Português: O deputado federal Carlito Merss (PT-SC) calcula que poderá ter mais R$ 1 bilhão, aproximadamente, para atender às reivindicações parlamentares sobre o Orçamento de 2006 - do qual é o relator-geral. Em entrevista nesta segunda-feira (16), ele explicou que, com a antecipação do fim do pagamento da dívida junto ao Fundo Monetário Internacional (FMI), o país deve economizar cerca de US$ 900 milhões entre este e o próximo ano.
- Por causa disso, espero contar com um valor adicional de US$ 450 milhões para 2006, ou seja, cerca de R$ 1 bilhão, para atender demandas como as relacionadas ao Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb) e ao reajuste de salários dos servidores públicos, entre outras - declarou Merss.
Relatórios setoriais
O deputado também disse que, se a base do governo comparecer às sessões da Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização (CMO), será possível aprovar os relatórios setoriais em duas semanas, para então levá-los à votação em Plenário.
De um total de dez relatórios setoriais, a comissão aprovou somente um: o de Agricultura e Desenvolvimento Agrário. Além disso, dos nove restantes, Merss informou que três ainda nem foram apresentados: o de Integração Nacional e Meio Ambiente; o de Fazenda, Desenvolvimento e Turismo; e o de Infra-Estrutura. Ele frisou que "esses três relatórios que faltam são os mais polêmicos".
Salário mínimo e IR
Quanto ao salário mínimo, o deputado afirmou que a elevação de R$ 300 para R$ 350 "já pode ser considerada uma realidade". Ele destacou que, "segundo algumas estimativas, esse aumento injetará R$ 15 bilhões na economia brasileira".
No que diz respeito ao Imposto de Renda, Merss disse que "praticamente todos no governo têm clareza sobre a importância da atualização da tabela". Mas ressaltou que, "para a classe média, não é justo se limitar à atualização das alíquotas". O deputado argumentou que a existência de apenas duas alíquotas é insuficiente e que, dessa forma, o Imposto de Renda continua sendo regressivo, "com os de baixo pagando mais".
- Quem ganha muito não paga o imposto como deveria pagar. Temos de rediscutir essa questão e, principalmente, o papel das deduções - declarou.
Fonte: Agência Senado