.; Bray, M.; Sprecher, A. G.; Boumandouki, P.; Rollin, P. E.; Roth, C.; Winnipeg Filovirus Clinical Working Group (2007). «Outbreaks of Filovirus Hemorrhagic Fever: Time to Refocus on the Patient». The Journal of Infectious Diseases (em inglês). 196: S136–S141. PMID 17940941. doi:10.1086/520542  
  42. Jeffs, B. (2006). «A clinical guide to viral haemorrhagic fevers: Ebola, Marburg and Lassa». Tropical Doctor (em inglês). 36 (1): 1–4. PMID 16483416. doi:10.1258/004947506775598914 
  43. a b Nikiforov, V. V.; Turovskiĭ, I.; Kalinin, P. P.; Akinfeeva, L. A.; Katkova, L. R.; Barmin, V. S.; Riabchikova, E. I.; Popkova, N. I.; Shestopalov, A. M.; Nazarov, V. P. (1994). «A case of a laboratory infection with Marburg fever». Zhurnal Mikrobiologii, Epidemiologii, I Immunobiologii (em inglês) (3): 104–106. PMID 7941853 
  44. Martini, G. A.; Schmidt, H. A. (1968). «Spermatogenic transmission of the "Marburg virus". (Causes of "Marburg simian disease")». Klinische Wochenschrift (em inglês). 46 (7): 398–400. PMID 4971902. doi:10.1007/bf01734141 
  45. Siegert, R.; Shu, H. -L.; Slenczka, W. (2009). «Nachweis des "Marburg-Virus" beim Patienten». Deutsche Medizinische Wochenschrift (em inglês). 93 (12): 616–619. PMID 4966286. doi:10.1055/s-0028-1105105 
  46. Kuming, B. S.; Kokoris, N. (1977). «Uveal involvement in Marburg virus disease». The British Journal of Ophthalmology (em inglês). 61 (4): 265–266. PMC 1042937 . PMID 557985. doi:10.1136/bjo.61.4.265 
  47. «Known Cases and Outbreaks of Marburg Hemorrhagic Fever, in Chronological Order» (em inglês). Centers for Disease Control and Prevention. 31 de julho de 2009. Consultado em 16 de fevereiro de 2023. Arquivado do original em 20 de setembro 2011 
  48. «Marburg haemorrhagic fever». Health Topics A to Z (em inglês). Consultado em 16 de fevereiro de 2023 
  49. «Outbreak Table | Marburg Hemorrhagic Fever | CDC». www.cdc.gov (em inglês). Centers for Disease Control and Prevention. Consultado em 16 de fevereiro de 2023 
  50. «WHO | Marburg haemorrhagic fever in Uganda». www.who.int (em inglês). Consultado em 16 de fevereiro de 2023. Arquivado do original em 8 de outubro de 2014 
  51. «Imported Case of Marburg Hemorrhagic Fever --- Colorado, 2008». cdc.gov (em inglês). Consultado em 16 de fevereiro de 2023 
  52. «Marburg hemorrhagic fever outbreak continues in Uganda» (em inglês). Outubro de 2012. Consultado em 16 de fevereiro de 2023 
  53. «WHO | Marburg haemorrhagic fever in Uganda – update». www.who.int (em inglês). Consultado em 16 de fevereiro de 2023. Arquivado do original em 10 de agosto de 2014 
  54. «1st LD-Writethru: Deadly Marburg hemorrhagic fever breaks out in Uganda» (em inglês). 5 de outubro de 2014. Consultado em 16 de fevereiro de 2023 
  55. «WHO | Marburg virus disease – Uganda». www.who.int (em inglês). Consultado em 16 de fevereiro de 2023. Arquivado do original em 17 de novembro de 2014 
  56. «Uganda controls deadly Marburg fever outbreak, WHO says» (em inglês). ABC News. Consultado em 16 de fevereiro de 2023. Arquivado do original em 8 de dezembro de 2017 
