Estação Ferroviária de Aveiro: diferenças entre revisões

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{{Infobox estação REFER|
|estação=Aveiro [[FileImagem:IPcomboio2.jpg|40px]]
|imagem=[[FileImagem:Flickr - nmorao - Estação de Aveiro, 2008.06.18.jpg|center|340px|Lado Este da Estação de Aveiro, em 2008.]]
|inauguração=10 de Abril de 1864
|concelho= {{C3|Avr||sem_estilo|b=}}
|coordenadas={{coord|40|38|36.46|N|8|38|25.8|W|region:PT}}
|linha=[[Linha do Norte]] (Pk 272,676)<br>[[Linha do Vouga e Ramal de Aveiro |R. de Aveiro/L.ª do Vouga]] (PK 37,700)
|serviços=[[Imagem:Logo CP 2.svg|20x20px]][[FileImagem:BSicon LSTR yellow.svg|x12px]][[CP Porto|U]][[FileImagem:BSicon LSTR green.svg|x12px]][[InterCidades|IC]][[FileImagem:BSicon LSTR blue.svg|x12px]][[Alfa Pendular|AP]][[FileImagem:BSicon LSTR red.svg|x12px]][[InterRegional (CP)|IR]][[FileImagem:BSicon LSTR orange.svg|x12px]][[Regional (CP)|R]]
|equipamentos=[[FileImagem:Aiga bus inv.svg|20x20px|Ligação a autocarros]] [[FileImagem:Aiga taxi inv.svg|20x20px|Serviço de táxis]] [[Imagem:Feature ticket office inv 2.svg|20x20px|Bilheteiras e/ou máquinas de venda de bilhetes]] [[FileImagem:Aiga shops inv.svg|20x20px|Zona Comercial]]<br>[[FileImagem:Info Simple bw.svg|20x20px|Informações - Gabinete de Apoio ao Cliente]] [[FileImagem:Aiga_waitingroom.svg|20x20px|Sala de espera]] [[FileImagem:RWBA Fernsprecher.svg|20x20px|Telefones públicos]] [[FileImagem:ATM - The Noun Project.svg|20x20px|Caixas Multibanco]] [[FileImagem:Elevator (AIGA based).svg|20x20px|Elevadores]] [[FileImagem:Escalator (AIGA based).svg|20x20px|Escadas rolantes]] [[FileImagem:Money - The Noun Project.svg|20x20px|Câmbio]]<br>[[FileImagem:Servicios adaptados.svg|22x22px|Acesso para pessoas de mobilidade reduzida]] [[FileImagem:Aparcamiento.svg|22x22px|Parque de estacionamento]] [[FileImagem:Aseos para personas con discapacidad.svg|22x22px|Lavabos adaptados]] [[FileImagem:Aseos.svg|22x22px|Lavabos]] [[Imagem:Cafetería.svg|22x22px|Bar ou cafetaria]] [[FileImagem:Alquiler de coches.svg|22x22px|Aluguer de automóveis]]<br>[[FileImagem:Colombia road sign SIC-03.svg|20x20px|Estacionamento para bicicletas]]
|Proprietário(s)=[[Infraestruturas de Portugal, S.A.]]}}
 
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==Caracterização==
[[FileImagem:Estação de Aveiro, 2006.08.18.jpg|thumb|left|Feixe de vias na Estação de Aveiro]]
===Localização e acessos===
A estação situa-se junto à cidade de Aveiro, em frente ao Largo da Estação dos Caminhos de Ferro.<ref>{{citar web|url= http://infraestruturasdeportugal.pt/negocios-e-servicos/estacoes/detalhe/9438000|título=Aveiro - Linha do Norte|publicado= Infraestruturas de Portugal|acessadoem=9 de Setembro de 2017}}</ref>
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===Painéis de azulejos===
[[FileImagem:Old station of Aveiro.jpg|right|thumb|Fachada Oeste da antiga estação.]]
'''Fachada Oeste (rua)''':
* Medalhão de D. [[José de Salamanca y Mayol]];
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* Tricana em 1916 – Aveiro;
* A Peixeira – Aveiro;
[[Ficheiro:Aveiro - painel azulejos, estação cp.jpg|thumb|right|Painel "Trecho da cidade - Aveiro".]]
* O Pescador – Aveiro;
* Tricana em 1870 – Aveiro;
Linha 52:
 
