Estação Ferroviária de São Gemil

estação ferroviária em Portugal
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A Estação Ferroviária de São Gemil é uma interface ferroviária da Linha de Leixões, que servia a zona de Sangemil, entre os concelhos da Maia e o Porto, em Portugal. Teve serviço de passageiros até finais do séc. XX e brevemente em 2009-2011.[2][3]

São Gemil
Identificação: 21006 SGE (São Gemil)[1]
Denominação: Estação Satélite de São Gemil
Classificação: ES (estação satélite)[1]
Linha(s):
Altitude: 140 m (a.n.m)
Coordenadas: 41°11′49.98″N × 8°34′44.76″W

(=+41.19722;−8.5791)

Mapa

(mais mapas: 41° 11′ 49,98″ N, 8° 34′ 44,76″ O; IGeoE)
Município:
Serviços: mercadorias
Coroa: C9
Conexões: 706 707
Equipamentos: Acesso para pessoas de mobilidade reduzida
Inauguração: 18 de setembro de 1938 (há 85 anos)
Website:

Descrição editar

O edifício de passageiros situa-se no ângulo formado entre as duas ferrovias que aqui se bifurcam — a sul da Concordância de São Gemil e a norte da Linha de Leixões.[4] Está decorado com painéis de azulejos polícromos de temática campestre, produzidas pelas oficinas de Leopoldo Battistini, director artístico da Fábrica Constância, em Lisboa.[5] Em dados de 2010, esta estação apresenta quatro vias de circulação, com comprimentos entre os 437 e 593 m; as duas gares têm 83 e 30 m de extensão, e 40 cm de altura.[6]

Localização e acessos editar

Esta gare tem acesso pela Rua Doutor António dos Santos, na zona da Rua de Sangemil,[7] entre os concelhos da Maia e do Porto.

 
Obras de construção da estação de São Gemil.

História editar

Construção editar

Por concurso público de 27 de Janeiro de 1931, foi adjudicado o conjunto dos trabalhos complementares da Linha de Leixões ao empresário Waldemar Jara d'Orey, empreitada que incluía a instalação da via entre Contumil e Leixões, com o entroncamento em São Gemil para Ermesinde, e a construção de todas as estações e apeadeiros, com comunicações telefónicas.[8] Em Abril de 1934, estava em construção uma avenida de acesso à estação de São Gemil,[8] e em Julho, o Ministério das Obras Públicas já tinha aprovado o processo de expropriação de terrenos junto à estação, para a futura construção de um edifício de habitação do pessoal.[9] Em 1937, a empresa de José Maria dos Santos & Santos foi contratada pelo Ministério das Obras Públicas para a realização da empreitada n.º 9 da Linha de Cintura do Porto, correspondente à instalação de iluminação eléctrica em várias estações desta linha, incluindo São Gemil.[10]

 
Comboio de mercadorias a entrar na estação de São Gemil pela concordância, em 2013.

Inauguração e expansão editar

O troço entre as Estações de Contumil e Leixões da Linha de Leixões abriu à exploração em 18 de Setembro de 1938.[11]

Em 1942, a Companhia dos Caminhos de Ferro Portugueses instalou 3 semáforos nesta estação.[12]

CP Urbanos do Porto em 2009–2011

(Serv. ferr. suburb. de passageiros no Grande Porto)
Serviços:   Aveiro  Braga
  Caíde  Guimarães  Leixões


(b) Ferreiros 
   
 
   
 Braga (b)
(b) Mazagão 
       
 Guimarães (g)
(b) Aveleda 
       
 Covas (g)
(b) Tadim 
       
 Nespereira (g)
(b) Ruilhe 
       
 Vizela
(b) Arentim 
       
 Pereirinhas (g)
(b) Cou.Cambeses 
       
 Cuca (g)
(m)(b) Nine 
       
 Lordelo (g)
(m) Louro 
       
 Giesteira (g)
(m) Mouquim 
       
 Vila das Aves (g)
(m) Famalicão 
       
 Caniços (g)
(m) Barrimau 
       
 Santo Tirso (g)
(m) Esmeriz 
   
 
 
