Elizabeth Nourse (Mount Healthy, 26 de outubro de 1859Paris, 8 de outubro de 1938) foi uma pintora norte-americana, radicada em Paris, de estilo realista, tida por seus contemporâneos como a "primeira pintora dos Estados Unidos" e uma das mais proeminentes artistas de seu tempo. Foi a primeira mulher a ingressar na Société Nationale des Beaux-Arts. Várias de suas obras foram compradas pelo governo francês e fazem hoje parte da exposição permanente do Museu de Luxemburgo[1][2].

Elizabeth Nourse
Elizabeth Nourse
Auto-retrato, 1892
Nascimento 26 de outubro de 1859
Mount Healthy, Ohio, Estados Unidos
Morte 8 de outubro de 1938 (78 anos)
Paris, França
Nacionalidade Estados Unidos estadunidense
Prémios Medalha Laetare (Universidade Notre Dame) em 1921
Medalha de Ouro Exposição Internacional Panamá-Pacífico em São Francisco, 1915[1]
Área Pintura
Formação McMicken School of Design, Académie Julian, Gustave Boulanger, Art Students League of New York
Movimento(s) Realismo

Vida pessoal editar

Nascida em uma família católica em Mount Healthy, nos arredores de Cincinnati, em 1859, era filha de Caleb Elijah Nourse e Elizabeth LeBreton Rogers Nourse. Junto de sua irmã gêmea, era a caçula entre dez filhos do casal. Estudou na Academia de Arte de Cincinnati aos 15 anos e foi uma das primeiras mulheres admitidas na classe feminina do professor Thomas Satterwhite Noble. Estudou aquarela, desenho e pintura na instituição por sete anos e recusou uma oferta de lecionar para poder se focar apenas na pintura[3].

Em 1882, seus pais morreram subitamente e com a ajuda de um patrono das artes, ela foi para a cidade de Nova Iorque para continuar seus estudos. Em 1883 retornou a Cincinnati onde começou a trabalhar com decoração de interiores e retratos. De 1884 a 1886, ela passou a maior parte de seus verões no Tennessee e nos Montes Apalaches fazendo paisagens em aquarela[2][3].

Nova Mulher editar

Elizabeth Nourse era, pela perspectiva do século XIX, a personificação da Nova Mulher. Como uma bem sucedida e altamente capacitada artista que nunca se casou, outras artistas se despontaram como Ellen Day Hale, Elizabeth Coffin, Mary Cassatt e Cecilia Beaux, que também se identificavam como Novas Mulheres.[4][5]

Últimos anos editar

Durante a Primeira Guerra Mundial, Elizabeth permaneceu em Paris, contrariando a tendência de vários artistas das Américas de voltar para casa. Ela trabalhou para auxiliar refugiados e em colher doações entre seus amigos nos Estados Unidos e no Canadá em benefício de pessoas cujas vidas tinham sido interrompidas ou quase destruídas pela guerra. Seu trabalho na guerra lhe rendeu a Medalha Laetare, oferecida pela Universidade de Notre Dame[3].

Morte editar

Quando sua irmã morreu em 1937, Elizabeth ficou doente e entrou em depressão. Operada em 1920 devido a um câncer de mama, ele retornou em 1937. Ela faleceu em 8 de outubro de 1938, aos 78 anos, em Paris[6].

Galeria editar

Referências

  1. a b CLARA database of women artists (ed.). «Elizabeth Nourse». National Museum of Women in the Arts. Consultado em 27 de setembro de 2017 
  2. a b Smithsonian Institution (ed.). «Elizabeth Nourse». American Art. Consultado em 27 de setembro de 2017 
  3. a b c Burke, Mary Alice (1983). Elizabeth Nourse, 1859-1938: A Salon Career. Washington, D.C.: Smithsonian Institution Press. p. 34. ISBN 9780874742985 
  4. Holly Pyne Connor; Newark Museum; Frick Art & Historical Center. Off the Pedestal: New Women in the Art of Homer, Chase, and Sargent. Rutgers University Press; 2006. ISBN 978-0-8135-3697-2. p. 25.
  5. New Perspectives on Illustration: Gibson and Cassatt: Depicting the New Woman by Seo Kim. Norman Rockwell Museum. Retrieved March 18, 2014.
  6. Aronson, Julie (2003). The Cincinnati Wing: The Story of Art in the Queen City. Cincinnati: Ohio University Press. p. 348. ISBN 978-85-316-0189-7 
 
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