Faustin Wirkus

militar norte-americano

Faustin Edmond Wirkus (Pittston, Pensilvânia, Estados Unidos, 26 de novembro de 1896Brooklyn, Nova Iorque, Estados Unidos, 8 de outubro de 1945) foi um militar americano e consideradamente rei do Haiti, "reinando" apenas na ilha de La Gonâve.[1]

Faustino II
Rei do Haiti
Faustin Wirkus
Reinado 1925-1929
Investidura 18 de julho de 1925
Rainha Timemenne
Nascimento 26 de novembro de 1896
  Pittston, Pensilvânia, Estados Unidos
Morte 8 de outubro de 1945 (48 anos)
  Brooklyn,Nova Iorque, Estados Unidos
Nome completo Faustin Edmond Wirkus
Cônjuge Yula Fuller
Religião catolicismo

Biografia editar

De ascendência polaca e prussiana, nasceu nos Estados Unidos, no estado da Pensilvânia em Prisston. Ele serviu como cebo e sargento durante a ocupação americana no Haiti, ocorrido durante e um pouco depois da Primeira Guerra Mundial.[2] Em 1922 houve a retirada dos americanos do Haiti, porém algumas ilhas permaneceram ocupadas por alguns anos a mais, como foi o exemplo da La Gonâve. Desta última o sargento se tornou o comandante-chefe do exercito americano na ilha.

Em 1925 ele teria salvo de um acidente uma senhora, que mais tarde se revelou a rainha Timemenne. Por este ato foi considerado um herói na ilha, cuja maioria era descendente dos antigos congoleses e se organizavam em 12 comunidades lideradas por uma rainha na ilha. Timemenne era a rainha líder de todas e por isso e também pelo fato de ter o mesmo nome do último imperador haitiano Faustino I, ele foi declarado com reencarnação do mesmo. Ele foi considerado rei do Haiti em uma cerimônia voodu e se tornou líder dos nativos da ilha.[3]

Apesar de ter o título, o "rei" nunca levou a sério a afirmação, sempre agindo de acordo com as ordens do governo americano, tendo o título de rei apenas uma formalidade e uma forma de ser chamado. Wirkus serviu por mais três anos ao lado de Timemenne, até que em 1929 foi ordenado a ele que voltasse para os Estados Unidos. Sua festa de despedida teve a participação de autoridades tradicionais e políticas da ilha, além de sacerdotes voodu.

Ele nunca retornou ao Haiti, apesar de ter ter saudades do povo. Durante seus últimos anos acumulando títulos na Marinha e na Aeronáutica americana, sendo também lembrado pelos americanos pelo seu incomum papel em La Gonâve. Morreu em 1945, com apenas 48 anos de idade.[2]

Após sua morte foram publicados livros sobre sua história, tornando-se assim uma figura muito lembrada com carinho pelo povo de La Gonâve.

Ver também editar

Referências

  1. Rowe, John Carlos (2000). Literary Culture and U.S. Imperialism: From the Revolution to World War II (em inglês). [S.l.]: Oxford University Press 
  2. a b «Shadow box». marines.togetherweserved.com. Consultado em 20 de junho de 2020 
  3. «Warrant Officer Faustin Wirkus: From "Breaker Boy" to King | Marine Corps Association». web.archive.org. 17 de julho de 2015. Consultado em 20 de junho de 2020