Eleições gerais no Equador em 2009

As eleições gerais equatorianas de 2009 foram realizadas em 26 de abril, devido à aprovação em referendo da nova constituição do país, proposta pelo presidente Rafael Correa.

Eleições gerais no Equador em 2009
  2006 ←  → 2013
26 de abril de 2009
Segundo Turno
Rafael Correa Lucio Gutiérrez
Candidato Rafael Correa Lucio Gutiérrez
Partido AP PSP
Natural de Guayaquil Quito
Companheiro de chapa Lenín Moreno (AP) Felipe Mantilla (PSP)
Vencedor em 17 provincias 7 provincias
Votos 3,586,439 1,947,830
Porcentagem 51.99% 28.24%

Titular
Correa
AP

Eleito
Correa
AP

Foram eleitos também os 124 integrantes da Assembleia Nacional (Legislativo), 23 governadores, 221 prefeitos e 1.581 vereadores

O pleito editar

O pleito começou às 7h e terminou às 19h. Mais de 44 mil mesas eleitorais foram abertas em todo o país. Ao todo, mais de 10,5 milhões de equatorianos eram esperados a votar.[1]

Fraudes e troca de acusações editar

Os principais candidatos que disputam o pleito trocaram acusações e denunciaram supostas fraudes que poderiam comprometer os resultados. O presidente Rafael Correa, disse ter visto nas ruas da capital, militantes políticos trajando roupas que faziam alusão ao partido Sociedade Patriótica, do ex-presidente Lucio Gutiérrez. Contanto, o próprio Gutiérrez, falando de outro lugar da cidade, também relatou que militantes ligados à Correa estariam distribuindo produtos em troca de votos, como lâmpadas que diminuem o consumo de energia elétrica e sacos de adubo para agricultores "Quero convocar à resistência o povo equatoriano e todos os que votaram em Lucio Gutiérrez". Já a candidata Martha Roldós, do partido Rede Ética e Democracia, afirmou,que a votação poderia ser prejudicada por fraudes, e por isso, chegou a aconselhar os eleitores a tirar fotos da cédula e do comprovante de voto.O empresário Álvaro Noboa, por sua vez, disse ter estudos que indicam que ele será o primeiro colocado na votação e disputará o segundo turno com Correa, em 14 de junho. Já Diego Delgado, candidato do Movimento de Integração e Transformação Social, alertou para o risco de fraude em colégios eleitorais situados em áreas remotas, onde segundo ele os meios de comunicação não conseguem garantir sua transparência.[2]

A "presença dominante" do presidente Correa na imprensa prejudicou a equidade da votação, anunciou a missão observadora da União Europeia. Em informe preliminar, a delegação indicou que a eleição "foi bem organizada, num ambiente em grande medida tranquilo, ordenado e entusiasta", expressou o português José Ribeiro e Castro, chefe da missão da UE. "Foram estabelecidas as bases para eleições transparentes (...) mas uma campanha mais igual teria beneficiado o processo", disse o ele.[3]

Em resposta, a Justiça Eleitoral do país reafirmou a transparência do pleito e rejeitou as afirmações. "A vontade cidadã foi manifestada nas urnas no domingo, dia 26. Este é o resultado que será proclamado", garantiu o presidente do Conselho Nacional Eleitoral, Omar Simon.[4]

Resultados editar

Contabilizados 77% dos votos, Correa segue a frente com 51,9% dos votos válidos e uma vantagem de 24 pontos sobre seu imediato seguidor, Lucio Gutiérrez (28%).[3]

Reações editar

  Argentina: Em uma cerimônia em Buenos Aires que assinou o acordo final sobre os limites fronteiriços entre Bolívia e Paraguai, a presidente Cristina Kirchner felicitou Rafael Correa dizendo: "Felicito Correa por seu inobjetável triunfo", disse ela.[5]

  União Europeia: Depois de seis semanas de observação no país, a missão da UE, pela terceira vez em dois anos concluiu, em comunicado, que o "quadro eleitoral melhorou" face aos escrutínios anteriores possibilitando eleições "transparentes". A comissão ainda salientou que as eleições "foram bem organizadas, em circunstâncias desafiantes e com curtos prazos de tempo: cinco eleições diferentes, novas categorias de eleitores e uma recém constituída administração eleitoral".[6]

Ver também editar

Referências

  Este artigo sobre o Equador é um esboço. Você pode ajudar a Wikipédia expandindo-o.