  57. a b «Guinea records probable case of Ebola-like Marburg virus». Reuters (em inglês). 7 de agosto de 2021. Consultado em 16 de fevereiro de 2023 
  58. a b «West Africa's first-ever case of Marburg virus disease confirmed in Guinea». who.int (em inglês). 9 de agosto de 2021. Consultado em 16 de fevereiro de 2023 
  59. «Guinea records West Africa's first Marburg virus death, WHO says». Reuters (em inglês). 10 de agosto de 2021. Consultado em 16 de fevereiro de 2023 
  60. «Ghana confirms first cases of deadly Marburg virus». BBC News (em inglês). 18 de julho de 2022. Consultado em 16 de fevereiro de 2023 
  61. a b c d «WHO declares end to Marburg virus outbreak in Equatorial Guinea». France 24. Consultado em 19 de junho de 2023 
  62. «Equatorial Guinea declares outbreak of Ebola-like Marburg virus». BNO News. 13 de fevereiro de 2023. Consultado em 14 de fevereiro de 2023 
  63. Schnirring, Lisa (4 de abril de 2023). «Equatorial Guinea confirms another Marburg virus case». University of Minnesota. CIDRAP. Consultado em 4 de abril de 2023 
  64. Schnirring, Lisa (24 de abril de 2023). «New fatal Marburg case reported in Equatorial Guinea». University of Minnesota. CIDRAP. Consultado em 25 de abril de 2023 
  65. Schnirring, Lisa (22 de março de 2023). «Tanzania declares Marburg virus outbreak». University of Minnesota. CIDRAP. Consultado em 22 de março de 2023 
  66. «Tanzania reports additional Marburg virus disease case». Outbreak News Today. 24 de abril de 2023. Consultado em 25 de abril de 2023 
  67. Kissling, R. E.; Robinson, R. Q.; Murphy, F. A.; Whitfield, S. G. (1968). «Agent of disease contracted from green monkeys». Science (em inglês). 160 (830): 888–890. Bibcode:1968Sci...160..888K. PMID 4296724. doi:10.1126/science.160.3830.888 
  68. Bonin, O. (1969). «The Cercopithecus monkey disease in Marburg and Frankfurt (Main), 1967». Acta Zoologica et Pathologica Antverpiensia (em inglês). 48: 319–331. PMID 5005859 
  69. Jacob, H.; Solcher, H. (1968). «An infectious disease transmitted by Cercopithecus aethiops ("marbury disease") with glial nodule encephalitis». Acta Neuropathologica (em inglês). 11 (1): 29–44. PMID 5748997. doi:10.1007/bf00692793 
  70. Stojkovic, L.; Bordjoski, M.; Gligic, A.; Stefanovic, Z. (1971). «Two Cases of Cercopithecus-Monkeys-Associated Haemorrhagic Fever». In: Martini, G. A.; Siegert, R. Marburg Virus Disease (em inglês). Berlin, Germany: Springer-Verlag. pp. 24–33. ISBN 978-0-387-05199-4 
  71. Garrett, Laurie (1994). The Coming Plague: Newly Emerging Diseases in a World Out of Balance (em inglês). New York, USA: Farrar, Straus & Giroux. ISBN 978-0-374-12646-9. Consultado em 16 de fevereiro de 2023 
  72. Gear, J. S.; Cassel, G. A.; Gear, A. J.; Trappler, B.; Clausen, L.; Meyers, A. M.; Kew, M. C.; Bothwell, T. H.; Sher, R.; Miller, G. B.; Schneider, J.; Koornhof, H. J.; Gomperts, E. D.; Isaäcson, M.; Gear, J. H. (1975). «Outbreake of Marburg virus disease in Johannesburg». British Medical Journal (em inglês). 4 (5995): 489–493. PMC 1675587 . PMID 811315. doi:10.1136/bmj.4.5995.489 
