Universidade de Sancoré: diferenças entre revisões

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Alcorão e não Corão.
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[[Tombuctu]] era o ponto de passagem de uma ampla rede de comércio que estendia-se desde o [[Médio Oriente]] até o norte da África. Como um centro de peregrinação religiosa. Ao final do reinado de mansa Muça I, a mesquita de Sankoré foi tranformada em uma madraça, com o maior acervo de livros e manuscritos da África desde a [[biblioteca de Alexandria]], com um nível de aprendizado que superava o de muitas escolas islâmicas do mesmo período. A madraça era capaz de abrigar 25.000 estudantes e sua biblioteca possuía um acervo entre 400.000 e 700.000 livros e manuscritos.{{Sfn|See Hamdun|5=1975|pp=52-53}}
 
É, por vezes, considerada a primeira [[universidade]] do mundo, apesar de sua organização pedagógica não seguir modelos convencionais ao ocidente. As aulas se davam nos pátios, e cada estudante estava ligado a um [[imame]], que os orientava no estudo do Al[[Alcorão|corão]] e de disciplinas seculares, como [[geometria]], [[álgebra]] e [[astronomia]]. Os estudos eram divididos em níveis, cada um identificado por uma cor de turbante diferente, sendo um primeiro introdutório, um segundo de aprofundamento para que no terceiro, fosse produzido um estudo próprio, preservando-se sempre uma cópia desse na universidade. Aos estudantes que chegassem ao quarto nível, eram reservadas funções administrativas e educacionais nas cidades e mesquitas da região. {{Sfn|See Hamdun|5=1975|pp=52-53}}
 
As bibliotecas e acervos de manuscritos do complexo eram enormes, sendo a maior biblioteca no continente africano desde a [[Biblioteca de Alexandria]]. No seu apogeu, acredita-se que se tenha contido mais de setecentos mil manuscritos, e mais de vinte e cinco mil estudantes concomitantes. Em suas ruinas e nas parcelas da construção que sobreviveram até os dias de hoje, mais de vinte mil manuscritos foram preservados, mesmo com a negligência, constantes ataques e ações do tempo deteriorando boa parte do acervo ao longo dos séculos. {{Sfn|Haidara|5=2008|p=272}}