'''Fachada Este (gare)''':
[[FileImagem:BahnhofAveiro 03.JPG|thumb|right|Fachada Este da antiga estação.]]
* Trecho do Vouga;
* Pórtico da [[Capela do Senhor das Barrocas]];
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Numa carta de 10 de Outubro de 1844, Benjamim de Oliveira propôs ao seu primo, o [[Conde de Tojal]], então [[Ministro da Fazenda]], a construção de uma linha férrea entre [[Lisboa]] e o [[Porto]], com passagem por [[Estação de Santarém|Santarém]], [[Estação de Leiria|Leiria]], [[Estação de Coimbra|Coimbra]] e Aveiro.<ref name=Gazeta1561/> As tentativas de Benjamim de Oliveira para trazer o comboio para Portugal foram anuladas com a formação em 1844 da Companhia das Obras Públicas, que também tinha entre os seus objectivos a construção de caminhos de ferro, mas esta empresa foi posteriormente dissolvida na sequência da [[Revolução da Maria da Fonte|instabilidade política]].<ref name=Gazeta1561/>
 
[[FileImagem:Horario CRCFP Linhas do Norte e Leste 1876.jpg|thumb|Horários das Linhas do Norte e do Leste em 1876.]]
====Planeamento e construção====
Com o advento da [[Regeneração (história)|Regeneração]], em 1851, [[Fontes Pereira de Melo]] iniciou um ambicioso programa de obras públicas para desenvolver o país, no qual os transportes públicos desempenharam um papel essencial; assim, foram retomadas as iniciativas para a construção de caminhos de ferro, cuja prioridade era ligar Lisboa ao Porto e a Espanha.<ref name=Gazeta1561>{{Citar jornal|autor|ultimo1=ABRAGÃO, Frederico de Quadros|pagina=393-400|titulo=A ligação de Lisboa com o Porto por Caminho de Ferro|data=1 de Janeiro de 1953|numero=1561|volume=65|jornal=Gazeta dos Caminhos de Ferro|url= http://hemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/GazetaCF/1953/N1561/N1561_master/GazetaCFN1561.pdf|acessadoem=17 de Maio de 2015}}</ref> Um decreto de 30 de Agosto de 1852 autorizou o governo a construir uma linha, originalmente denominada de ''Caminho de Ferro do Norte'', que deveria sair do Caminho de Ferro do Leste, de Lisboa à fronteira, |primeiro1=e terminar no Porto; |ultimo2=em 9 de Novembro desse ano, uma portaria enunciou as instruções para uma comissão que seria encarregada de estudar o percurso da linha.<ref name=Gazeta1650/> Foram avançadas duas hipóteses para o percurso entre Coimbra e o Porto, uma passando pela bacia de Aveiro, e outra circulando pelo interior, servindo outras povoações importantes do distrito.<ref name=Gazeta1650/> Em 1856, o engenheiro Wattier foi encarregado pelo governo de estudar o traçado geral das linhas do Norte e do Leste, enquanto que os engenheiros [[Francisco Maria de Sousa Brandão]] e John Rennie deviam ser responsáveis por analisar a fundo o percurso entre Coimbra e o Porto.<ref name=Gazeta1650/> Wattier analisou as duas opções possíveis para o percurso a Norte de Coimbra, tendo apontado que, caso a linha fosse servir Aveiro, o melhor traçado seria ao longo do vale do [[Rio Cértima]], atravessando depois o [[Rio Vouga]] perto de [[Angeja]] e dirigindo até [[Vila Nova de Gaia]] por [[Estarreja]] e [[Ovar]].<ref name=Gazeta1650/> No entanto, o projecto estudado por Wattier não fazia a linha passar directamente por Aveiro.<ref name=CMAveiro/> Se por outro lado fosse escolhido um caminho mais anterior, a linha podia partir de [[Avelãs de Caminho]] e seguir a estrada real por [[Albergaria-a-Velha|Albergaria]], [[Oliveira de Azeméis]] e [[Grijó (Vila Nova de Gaia)|Grijó]], descendo depois até ao [[Rio Douro]] pelo vale de [[Avintes]].<ref name=Gazeta1650/> Wattier preferia a primeira opção, pelo litoral, devido aos menores custos de construção, e porque deixava a linha em melhores condições de servir as docas do Porto e os futuros prolongamentos até ao Alto Douro e à [[Galiza]].<ref name=Gazeta1650>{{Citar jornal|pagina=407-424|autor=ABRAGÃO, |primeiro2=Frederico de Quadros| titulo=No Centenário dos Caminhos de Ferro em Portugal: Algumas notas sobre a sua história|data=16 de Setembro de 1956|numero= 1650|volume=69|jornal=Gazeta dos Caminhos de Ferro|url=http://hemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/GazetaCF/1956/N1650/N1650_master/GazetaCFN1650.pdf|acessadoem=25 de Setembro de 2017}}</ref>
 
