Heráldica brasileira: diferenças entre revisões

 

A heráldica nasceu na cultura militarista dos cavaleiros medievais e sempre foi uma presença forte nas corporações militares e policiais, inclusive no Brasil, espalhada em fachadas de edifícios, uniformes, viaturas, espaços de convivência, galerias de heróis, bandeiras, literatura, páginas na internet, reforçando sua ritualística e ideias de hierarquia e autoridade.<ref>Ferreira, Daniel Victor de Sousa; Rossoni, Luciano; Oliveira, Cintia Rodrigues de. [https://www.scielo.br/j/rap/a/XXbPkvwFvnRGkdLzhdg67pp/?lang=pt "Lógicas institucionais do policiamento comunitário: esquema analítico e agenda de pesquisa para o contexto brasileiro"]. In: ''Revista de Administração Pública'', 2022; 56 (1)</ref><ref>Souza, Marcos Santana de. ''Sou policial, mas sou mulher: gênero e representações sociais na Polícia Militar de São Paulo''. Doutorado. Universidade Estadual de Campinas, 2014, pp. 193-194</ref><ref>Matos, Marcus V. A. B. De. [https://www.scielo.br/j/rdp/a/7PykW5VhW64PkMSG7P9Ks8Q/?lang=pt "O cavaleiro negro em Tropa de Elite: arquétipos, dispositivos e imaginários"]. In: ''Revista Direito e Práxis'', 2021; 12 (4)</ref> Segundo Daniele de Sousa Alcântara, "brasões, canções, uniformes e os ritos têm, ainda nos tempos atuais, embora de forma menos intensa, caracterizado a rotina do policial militar juntamente com a rotina de policial de rua que atende à sociedade".<ref>[https://repositorio.unb.br/handle/10482/31900 ''"Muito mais que segurança": identidade profissional de policiais militares do Distrito Federal a partir de suas representações sociais'']. Doutorado. Universidade de Brasília, 2018, p. 19</ref> A heráldica das corporações armadas é rica e complexa, refletindo a diversidade de visões e ideologias que as cercam. Alguns símbolos se referem diretamente ao combate, à defesa e à força; outros fazem alusão à morte e à letalidade, outros a funções de proteção, justiça, auxílio e altruísmo; podem também ilustrar aspectos históricos ou geográficos relacionados ao lugar, mas muitos são abstratos e não têm uma interpretação claramente identificável. Na análise de Wagner de Lima, há um "vínculo direto entre as práticas desenvolvidas atualmente pela polícia militar e as representações simbólicas por ela ostentadas", servindo como "estruturas de ancoragem na psicodinâmica institucional".<ref> Lima, Wagner Soares de. ''A Natureza da Polícia Militar: História e Ecologia''. Mestrado. Universidade Estadual da Bahia, 2017, p. 176</ref>

 

==Heráldica eclesiástica==