Dâmocles é protagonista de uma anedota moral que figurou originalmente na história perdida da Sicília por Timeu de Tauromênio (c. 356260 a.C.). Cícero pode tê-la lido em Diodoro Sículo. Ele fez uso dela em suas Tusculan Disputationes V.61 - 62.

Na pintura de Richard Westall, A Espada de Dâmocles (1812), os belos rapazes da anedota de Cícero foram transformados em moças virgens para gosto do patrono neoclássico Thomas Hope.

Dâmocles era um cortesão bastante bajulador na corte do tirano Dionísio, de Siracusa.[1][Nota 1] Ele dizia que, como um grande homem de poder e autoridade, Dionísio era verdadeiramente afortunado.[1]

Dionísio ofereceu-se para trocar de lugar com ele por um dia, para que ele também pudesse sentir o gosto de toda esta sorte, sendo servido em ouro e prata, atendido por mulheres de extraordinária beleza, e servido com as melhores comidas.[1] No meio de todo o luxo, Dionísio ordenou que uma espada fosse pendurada sobre o pescoço de Dâmocles, presa apenas por um fio de rabo de cavalo.[1] Ao ver a espada afiada suspensa diretamente sobre sua cabeça, Dâmocles perdeu o interesse pela excelente comida e pelas belas mulheres e abdicou de seu posto, dizendo que não queria mais ser tão afortunado.[1]

A espada de Dâmocles é uma alusão frequentemente usada para remeter a este conto, representando a insegurança daqueles com grande poder (devido à possibilidade deste poder lhes ser tomado de repente) ou, mais genericamente, a qualquer sentimento de danação iminente.

Entalhes em madeira da espada de Dâmocles aparecem como símbolo em manuais europeus dos séculos XVI e XVII.

Notas

Referências

  1. a b c d e Cícero, Tusculanarum disputationum, V.61-62 [la] [en]

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