Sendero Luminoso: diferenças entre revisões
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Elena Iparraguirre <small>(1988-1992)</small>|membros=50.000|ano_membros=1990|cor={{Colorbox|#cc0000}} [[Vermelho]]
{{Colorbox|#ffe000}} [[Amarelo]]|publicação=Bandera Roja<br><small>(Bandeira Vermelha)</small>|país=Peru|internacional=[[Movimento Revolucionário Internacionalista]] (dissolvido);
[[Movimento Comunista Internacional]] (facções)|ala2_titulo=Ala Feminina|ala2=Movimento Feminino Popular}}
O Sendero Luminoso está entre os dois maiores grupos de ação da América do Sul (ao lado das [[Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia|Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC)]], sendo inspirado no antifascismo contra o regime militar do país nos anos 1960.<ref>{{Citar livro|url=https://books.google.com.br/books?id=MWhCDwAAQBAJ&pg=PT266&lpg=PT266&dq=%22Sendero+Luminoso%22+antifascista&source=bl&ots=S0u9R8d6u7&sig=u-84b2oQYc8cpsi5Ozj0Bj9Zznk&hl=pt-BR&sa=X&ved=0ahUKEwjVu46F-azYAhVFIpAKHVWSB34Q6AEIRTAH#v=onepage&q=%22Sendero%20Luminoso%22%20antifascista&f=false|título=El surgimiento de Sendero Luminoso: Ayacucho 1969-1979|ultimo=Degregori|primeiro=Carlos Iván|data=2017|editora=Instituto de Estudios Peruanos|lingua=es}}</ref> O seu nome oficial é ''Partido Comunista do Peru - Sendero Luminoso (PCP-SL)'' - dado que existiram diversos partidos denominados Partido Comunista do Peru, e o Sendero Luminoso foi um dentre tantos outros, nascido de uma divisão interna do [[Partido Comunista Peruano]]. O seu objetivo era o de superar as instituições burguesas peruanas por meio de um regime revolucionário e comunista de base [[camponês|camponesa]], utilizando-se do conceito [[maoísmo|maoísta]] de Nova Democracia. Desde a captura de seu líder, [[Abimael Guzmán]], em 12 de setembro de 1992, o Sendero Luminoso passa por um processo de reorganização geral do partido.<ref>{{Citar web |url=https://anovademocracia.com.br/noticias/13462-peru-40-anos-de-invencivel-guerra-popular |titulo=Peru: 40 anos de invencível Guerra Popular - A Nova Democracia |acessodata=2020-12-09 |website=anovademocracia.com.br}}</ref>{{rp |3}} A [[ideologia]] e as táticas do Sendero Luminoso influenciaram outros grupos insurgentes de caráter maoísta como o [[Partido Comunista do Nepal (maoísta)|Partido Comunista do Nepal]], [[Partido Comunista da Índia (Maoista)]] e outras organizações relacionadas ao movimento revolucionário internacional.
Após a prisão de Abimael Guzmán, vários líderes do Sendero também foram detidos nos anos seguintes, o que diminuiu bastante as atividades do grupo. Digladiaram-se com os militares peruanos e grupos paramilitares supostamente treinados pelo Estados Unidos, os ''Sinchis''. Além disso, opõe-se a outra grande força revolucionária do Peru, o [[Movimento Revolucionário Túpac Amaru]].
Estima-se que o Sendero Luminoso teve cerca de quinze mil guerrilheiros<ref>{{Citar web|título = On The Rebound: Shining Path Factions Vie for Control of Upper Huallaga Valley {{!}} The Jamestown Foundation|URL = http://www.jamestown.org/single/?no_cache=1&tx_ttnews%255Btt_news%255D=39249#.VnQDXNJViko|obra = www.jamestown.org|acessadoem = 2015-12-18}}</ref> e um grande número de membros em outras funções. De acordo com o comissão governamental ''[[Comissão da Verdade e Reconciliação (Peru)|CVR]]'', o grupo foi responsável pela morte de aproximadamente 30 000 pessoas, entre militares, policiais, políticos e civis (46% das vítimas do conflito, e 54% para as forças governamentais).<ref name="Não_nomeado-yEyW-1">{{Citar web |url=http://www.cverdad.org.pe/ingles/ifinal/conclusiones.php |titulo=Comisión de la Verdad y Reconciliación |acessodata=2021-05-15 |website=www.cverdad.org.pe}}</ref> Um estudo de 2019 contestou os números de baixas da Comissão de Verdade e Reconciliação, estimando em vez disso "um total de 48 000 mortes, substancialmente inferior à estimativa da TRC" e concluindo que "o Estado peruano é responsável por uma parcela significativamente maior do que o Sendero Luminoso".<ref>{{Citar periódico |url=https://doi.org/10.1177/2053168018820375 |titulo=Capturing correctly: A reanalysis of the indirect capture–recapture methods in the Peruvian Truth and Reconciliation Commission |data=2019-01-01 |acessodata=2021-05-15 |jornal=Research & Politics |número=1 |ultimo=Rendon |primeiro=Silvio |paginas=2053168018820375 |lingua=en |doi=10.1177/2053168018820375 |issn=2053-1680}}</ref> Posteriormente, o CVR veio a desmentir as declarações de Rendón.<ref>{{Cita publicación|url=http://journals.sagepub.com/doi/10.1177/2053168019835628|título=Reality and risk: A refutation of S. Rendón’s analysis of the Peruvian Truth and Reconciliation Commission’s conflict mortality study|apellidos=Manrique-Vallier|nombre=Daniel|apellidos2=Ball|nombre2=Patrick|fecha=2019-01|publicación=Research & Politics|volumen=6|número=1|páginas=205316801983562|fechaacceso=2022-12-30|idioma=en|issn=2053-1680|doi=10.1177/2053168019835628}}</ref>
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O '''''Sendero Luminoso''''' surgiu em 1964 como uma dissidência (''bandera roja'', bandeira vermelha) do Partido Comunista do Peru (PCP), sob orientação do carismático professor Abimael Guzmán (conhecido por sua capacidade de engajar os alunos).
O nome Sendero Luminoso baseia-se em uma máxima do marxista peruano [[José Carlos Mariátegui]]: ''"El Marxismo-Leninismo abrirá el sendero luminoso hacia la revolución"'' ("O Marxismo-Leninismo abrirá o caminho iluminado para a revolução"). Esta citação era usada no cabeçalho do jornal do grupo e no Peru,
[[Ficheiro:Sendero Luminoso 1°Aniversario Fuga de la Carcel de Ayacucho.png|esquerda|miniaturadaimagem|Poster celebrando o aniversário de um ano do [[Assalto à prisão de Ayacucho]], no qual o Sendero Luminoso libertou mais de 250 presos em [[Aiacucho (região)|Ayacucho]], a maioria deles membros do partido.]]
Na década de 1970, o Sendero Luminoso expandiu suas atividades, inicialmente restritas à província de [[Ayacucho]], para outras universidades no Peru, ganhando força como movimento estudantil. Seguia a linha de outros movimentos revolucionários de então, ou seja: grupos estudantis de classe média ou média-baixa tentando estabelecer a revolução em bases camponesas. O exemplo mais destacado é o da [[revolução cubana]]; no [[Brasil]] desenvolvia-se algo semelhante, na chamada [[guerrilha do Araguaia]]). Após algum tempo o movimento, no entanto, tentou abandonar suas raízes na universidade e proclamou-se um "partido em reconstrução".
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