Plano Cohen: diferenças entre revisões

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[[Ficheiro:Plano Cohen - Correio da Manha.png|miniaturadaimagem|upright=1.4|''[[Correio da Manhã (Brasil)|Correio da Manhã]]'' de 1 de outubro de 1937, anunciando a "apreensão" do Plano Cohen pelo [[Estado-Maior do Exército (Brasil)|Estado-Maior do Exército]].]]
O '''Plano Cohen''' foi um documento forjado por [[Forças Armadas do Brasil|militares brasileiros]] com a intenção de instaurar a ditadura do [[Estado Novo (Brasil)|Estado Novo]], em novembro de 1937. Uma das maiores falsificações da história brasileira e um exemplo eloquente da intersecção entre o [[antissemitismo]] e o [[anticomunismo]] no país,. ele foi fraudulentamente atribuído à [[Internacional Comunista]], que, pretensamente, buscaria [[Golpe de Estado|derrubar o governo]] por meio de [[greve]]s, do incêndio de prédios públicos e de manifestações populares que terminariam em saques, depredações e no assassinato de autoridades. Como parte da farsa, ele foi "descoberto" pelas [[Forças Armadas do Brasil|Forças Armadas]], permitiu rotular como "comunistas" e derrotar os que se opunham ao governo e, enfim, foi utilizado para legitimar [[Golpe de Estado no Brasil em 1937|o golpe de Estado]] que implantou o [[Estado Novo (Brasil)|Estado Novo]].
 
Com a aproximação das eleições presidenciais marcadas para 1938, a ausência de um candidato que agradasse ao governo e a impossibilidade de estender o seu mandato, [[Getúlio Vargas]] e o general [[Eurico Gaspar Dutra]] passaram a planejar um golpe de Estado, mas que só funcionaria se aparentasse ser uma questão de necessidade nacional. A cúpula militar do governo identificou a necessidade de "revelar" novos fatos que introduzissem um clima de insegurança e instabilidade, e assim surgiu a ideia da fabricação do Plano Cohen. O documento foi enviado pelo general [[Pedro Aurélio de Góis Monteiro]], chefe do Estado-Maior do Exército, às principais autoridades militares do país e, em uma reunião oficial dos membros militares do governo, foi apresentado como se fora apreendido pelas Forças Armadas. Dutra e os demais presentes expressaram plena convicção quanto à iminência de um golpe comunista e à necessidade das Forças Armadas agirem com vigor. O Plano Cohen foi então divulgado, desencadeando comoção e uma forte campanha anticomunista. Vargas aproveitou-se da falsa ameaça para pressionar o [[Congresso Nacional do Brasil|Congresso Nacional]] a decretar um [[Estado de guerra#No Brasil|''estado de guerra'']], que lhe deu poderes para remover seus opositores. Em 10 de novembro de 1937, quarenta dias após a divulgação do Plano Cohen, a ditadura do Estado Novo foi implantada no país.