   
 Cabeda (d)
(m) Lousado 
         
 
 Suzão (d)
(m) Trofa 
         
 
 Valongo (d)
(m) Portela 
         
 
 S. Mart. Campo (d)
(m) São Romão 
         
 
 Terronhas (d)
(m) São Frutuoso 
         
 
 Trancoso (d)
(m) Leandro 
         
 
 Rec.-Sobreira (d)
(m) Travagem 
             
 Parada (d)
(m)(d)(j) Ermesinde 
             
 
 Cête (d)
(j)(ẍ) São Gemil 
 
 
 
 
 
 
 
 Palmilheira (m)
(ẍ) Hosp. S. João 
 
 
 
 
 
 
 Águas Santas (m)
(ẍ) S. Ma. Infesta   Rio Tinto (m)
(ẍ) Arroteia   Contumil (m)(ẍ)
(ẍ) Leça Balio   P.-Campanhã (n)(m)
(ẍ) Leixões 
     
 
     
 P.-São Bento (m)
(n) General Torres 
     
 
 Irivo (d)
(n) Gaia 
 
 
   
 Oleiros (d)
(n) Coimbrões 
       
 Paredes (d)
(n) Madalena 
       
 Penafiel (d)
(n) Valadares 
       
 Bustelo (d)
(n) Francelos 
       
 Meinedo (d)
(n) Miramar 
       
 Caíde (d)
(n) Aguda 
       
 Aveiro (d)
(n) Granja 
       
 Cacia (n)
(n) Espinho 
       
 Canelas (n)
(n) Silvalde 
       
 Salreu (n)
(n) Paramos 
       
 Estarreja (n)
(n) Esmoriz 
       
 Avanca (n)
(n) Cortegaça 
       
 Válega (n)
(n) Carv.-Maceda 
       
 Ovar (n)
 
       
 

Século XXI editar

Em 1 de Fevereiro de 2011, todos os serviços ferroviários de passageiros na Linha de Leixões, que se tinham iniciado em Setembro de 2009,[2] foram encerrados pela operadora Comboios de Portugal, alegando reduzida procura.[3]

Ver também editar

Referências

  1. a b (I.E.T. 50/56) 56.º Aditamento à Instrução de Exploração Técnica N.º 50 : Rede Ferroviária Nacional. IMTT, 2011.10.20
  2. a b «Transportes: Linha ferroviária de Leixões recebe comboios de passageiros a partir de Setembro». Expresso. 22 de Maio de 2005. Consultado em 19 de Julho de 2011 
  3. a b SIMÕES, Pedro (1 de Fevereiro de 2011). «Deixa de apitar o comboio fantasma». Jornal de Notícias. Consultado em 27 de Agosto de 2013 
  4. (anónimo): Mapa 20 : Diagrama das Linhas Férreas Portuguesas com as estações (Edição de 1985), CP: Departamento de Transportes: Serviço de Estudos: Sala de Desenho / Fergráfica — Artes Gráficas L.da: Lisboa, 1985
  5. MARTINS, João; BRION, Madalena; SOUSA, Miguel; et al. (1996). O Caminho de Ferro Revisitado: O Caminho de Ferro em Portugal de 1856 a 1996. Lisboa: Caminhos de Ferro Portugueses. p. 41-43. 446 páginas 
  6. «Linhas de Circulação e Plataformas de Embarque». Directório da Rede 2011. Rede Ferroviária Nacional. 25 de Março de 2010. p. 67-89 
  7. «São Gemil - Linha de Leixões». Infraestruturas de Portugal. Consultado em 9 de Maio de 2016 
  8. a b «Construções Ferroviárias: A Linha de Cintura do Porto» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. 46 (1112). 16 de Abril de 1934. p. 215-217. Consultado em 27 de Agosto de 2013 
  9. «Direcção-Geral de Caminhos de Ferro: Aprovação de Projectos e Adjudicação de Obras» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. 46 (1117). 1 de Julho de 1934. p. 335. Consultado em 27 de Agosto de 2013 
  10. «Parte Oficial» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. 49 (1192). 16 de Agosto de 1937. p. 413-414. Consultado em 27 de Agosto de 2013 
  11. «Troços de linhas férreas portuguesas abertas à exploração desde 1856, e a sua extensão» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. 69 (1652). 16 de Outubro de 1956. p. 528-530. Consultado em 27 de Agosto de 2013 
  12. «Companhia dos Caminhos de Ferro Portugueses» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. 54 (1335). 1 de Agosto de 1943. p. 385-387. Consultado em 27 de Agosto de 2013 
 
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Ligações externas editar

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