Filipa Moniz (c. 1455 - c. 1484), também referida por autores posteriores como Filipa Perestrelo, Filipa Moniz Perestrelo ou Filipa Perestrelo Moniz, era filha de Bartolomeu Perestrelo, primeiro capitão do donatário, da ilha do Porto Santo, e de Isabel Moniz;[1] era neta pelo lado materno de Gil Aires, escrivão da puridade de D. Nuno Álvares Pereira, e de sua mulher Leonor Rodrigues.[2]

Filipa Moniz
Nascimento 3 de março de 1455
Porto Santo
Morte 15 de junho de 1485
Roma
Cidadania Reino de Portugal
Progenitores
Cônjuge Cristóvão Colombo
Filho(a)(s) Diogo Colombo
Ocupação explorador
Todos-os-Santos em Lisboa, onde Filipa Moniz terá residido, é hoje a Embaixada da França.
Capela da Piedade no Carmo onde Filipa foi sepultada.

Filipa, enquanto donzela, viveu como uma das 12 "donas" do Mosteiro de Santos-o-Velho, uma comenda feminina da Ordem de Santiago[3][4] (como uma das "donas" da Ordem de Santiago, o mestre D. João II teria que autorizar o seu casamento)[5] e terá sido sepultada na Capela da Piedade no Carmo em Lisboa.[6]

Casou-se com Cristóvão Colombo por volta de 1479, de quem teve um filho, Diogo Colombo, nascido cerca de 1479 ou 1480, que foi vice-rei e governador do Novo Mundo e 2º almirante das Índias de Castela, seguindo seu pai que fora 1º vice-rei e 1º almirante das Índias Ocidentais.

Notas

  1. Bettencourt, J. Moniz de, Os Bettencourt: das Origens Normandas à Expansão Atlântica. Ramos, Afonso & Moita, Lda., Lisboa, 1993, p. 162.
  2. Anselmo Braamcamp Freire, Brasões da Sala de Sintra, 2.ª ed., vol. III, Coimbra, Imprensa da Universidade, 1930, pp. 51-57. Dela diz este A. à p. 55: Felipa Monis, mulher de Cristóvão Colombo, não seria nunca Dona Felipa, em quanto viveu; mas posteriormente é-lhe dado o título nos documentos espanhóis. Depois de morta não foi rainha, como D. Inês de Castro, mas foi Dona.
  3. MATA, Joel Ferreira, A comunidade feminina da Ordem de Santiago: A comenda de Santos na Idade Média, Porto, 1991;
  4. «[Pergaminho do Mosteiro de Santos o Velho que atesta a presença de uma Filipa Moniz nesse convento]». Torre do Tombo, Convento de Santos-o-Novo, Doc. 477. Transc. peleográfica, edição e publicação Pseudo-História Colombina. 26 de setembro de 2007 
  5. http://colon-portugues.blogspot.com/2012/06/d-joao-ii-e-cristovao-colon-que-relacao.html
  6. «Doña Felipa Moniz su [Cristóvão Colombo] legitima mujer questá en el monasterio del Carmen en Lisboa, en una capilla que se llama de la Piedad que es de su linage de los Muñizes», Diogo Colombo, «[Segundo Testamento, 1523]», in Henry Harrisse, Christophe Colomb, son origine, sa vie, ses voyages, sa famille et ses descendents, II, Paris, Ernest Leroux Éd., 1884, p. 487. Contudo, Nicolau Florentino [pseudónimo], A Mulher de Colombo, Lisboa, Pap. e Tipografia Guedes, 1892, cap. IV, desconfia do testemunho de D. Diogo Colombo e admite a possibilidade de Filipa Moniz ter sido sepultada na Sé do Funchal.

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