Entretanto, em 28 de Outubro de 1856 foi inaugurado o primeiro lanço de via férrea em Portugal, de Lisboa ao [[Estação de Carregado|Carregado]].<ref name=Gazeta1652/> Entre 1859 e 1860, a [[Companhia Real dos Caminhos de Ferro Portugueses]] foi contratada pelo governo para construir as duas linhas até ao Porto e à fronteira.<ref name=Gazeta1648/> Quando o projecto foi apresentado ao governo, foi aprovado depois de terem sido feitas várias modificações, como na terceira secção da Linha do Norte, onde o percurso da via férrea entre [[Coimbra]] e o [[Rio Vouga]] foi alterado de forma a passar mais perto de Aveiro.<ref name=Gazeta1648>{{Citar jornal|titulo=No Centenário dos Caminhos de Ferro em Portugal: Algumas notas sobre a sua história|autor=[[Frederico de Quadros Abragão|ABRAGÃO, Frederico de Quadros]]|pagina=375-382|jornal=Gazeta dos Caminhos de Ferro|volume=69|numero=1648|data=16 de Agosto de 1956|url=http://hemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/GazetaCF/1956/N1648/N1648_master/GazetaCFN1648.pdf|acessodata=2 de Outubro de 2017}}</ref> Esta modificação foi conseguida por influência do deputado [[José Estêvão Coelho de Magalhães]], que pretendia que a cidade fosse servida pelo caminho de ferro.<ref name=CMAveiro/> Em Novembro de 1876, Sousa Brandão criticou o traçado da Linha do Norte, em especial o facto de se ter abandonado o projecto original de Wattier entre Estarreja e Mogofores, seguindo pelo Cértima A Companhia Real propôs uma alteração no projecto, de forma a aproximar a via férrea de Aveiro, que ficaria a cerca de um quilómetro de distância, e evitar os pântanos de [[Fermentelos]] e [[Frossos (Albergaria-a-Velha)|Frossos]], que foi aprovada pelo Conselho de Obras Públicas em 25 de Janeiro de 1861.<ref name=Gazeta1650/> O parecer do Conselho descreve que esta modificação alongava a Linha do Norte em alguns quilómetros, mas traria grandes vantagens técnicas e económicas, por servir melhor a cidade de Aveiro e o seu [[Porto de Aveiro|porto]], e recomendava a Companhia Real a aproximar ainda mais a linha da cidade, de forma a ficar a uma distância de apenas 500 metros, alteração que seria fácil de fazer devido às condições do terreno.<ref name=Gazeta1650/> Por outro lado, o engenheiro Sousa Brandão criticou o novo traçado, considerando superior o antigo projecto de Wattier, que fazia a linha circular directamente entre Estarreja e Mogofores pelo Cértima: «''desde Estarreja a Mogofores, deixou o vale do Cértima, para procurar Aveiro, aumentando o seu desenvolvimento em 7 quilómetros, além de maior extensão de rampas importantes.''».<ref name=Gazeta1650/>
 