  73. Gear, J. H. (1977). «Haemorrhagic fevers of Africa: An account of two recent outbreaks». Journal of the South African Veterinary Association (em inglês). 48 (1): 5–8. PMID 406394 
  74. Conrad, J. L.; Isaacson, M.; Smith, E. B.; Wulff, H.; Crees, M.; Geldenhuys, P.; Johnston, J. (1978). «Epidemiologic investigation of Marburg virus disease, Southern Africa, 1975». The American Journal of Tropical Medicine and Hygiene (em inglês). 27 (6): 1210–1215. PMID 569445. doi:10.4269/ajtmh.1978.27.1210 
  75. Dellatola, Lesley (maio de 1980). «Victory for Virology». South African Panorama (em inglês). 25 (5): 2–6. Consultado em 16 de fevereiro de 2023 – via Internet Archive 
  76. Smith, D. H.; Johnson, B. K.; Isaacson, M.; Swanapoel, R.; Johnson, K. M.; Killey, M.; Bagshawe, A.; Siongok, T.; Keruga, W. K. (1982). «Marburg-virus disease in Kenya». Lancet (em inglês). 1 (8276): 816–820. PMID 6122054. doi:10.1016/S0140-6736(82)91871-2 
  77. a b Preston, Richard (1994). The Hot Zone – A Terrifying New Story (em inglês). New York, USA: Random House. ISBN 978-0-385-47956-1 
  78. Johnson, E. D.; Johnson, B. K.; Silverstein, D.; Tukei, P.; Geisbert, T. W.; Sanchez, A. N.; Jahrling, P. B. (1996). «Characterization of a new Marburg virus isolated from a 1987 fatal case in Kenya». Archives of Virology. Supplementum (em inglês). 11: 101–114. ISBN 978-3-211-82829-8. PMID 8800792. doi:10.1007/978-3-7091-7482-1_10 
  79. Beer, B.; Kurth, R.; Bukreyev, A. (1999). «Characteristics of Filoviridae: Marburg and Ebola viruses». Die Naturwissenschaften (em inglês). 86 (1): 8–17. Bibcode:1999NW.....86....8B. PMID 10024977. doi:10.1007/s001140050562 
  80. Alibek, Ken; Handelman, Steven (1999). Biohazard: The Chilling True Story of the Largest Covert Biological Weapons Program in the World—Told from Inside by the Man Who Ran It (em inglês). New York, USA: Random House. ISBN 978-0-385-33496-9. Consultado em 16 de fevereiro de 2023 
  81. Bertherat, E.; Talarmin, A.; Zeller, H. (1999). «Democratic Republic of the Congo: Between civil war and the Marburg virus. International Committee of Technical and Scientific Coordination of the Durba Epidemic». Médecine Tropicale: Revue du Corps de Santé Colonial (em inglês). 59 (2): 201–204. PMID 10546197 
  82. Bausch, D. G.; Borchert, M.; Grein, T.; Roth, C.; Swanepoel, R.; Libande, M. L.; Talarmin, A.; Bertherat, E.; Muyembe-Tamfum, J. J.; Tugume, B.; Colebunders, R.; Kondé, K. M.; Pirad, P.; Olinda, L. L.; Rodier, G. R.; Campbell, P.; Tomori, O.; Ksiazek, T. G.; Rollin, P. E. (2003). «Risk Factors for Marburg Hemorrhagic Fever, Democratic Republic of the Congo». Emerging Infectious Diseases (em inglês). 9 (12): 1531–1537. PMC 3034318 . PMID 14720391. doi:10.3201/eid0912.030355 
  83. Roddy, P.; Thomas, S. L.; Jeffs, B.; Nascimento Folo, P.; Pablo Palma, P.; Moco Henrique, B.; Villa, L.; Damiao Machado, F. P.; Bernal, O.; Jones, S. M.; Strong, J. E.; Feldmann, H.; Borchert, M. (2010). «Factors Associated with Marburg Hemorrhagic Fever: Analysis of Patient Data from Uige, Angola». The Journal of Infectious Diseases (em inglês). 201 (12): 1909–1918. PMC 3407405 . PMID 20441515. doi:10.1086/652748 
