Na Idade Média, o Escudeiro era o ajudante, como carregador de armas e escudo, de um cavaleiro.[1]

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Wolfram von Eschenbach e seu escudeiro (Codex Manesse, século 14)

O uso do termo evoluiu ao longo do tempo. Inicialmente, um escudeiro serviu como aprendiz de cavaleiro. A etimologia da palavra escudeiro vem do francês esquire, do francês antigo escuier (do francês moderno écuyer), que por sua vez deriva do latim scutarius ("portador do escudo"), no medieval ou Inglês antigo um scutifer. No latim clássico, o termo equivalente era armiger ("portador de armas").

Era, normalmente, alguém que por nascimento teria acesso à categoria de cavaleiro mas que ainda não a havia alcançado. Esta classificação abrangia escudeiros rasos, escudeiros de fidalgos e escudeiros de linhagens.[2]

Historicamente, na sua função, tratava-se de um assessor que tinha como responsabilidade cuidar dos cavalos de um nobre. No seu uso contemporâneo faz menção a um assessor pessoal de um monarca soberano ou membro de família soberana. É um termo análogo a ajudante de ordens, mas este prevalece atualmente apenas no Commonwealth das Nações. É o último cargo, em ordem decrescente de importância, na base da nobreza.

Na sua origem, o escudeiro era um cavaleiro em treinamento sempre com armas feitas de madeira. Recebia-se esse título geralmente aos 14 anos, depois de servir desde os 7 como pajem.[3] Os escudeiros eram delegados a um cavaleiro que prosseguia com a educação do jovem. Além de treinamento marcial, os escudeiros se exercitavam em jogos, aprendiam pelo menos a ler, senão a escrever, e estudavam música, dança, canto e a arte da falcoaria. O escudeiro era o companheiro e servente do cavaleiro. Os deveres do escudeiro incluíam o polimento das armaduras e armas (propensas à ferrugem), ajudar seu cavaleiro a se vestir e despir, tomar conta de seus pertences e até dormir no vão ocupado pela porta como um guarda.

Nos torneios e batalhas, o escudeiro ajudava seu cavaleiro quando preciso. Ele levava armas substitutas e cavalos, tratava das feridas, afastava os cavaleiros feridos do perigo, ou garantia um enterro decente, se necessário. Em muitos casos, o escudeiro ia à batalha com seu cavaleiro e lutava ao seu lado. Um cavaleiro evitava lutar contra um escudeiro; se possível, procurava ter como adversário um cavaleiro de posição similar ou mais alta que a sua. Os escudeiros, por sua vez, procuravam atacar cavaleiros inimigos, a fim de ganhar glória matando ou capturando um nobre de título maior que o seu.

Com 21 anos, o escudeiro se tornava elegível para se tornar um cavaleiro. Os candidatos mais adequados eram proclamados cavaleiros por um lorde ou outro cavaleiro de grande reputação. A cerimônia de se tornar um cavaleiro inicialmente era simples: geralmente recebia-se o título no ombro com uma espada e depois afivelava-se um talim. A cerimônia acabou se tornando mais elaborada e a Igreja ampliou o rito. Os candidatos tomavam banho, cortavam o cabelo curto e ficavam acordados a noite inteira numa vigília de reza. De manhã, o candidato recebia, de um cavaleiro, a espada e a espora.

A cavalaria habitualmente só era atingível para aqueles que possuíam terras ou renda suficientes para cobrir as responsabilidades da classe. Entretanto, lordes e bispos importantes podiam manter um considerável contingente de cavaleiros e muitos conseguiam emprego nessas circunstâncias. Escudeiros que lutassem particularmente bem poderiam ganhar o reconhecimento de um grande lorde durante a batalha e ser proclamados cavaleiros no campo de batalha.

Na ficção, um escudeiro famoso é Sancho Pança, que servia Dom Quixote na obra-prima homónima do escritor espanhol Miguel de Cervantes.

Referências

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