Em Agosto de 1861, principiaram as obras de via, e em princípios de 1862, começou-se a construir o edifício.<ref name=CMAveiro/> A construção da via férrea na zona de Aveiro foi muito difícil, devido à natureza pantanosa dos terrenos, tendo sido por várias vezes sido necessário reconstruir os aterros, que se afundavam logo após serem concluídos.<ref name=Gazeta1650/> A estação foi inaugurada junto com o troço entre [[Estação de Estarreja|Estarreja]] e [[Estação de Taveiro|Taveiro]] da Linha do Norte, em 10 de Abril de 1864, pela [[Companhia Real dos Caminhos de Ferro Portugueses]].<ref name=CMAveiro/><ref>{{Citar jornal|autor=[[Carlos Manitto Torres|TORRES, Carlos Manitto]]|pagina=9-12|titulo=A evolução das linhas portuguesas e o seu significado ferroviário|data=1 de Janeiro de 1958|numero=1681|volume=70|jornal=Gazeta dos Caminhos de Ferro|url=http://hemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/GazetaCF/1958/N1681/N1681_master/GazetaCFN1681.pdf|acessadoem=4 de Abril de 2014}}</ref> Em 16 de Maio do mesmo ano, os restos mortais de José Estêvão foram transportados de caminho de ferro até ao cemitério de Aveiro.<ref name=CMAveiro/>
 
====Década de 1890====
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====Décadas de 1900 e 1910====
=====Construção do novo edifício=====
Originalmente, a estação estava instalada num edifício pequeno e simples, que nos princípios do Século XX já se tinha tornado insuficiente para o movimento de passageiros e mercadorias, o que levou à sua ampliação entre 1915 e 1916.<ref name=CMAveiro/> Em Fevereiro de 1916, as obras estavam muito adiantadas, e em Abril podiam-se considerar quase terminadas.<ref>{{citar jornal| titulo=Efemérides|pagina=202-204|volume=51|numero=1231|data=1 de Abril de 1939|jornal=Gazeta dos Caminhos de Ferro|url= http://hemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/GazetaCF/1939/N1231/N1231_master/GazetaCFN1231.pdf|acessodata=8 de Março de 2014}}</ref> O novo edifício foi construído no estilo tradicional português,<ref name=Gazeta1476>{{Citar jornal|autor|ultimo1=[[José de Sousa Nunes|NUNES, José de Sousa]]|pagina=418-422|titulo=A Via e Obras nos Caminhos de Ferro em Portugal|jornal=Gazeta dos Caminhos de Ferro|volume=62|numero=1476|data=16 de Junho de 1949|url=http://hemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/GazetaCF/1949/N1476/N1476_master/GazetaCFN1476.pdf|acessodata=14 de Novembro de 2014}}</ref> tendo sido enfeitado em 1916 com vários painéis de azulejos, seguindo a tendência que se verificava nessa altura para decorar as gares ferroviárias.<ref name=CMAveiro/> Esta intervenção foi levada a cabo por Licínio Pinto e Francisco Pereira, utilizando azulejos da Fábrica Fonte Nova.<ref>PEREIRA, 1995:418-419</ref> A remodelação foi envolta em polémica, devido ao facto do plano original incluir, lado a lado, |primeiro1=retratos de [[José Estêvão Coelho de Magalhães|José Estevão]] e Manuel Firmino; |ultimo2=assim, decidiu-se retratar apenas este último e D. José de Salamanca y Mayol, |primeiro2=que possuía a concessão das obras na [[Linha do Norte]].<ref name=CMAveiro>{{citar web|url=http://www.cm-aveiro.pt/www/templates/GenericDetail.aspx?id_object=27881&TM=2408S2582S2587&id_class=1575|título=Painéis Azulejares da Estação de Caminhos de Ferro de Aveiro|acessodata=4 de Abril de 2014|publicado=Câmara Municipal de Aveiro}}</ref>
 
Entretanto, a via férrea foi duplicada de [[Estação de Estarreja|Estarreja]] a Aveiro em 17 de Maio de 1907,<ref name=Gazeta1652/>, e em Setembro de 1913 entrou ao serviço o [[Ramal do Canal de São Roque]].<ref name=CFR1996:252>MARTINS ''et al'', 1996:252</ref> Também em 1913, a estação tinha carreiras de diligências até à vila de Aveiro, [[Eixo (Aveiro)|Eixo]], Cova da Areia, [[Esgueira]], [[Ílhavo]], [[Vagos]], [[Verdemilho]] e Arouca.<ref>{{Citar jornal|pagina= 152-155|titulo=Serviço de Diligencias|jornal=Guia official dos caminhos de ferro de Portugal|volume=39|numero=168|data=Outubro de 1913|url=http://purl.pt/276|acessodata=20 de Fevereiro de 2018}}</ref>
 