  84. Hovette, P. (2005). «Epidemic of Marburg hemorrhagic fever in Angola». Médecine Tropicale: Revue du Corps de Santé Colonial (em inglês). 65 (2): 127–128. PMID 16038348 
  85. Ndayimirije, N.; Kindhauser, M. K. (2005). «Marburg Hemorrhagic Fever in Angola—Fighting Fear and a Lethal Pathogen». New England Journal of Medicine (em inglês). 352 (21): 2155–2157. PMID 15917379. doi:10.1056/NEJMp058115  
  86. Towner, J. S.; Khristova, M. L.; Sealy, T. K.; Vincent, M. J.; Erickson, B. R.; Bawiec, D. A.; Hartman, A. L.; Comer, J. A.; Zaki, S. R.; Ströher, U.; Gomes Da Silva, F.; Del Castillo, F.; Rollin, P. E.; Ksiazek, T. G.; Nichol, S. T. (2006). «Marburgvirus Genomics and Association with a Large Hemorrhagic Fever Outbreak in Angola». Journal of Virology (em inglês). 80 (13): 6497–6516. PMC 1488971 . PMID 16775337. doi:10.1128/JVI.00069-06 
  87. Jeffs, B.; Roddy, P.; Weatherill, D.; De La Rosa, O.; Dorion, C.; Iscla, M.; Grovas, I.; Palma, P. P.; Villa, L.; Bernal, O.; Rodriguez-Martinez, J.; Barcelo, B.; Pou, D.; Borchert, M. (2007). «The Médecins Sans Frontières Intervention in the Marburg Hemorrhagic Fever Epidemic, Uige, Angola, 2005. I. Lessons Learned in the Hospital». The Journal of Infectious Diseases (em inglês). 196: S154–S161. PMID 17940944. doi:10.1086/520548  
  88. Roddy, P.; Weatherill, D.; Jeffs, B.; Abaakouk, Z.; Dorion, C.; Rodriguez-Martinez, J.; Palma, P. P.; De La Rosa, O.; Villa, L.; Grovas, I.; Borchert, M. (2007). «The Médecins Sans Frontières Intervention in the Marburg Hemorrhagic Fever Epidemic, Uige, Angola, 2005. II. Lessons Learned in the Community». The Journal of Infectious Diseases (em inglês). 196: S162–S167. PMID 17940945. doi:10.1086/520544  
  89. Roddy, P.; Marchiol, A.; Jeffs, B.; Palma, P. P.; Bernal, O.; De La Rosa, O.; Borchert, M. (2009). «Decreased peripheral health service utilisation during an outbreak of Marburg haemorrhagic fever, Uíge, Angola, 2005» (PDF). Transactions of the Royal Society of Tropical Medicine and Hygiene (em inglês). 103 (2): 200–202. PMID 18838150. doi:10.1016/j.trstmh.2008.09.001. hdl:10144/41786 . Consultado em 16 de fevereiro de 2023. Arquivado do original (PDF) em 9 de agosto de 2017 
  90. Adjemian, J.; Farnon, E. C.; Tschioko, F.; Wamala, J. F.; Byaruhanga, E.; Bwire, G. S.; Kansiime, E.; Kagirita, A.; Ahimbisibwe, S.; Katunguka, F.; Jeffs, B.; Lutwama, J. J.; Downing, R.; Tappero, J. W.; Formenty, P.; Amman, B.; Manning, C.; Towner, J.; Nichol, S. T.; Rollin, P. E. (2011). «Outbreak of Marburg Hemorrhagic Fever Among Miners in Kamwenge and Ibanda Districts, Uganda, 2007». Journal of Infectious Diseases (em inglês). 204 (Suppl 3): S796–S799. PMC 3203392 . PMID 21987753. doi:10.1093/infdis/jir312 
  91. Timen, A.; Koopmans, M. P.; Vossen, A. C.; Van Doornum, G. J.; Günther, S.; Van Den Berkmortel, F.; Verduin, K. M.; Dittrich, S.; Emmerich, P.; Osterhaus, A. D. M. E.; Van Dissel, J. T.; Coutinho, R. A. (2009). «Response to Imported Case of Marburg Hemorrhagic Fever, the Netherlands». Emerging Infectious Diseases (em inglês). 15 (8): 1171–1175. PMC 2815969 . PMID 19751577. doi:10.3201/eid1508.090015 
