Economia da Líbia

A economia da Líbia depende basicamente do setor petrolífero, preenchendo cerca de 30% do Produto Interno Bruto, além de ser responsável por 95% das exportações.[1] Os rendimentos proporcionados pelo petróleo, e o fato de a população ser reduzida, faz com que este país tenha o maior rendimentos per capita de África.

Economia da Líbia
Economia da Líbia
Notas líbias
Moeda Dinar líbio
Ano fiscal Ano calendário
Blocos comerciais OPEP, UA
Estatísticas
PIB 90,57 bilhões (2010) (74º lugar)
Variação do PIB 4,2% (2010)
PIB per capita 14.000 (2010)
PIB por setor agricultura 2,6%, indústria 63,8%, comércio e serviços 33,6% (2010)
Inflação (IPC) 3% (2010)
Força de trabalho total 1 729 000 (2010)
Força de trabalho
por ocupação
agricultura 17%, indústria 23%, comércio e serviços 59% (2004)
Desemprego 30% (2004)
Principais indústrias petróleo, petroquímicos, alumínio, ferro e aço, processamento de alimentos, têxteis, artesanato, cimento
Exterior
Exportações 44,89 bilhões (2010)
Produtos exportados petróleo bruto, derivados de petróleo, gás natural, produtos químicos
Principais parceiros de exportação Itália 37,6%, Alemanha 10,4%, França 8,4%, República Popular da China 8,3%, Espanha 7,9%, Estados Unidos 5,2% (2009)
Importações 24,47 bilhões (2010)
Produtos importados máquinas, semi-manufaturados, alimentos, equipamentos de transporte, bens de consumo
Principais parceiros de importação Itália 17,6%, República Popular da China 10,3%, Turquia 9,3%, Alemanha 8,1%, Coreia do Sul 6,4%, França 5,3%, Egito 5,1%, Tunísia 4,9% (2009)
Dívida externa bruta 6 378 bilhões (2010)
Finanças públicas
Receitas 42,31 bilhões (2010)
Despesas US$ 38,92 bilhões (2010)
Fonte principal: The World Factbook
Salvo indicação contrária, os valores estão em US$

Em 1957, ocorreram as primeiras descobertas de jazidas de petróleo e tinha início a extração de petróleo em larga escala, fenômeno que transformaria a economia daquele país na segunda metade do século XX.

Em 1970, já era o sexto maior produtor mundial de petróleo (atrás dos Estados Unidos, da União Soviética, do Irã, da Arábia Saudita e da Venezuela, em janeiro daquele ano, como desdobramento da tomada do poder pelos partidários de Muammar al-Gaddafi, tiveram início dois anos de negociações com 20 empresas transnacionais exploradoras de petróleo, que permitiram um aumento das receitas do país com a extração do produto.

Em 1992, a Líbia era o 13º maior produtor mundial de petróleo, tal atividade representava um terço do Produto Interno Bruto (PIB) de US$ 29 bilhões em 1990, e representava 99% das exportações (US$ 11 bilhões em 1990), mas emprega apenas 10% da força de trabalho. 95% daquele petróleo era exportado para a Europa, era um petróleo de alta qualidade, com baixo teor de enxofre, que permitia a obtenção de grandes quantidades de combustíveis leves, como gasolina, querosene e nafta, com baixos custos de refinação.

Na década de 1990, observava-se que a agricultura empregava 20% da força de trabalho, mas representava apenas 5% do PIB e que o país importava 75% dos alimentos consumidos, esse mal desempenho da atividade agrícola, decorre, em parte, do fato de que 95% do território líbio é desértico, sendo apenas 5% das terras consideradas como cultiváveis. Naquela época, as principais culturas eram o trigo, a cevada, azeitonas, tâmaras, frutas cítricas e amendoim.[2]

Apesar dos sucessivos bloqueios econômicos impostos pela Organização das Nações Unidas e alguns países ocidentais, a economia do país conseguiu manter-se, e a Líbia nunca conheceu situações tão desesperadas como as que viveu o Iraque, após ser vítima de medidas similares por parte da ONU. Em 2003 após reformas econômicas, a ONU suspendeu o bloqueio econômico ao país.[3]

Referências

  1. «Cópia arquivada». Consultado em 7 de março de 2011. Arquivado do original em 12 de março de 2011 
  2. Libya Arquivado agosto 4, 2012 no WebCite em inglês, acesso em 01 de dezembro de 2012
  3. CIA - The World Factbook
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