[[File:Rede Complementar ao Norte do Mondego - GazetaCF 372 1903.jpg|left|thumb|Mapa da Rede Complementar ao Norte do Mondego, decretada em 1900, onde se pode ver o projecto da rede ferroviária do Vouga, que nessa altura tinha o seu ponto de bifurcação no [[Apeadeiro de Carvoeiro|Carvoeiro]].]]
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Por alvarás de 11 de Julho de 1889 e 23 de Maio de 1901, Francisco Pereira Palha foi autorizado a construir um caminho de ferro de via estreita entre [[Estação Ferroviária de Torredeita|Torredeita]], na [[Linha do Dão]], e [[Estação de Espinho|Espinho]], na Linha do Norte, com um ramal para Aveiro; o projecto foi aprovado em 30 de Outubro de 1903, e a concessão foi passada para a [[Compagnie Française pour la Construction et Exploitation des Chemins de Fer à l'Étranger]] por um decreto de 17 de Março de 1906.<ref name=Gazeta1686/> O traçado foi posteriormente alterado, e em 8 de Setembro de 1911 entrou ao serviço o troço de [[Estação Ferroviária de Albergaria-a-Velha|Albergaria-a-Velha]] a Aveiro.<ref name=Gazeta1686/> Quando foi planeado o troço da [[Linha do Vouga|rede ferroviária do Vouga]] até Aveiro, ficou programado que a estação já existente iria ficar comum a ambas as linhas, não estando previstos quaisquer ramais até à [[Ria de Aveiro]].<ref name=Gazeta1144/>
 
Após a inauguração do Ramal de Aveiro, verificou-se que o transporte de sal e outras mercadorias desde a margem até à estação se fazia com muita dificuldade, num percurso de quase 2 quilómetros em carros de bois, pelo que em 1912 entrou ao serviço um ramal até à ria.<ref name=Gazeta1144>{{Citar jornal|titulo=As Obras da Barra de Aveiro|pagina=347-349|autor|ultimo1=[[José Fernando de Sousa|SOUSA, José Fernando de]]|data=16 de Agosto de 1935|jornal=Gazeta dos Caminhos de Ferro|volume=47|numero=1144|url= http://hemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/GazetaCF/1935/N1144/N1144_master/GazetaCFN1144.pdf|acessadoem=8 de Agosto de 2013}}</ref> O Decreto 12 682, de 15 de Novembro de 1926, |primeiro1=adicionou ao plano ferroviário do Norte do Mondego duas vias férreas a sair da estação de Aveiro; |ultimo2=a primeira seria até [[Estação de Cantanhede|Cantanhede]], constituindo a continuação do Ramal de Aveiro, e a segunda iria [[Ramal do Canal de São Roque|até ao Canal de São Roque]].<ref name=Gazeta1686>{{Citar jornal|autor= TORRES, |primeiro2=Carlos Manitto|titulo=A evolução das linhas portuguesas e o seu significado ferroviário|pagina=133-140|data=16 de Março de 1958|jornal=Gazeta dos Caminhos de Ferro|volume=71|numero=1686|url=http://hemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/GazetaCF/1958/N1686/N1686_master/GazetaCFN1686.pdf|acessadoem=4 de Abril de 2014}}</ref><ref>PORTUGAL. [http://dre.pt/pdf1sdip/1926/11/25800/19171917.pdf Decreto n.º 12:682], de 15 de Novembro de 1926. ''Ministério do Comércio e Comunicações - Direcção Geral de Caminhos de Ferro - Divisão Central e de Estudos'', Paços do Governo da República. Publicado no Diário da República n.º 258, Série I, de 18 de Novembro de 1926.</ref>
 
Num artigo na Gazeta dos Caminhos de Ferro em 1956, o jornalista [[José da Guerra Maio]] criticou a forma como as gares de via estreita foram integradas na estação de Aveiro, uma vez que ficaram demasiado longe das plataformas de via larga, pelo que os passageiros que quisessem mudar de comboio tinham de atravessar várias vias de resguardo.<ref>{{Citar jornal|autor=[[José da Guerra Maio|MAIO, Guerra]]|pagina=122-123|titulo=Anomalias Ferroviárias|jornal=Gazeta dos Caminhos de Ferro|volume=68|numero= 1637|data=1 de Março de 1956|url=http://hemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/GazetaCF/1956/N1637/N1637_master/GazetaCFN1637.pdf|acessodata=28 de Março de 2017}}</ref>
 