  92. Centers for Disease Control and Prevention (CDC) (2009). «Imported case of Marburg hemorrhagic fever - Colorado, 2008». MMWR. Morbidity and Mortality Weekly Report (em inglês). 58 (49): 1377–1381. PMID 20019654 
  93. «Marburg virus disease – Uganda and Kenya» (em inglês). WHO. 7 de novembro de 2017. Consultado em 16 de fevereiro de 2023. Arquivado do original em 9 de novembro de 2017 
  94. Dana Dovey (18 de novembro de 2017). «WHAT IS MARBURG? THIS VIRUS CAUSES VICTIMS TO BLEED FROM EVERY ORIFICE AND DIE». Newsweek (em inglês). Consultado em 16 de fevereiro de 2023 
  95. a b «Marburg virus disease - Guinea». www.who.int (em inglês). Consultado em 16 de fevereiro de 2023 
  96. Koundouno, Fara R.; Kafetzopoulou, Liana E.; Faye, Martin; Renevey, Annick; Soropogui, Barrè; Ifono, Kékoura; Nelson, Emily V.; Kamano, Aly A.; Tolno, Charles; Annibaldis, Giuditta; Millimono, Saa L.; Camara, Jacob; Kourouma, Karifa; Doré, Ahmadou; Millimouno, Tamba E. (30 de junho de 2022). «Detection of Marburg Virus Disease in Guinea». New England Journal of Medicine (em inglês). 386 (26): 2528–2530. ISSN 0028-4793. PMC 7613962 . PMID 35767445. doi:10.1056/NEJMc2120183 
  97. a b Makenov, Marat; Boumbaly, Sanaba; Tolno, Faya Raphael; Sacko, Nouminy; N’Fatoma, Leno Tamba; Mansare, Oumar; Kolie, Bonaventure; Stukolova, Olga; Morozkin, Evgeny; Kholodilov, Ivan; Zhurenkova, Olga; Fyodorova, Marina; Akimkin, Vasily; Popova, Anna; Conde, Namoudou (4 de novembro de 2022). «Investigating the Zoonotic Origin of the Marburg Virus Outbreak in Guinea in 2021» (em inglês): 2022.11.03.514981. doi:10.1101/2022.11.03.514981. Consultado em 16 de fevereiro de 2023 
  98. «Ghana reports first-ever suspected cases of Marburg virus disease». Organização Mundial da Saúde (em inglês). Consultado em 16 de fevereiro de 2023 
  99. «Ghana confirms its first outbreak of highly infectious Marburg virus». Reuters (em inglês). 18 de julho de 2022. Consultado em 16 de fevereiro de 2023 
  100. «Ghana Declares First Marburg Virus Disease Outbreak». Bloomberg.com (em inglês). 18 de julho de 2022. Consultado em 16 de fevereiro de 2023 
  101. «Update on Marburg Virus Disease Outbreak in Ghana» (em inglês). Ghana Health Service Official. Consultado em 16 de fevereiro de 2023 
  102. «Equatorial Guinea confirms first-ever Marburg virus disease outbreak». Organização Mundial da Saúde (em inglês). Consultado em 16 de fevereiro de 2023 
  103. «Death Toll In E. Guinea Marburg Outbreak Rises To 11». Barron's (em inglês). 28 de fevereiro de 2023. Consultado em 3 de março de 2023 
  104. «Tanzania confirms first-ever outbreak of Marburg Virus Disease». WHO | Regional Office for Africa (em inglês). 21 de março de 2023. Consultado em 19 de abril de 2023 
  105. «Marburg virus disease - Equatorial Guinea and the United Republic of Tanzania». www.who.int (em inglês). Consultado em 30 de maio de 2023 