[[FileImagem:Horario Linha do Norte 1933 - GazetaCF 1089 1933.jpg|thumb|Horário da Linha do Norte em 1933.]]
====Décadas de 1920 e 1930====
Em Dezembro de 1928, já se tinham iniciadas as obras de duplicação da via entre [[Estação de Oliveira do Bairro|Oliveira do Bairro]] e Aveiro.<ref>{{citar jornal|titulo=Efemérides|pagina=299-300|data=16 de Junho de 1939|jornal=Gazeta dos Caminhos de Ferro|volume=51|numero=1236|url=http://hemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/GazetaCF/1939/N1236/N1236_master/GazetaCFN1236.pdf |acessodata=4 de Abril de 2014}}</ref>
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Em 1986, a estação foi novamente remodelada, na ocasião das comemorações do 75º aniversário do [[Ramal de Aveiro]]; durante a obra, foi colocado um novo painel de azulejos, assinado por Breda.<ref name=CMAveiro/> A origem dos azulejos foi a Fábrica Viçorzette, em [[Águeda]].<ref name=CMAveiro/>
 
[[FileImagem:10.11.93 Aveiro 2507 (6147633230).jpg|thumb|left|Comboio de mercadorias a passar pela Estação de Aveiro, em 1993.]]
====Década de 1990====
Em 1995, a Estalagem da Pateira organizava viagens de comboio entre Aveiro e [[Estação Ferroviária de Macinhata do Vouga|Macinhata do Vouga]], com visita ao [[Museu Ferroviário de Macinhata do Vouga|núcleo museológico daquela estação]].<ref>{{Citar jornal|autor=ORDÓÑEZ, José|pagina=75-76|titulo=Turismo ferroviario en los valles portugueses del Duero y Vouga| editora=Fundación de los Ferrocarriles Españoles|local=Madrid|idioma=Espanhol|volume=32|numero=378|data=Julho de 1995|jornal= Via Libre|issn=1134-1416}}</ref>
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===Século XXI===
[[FileImagem:BahnhofAveiro 10.JPG|thumb|right|Novo edifício da estação de Aveiro.]]
No dia 2 de Janeiro de 2000, foi interrompida temporariamente a circulação na Linha do Norte entre Aveiro e Coimbra, devido a chuvas fortes na zona da Pampilhosa, que provocaram inundações na via férrea.<ref>{{citar jornal|titulo=Circulação interrompida na Linha do norte|pagina=40|jornal=Público|data=3 de Janeiro de 2003|numero=4669|local=Lisboa|volume=Ano 13|editora=Público, Comunicação Social, S. A.}}</ref>
 
Em finais de 2004, foi anunciado que o título intermodal [[Andante]], gerido por várias empresas de transportes na região do [[Porto]], incluindo o operador [[Comboios de Portugal]], iria ser prolongado até à Estação de Aveiro; esta medida teve como objectivo facilitar as deslocações nesta região, e impulsionar o uso do transporte público.<ref>{{citar web|titulo=Andante dará para viajar de comboio até Aveiro e Braga|autor=FONSECA, Margarida|url=http://jn.sapo.pt/paginainicial/interior.aspx?content_id=471914|acessodata=21 de Maio de 2010|data=11 de Dezembro de 2004|publicado=Jornal de Notícias| datali=9 de Setembro de 2017}}</ref>
 
Em Agosto de 2005, presidente da Câmara Municipal de Aveiro, Alberto Souto, declarou que a nova estação ferroviária de Aveiro iria entrar em funcionamento na primeira semana de Outubro, passando o antigo edifício a pertencer à Autarquia.<ref name=PTmail>{{citar web|url=http://noticias.portugalmail.pt/artigo/nova-estacao-da-cp-de-aveiro-pronta-em-outubro_177811|titulo=Nova estação da CP de Aveiro pronta em Outubro|acessodata=21 de Maio de 2010|data=31 de Agosto de 2005|publicado=Portugalmail|datali=9 de Setembro de 2017}}{{Ligação inativa|1data={{subst:DATA}}maio de 2019 }}</ref> No entanto, as bilheteiras continuaram a funcionar na antiga estação, e, até Abril do ano seguinte, não existiam lojas a funcionar na nova gare.<ref>{{citar web|url=http://www.oln.pt/noticias.asp?id=8602&secc=1|titulo=Lojas na estação em Abril| acessodata=21 de Maio de 2010|data=2 de Março de 2006|publicado= On Line News}}</ref>
 