  106. «Tanzania declares end of Marburg viral outbreak». Reuters. 2 de junho de 2023. Consultado em 19 de junho de 2023 
  107. Daddario-Dicaprio, K. M.; Geisbert, T. W.; Ströher, U.; Geisbert, J. B.; Grolla, A.; Fritz, E. A.; Fernando, L.; Kagan, E.; Jahrling, P. B.; Hensley, L. E.; Jones, S. M.; Feldmann, H. (2006). «Postexposure protection against Marburg haemorrhagic fever with recombinant vesicular stomatitis virus vectors in non-human primates: An efficacy assessment» (PDF). The Lancet (em inglês). 367 (9520): 1399–1404. PMID 16650649. doi:10.1016/S0140-6736(06)68546-2. Consultado em 16 de fevereiro de 2023. Cópia arquivada em 27 de setembro de 2017 
  108. Woolsey, Courtney; Cross, Robert W.; Agans, Krystle N.; Borisevich, Viktoriya; Deer, Daniel J.; Geisbert, Joan B.; Gerardi, Cheryl; Latham, Theresa E.; Fenton, Karla A.; Egan, Michael A.; Eldridge, John H.; Geisbert, Thomas W.; Mattasov, Demetrius (2022). «A highly attenuated Vesiculovax vaccine rapidly protects nonhuman primates against lethal Marburg virus challenge». PLOS Neglected Tropical Diseases (em inglês). 16 (5): e0010433. PMC 9182267 . PMID 35622847. doi:10.1371/journal.pntd.0010433 
  109. Warren, T. K.; Warfield, K. L.; Wells, J.; Swenson, D. L.; Donner, K. S.; Van Tongeren, S. A.; Garza, N. L.; Dong, L.; Mourich, D. V.; Crumley, S.; Nichols, D. K.; Iversen, P. L.; Bavari, S. (2010). «Advanced antisense therapies for postexposure protection against lethal filovirus infections». Nature Medicine (em inglês). 16 (9): 991–994. PMID 20729866. doi:10.1038/nm.2202 
  110. «Sarepta Therapeutics Announces Positive Safety Results from Phase I Clinical Study of Marburg Drug Candidate - Business Wire» (em inglês). 10 de fevereiro de 2014. Consultado em 16 de fevereiro de 2023 
  111. «Successful Marburg Virus Treatment Offers Hope for Ebola Patients». National Geographic (em inglês). 20 de agosto de 2014. Consultado em 16 de fevereiro de 2023 

Leituras adicionais editar

  • Klenk, Hans-Dieter (1999). Marburg and Ebola Viruses. Current Topics in Microbiology and Immunology, vol. 235 (em inglês). Berlin, Germany: Springer-Verlag. ISBN 978-3-540-64729-4 
  • Klenk, Hans-Dieter; Feldmann, Heinz (2004). Ebola and Marburg Viruses: Molecular and Cellular Biology (em inglês). Wymondham, Norfolk, UK: Horizon Bioscience. ISBN 978-0-9545232-3-7 
  • Kuhn, Jens H. (2008). Filoviruses: A Compendium of 40 Years of Epidemiological, Clinical, and Laboratory Studies. Archives of Virology Supplement, vol. 20 (em inglês). Vienna, Austria: SpringerWienNewYork. ISBN 978-3-211-20670-6 
  • Martini, G. A.; Siegert, R. (1971). Marburg Virus Disease (em inglês). Berlin, Germany: Springer-Verlag. ISBN 978-0-387-05199-4 
  • Ryabchikova, Elena I.; Price, Barbara B. (2004). Ebola and Marburg Viruses: A View of Infection Using Electron Microscopy (em inglês). Columbus, Ohio, USA: Battelle Press. ISBN 978-1-57477-131-2 

Ligações externas editar

 
Commons
O Commons possui imagens e outros ficheiros sobre Doença do vírus de Marburg
 
O Scholia tem um perfil para Doença do vírus de Marburg.