Ainda em 2005, foi adjudicada a construção de uma avenida, a ligar a estação à zona da Esgueira, obra que foi orçada em 100 mil Euros e que deveria estar concluída em Setembro.<ref name=PTmail/> Um túnel rodoviário sob a estação foi inaugurado a 6 de Outubro, mas o tráfego automóvel só se fez num sentido até 19 de Dezembro, quando abriu em ambos os sentidos.<ref>{{citar web|url=http://www.oln.pt/noticias.asp?id=7939&secc=1|titulo=Abertura total do túnel na segunda-feira|acessodata=21 de Maio de 2010|data=13 de Dezembro de 2005|publicado=On Line News}}</ref>
Linha 174:
 
{{CPPorto}}
 
==Bibliografia==
*{{citar livro|autor=CAVACO, Carminda|título=O Algarve Oriental|subtítulo=As Vilas, O Campo e o Mar|local=Faro|editora= Gabinete de Planeamento da Região do Algarve|ano=1976|páginas=204|volume=II}}
*{{Citar livro|autor|ultimo1=MARTINS, |primeiro1=João; |ultimo2=BRION, |primeiro2=Madalena; |ultimo3=SOUSA, |primeiro3=Miguel |numero-autores=''et al''|título=O Caminho de Ferro Revisitado: O Caminho de Ferro em Portugal de 1856 a 1996| local=Lisboa|editora=Caminhos de Ferro Portugueses|ano=1996|páginas=446}}
 
*{{Citar livro|autor=PEREIRA, Paulo|título=História da Arte Portuguesa|local=Barcelona|editora=Círculo de Leitores|ano=1995| páginas=695|volume=III|isbn=972-42-1225-4}}
 
*{{Citar livro|autor=RAMOS, Rui|título=D. Carlos 1863-1908|editora=Círculo de Leitores e Centro de Estudos dos Povos e Culturas de Expressão Portuguesa da Universidade Católica Portuguesa|ano=2013|páginas=392|isbn=9724235874|local=Lisboa| edição=8.ª|serie=Reis de Portugal}}
*{{Citar livro|autor|ultimo1=REIS, |primeiro1=Francisco; |ultimo2=GOMES, |primeiro2=Rosa; |ultimo3=GOMES, |primeiro3=Gilberto |numero-autores=''et al''|título=Os Caminhos de Ferro Portugueses 1856-2006 |editora=CP-Comboios de Portugal e Público-Comunicação Social S. A.|ano=2006|páginas=238|isbn=989-619-078-X|local=Lisboa}}
*{{Citar livro|autor=SILVA, José Ribeiro da|coautor=RIBEIRO, Manuel|título=Os Comboios em Portugal|local=Lisboa| editora= Terramar - Editores, Distribuidores e Livreiros, Lda.| ano= 2007|páginas=203|volume=III|edição=1.ª|isbn= 978-972-710-408-6}}
 
*{{Citar livro|autor=SILVA, José Ribeiro da|coautorautor2=RIBEIRO, Manuel|título=Os Comboios em Portugal|local=Lisboa| editora= Terramar - Editores, Distribuidores e Livreiros, Lda.| ano= 2007|páginas=203|volume=III|edição=1.ª|isbn= 978-972-710-408-6}}
== Leitura recomendada ==
*{{citar livro|autor|ultimo1=CERVEIRA, |primeiro1=Augusto; |ultimo2=CASTRO, |primeiro2=Francisco Almeida e|título=Material e tracção: os caminhos de ferro portugueses nos anos 1940-70|local=Lisboa|editora=CP-Comboios de Portugal|ano=2006|páginas=270|isbn=989-95182-0-4|serie=Para a História do Caminho de Ferro em Portugal|volume=5}}
*{{Citar livro|autor=DAHLSTRÖM, Marc|título=Vapeur Au Portugal|editora=Edição do autor|ano=1989|páginas=176|língua=Francês| isbn=2950249930}}
*{{Citar livro|autor=QUEIRÓS, Amílcar|título=Os Primeiros Caminhos de Ferro de Portugal: As Linhas Férreas do Leste e do Norte|editora=Coimbra Editora|ano=1976| páginas= 45| local=Coimbra}}