Flexibilidade cerosa

A flexibilidade cerosa, flexibilidade cérea (em latim, cerea flexibilitas) ou flexibilidade de cera, também chamada rigidez cérea, é um sintoma psicomotor da catatonia associada à esquizofrenia, perturbação bipolar ou outras perturbações mentais[1] que leva a uma resposta diminuída a estímulos e a uma tendência a permanecer numa postura imóvel.[2] As tentativas de reposicionar o paciente encontram "resistência leve e uniforme" e, após ser reposicionado, o paciente normalmente permanecerá na nova posição.[3] A flexibilidade cerosa raramente ocorre em casos de delirium.[4] A presença da flexibilidade cerosa junto com pelo menos dois outros sintomas catatónicos, como estupor ou negativismo, são suficientes para justificar um diagnóstico de catatonia.[3]

Flexibilidade cerosa
Flexibilidade cerosa
Especialidade Psiquiatria
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Se alguém movesse o braço de alguém com flexibilidade de cera, o paciente manteria aquele braço onde foi posicionado até ser movido novamente, como se fosse cera maleável. Uma alteração posterior da postura de um indivíduo é semelhante a dobrar uma vela.[5] Embora a flexibilidade de cera tenha sido historicamente associada à esquizofrenia, também existem outras perturbações aos quais esta pode estar associada, como perturbações de humor com comportamento catatónico.[6]

A eletroconvulsoterapia é frequentemente usada como tratamento para a catatonia.[7] Um estudo descobriu que pacientes catatónicos com flexibilidade cerosa responderam mais rápido à terapia eletroconvulsiva, em comparação com pacientes com outros sintomas de catatonia.[8]

Ver também editar

Referências editar

  1. Ungvari GS, Goggins W, Leung SK, Lee E, Gerevich J (fevereiro 2009). «Schizophrenia with prominent catatonic features ('catatonic schizophrenia') III. Latent class analysis of the catatonic syndrome». Prog. Neuropsychopharmacol. Biol. Psychiatry. 33: 81–5. PMID 18992297. doi:10.1016/j.pnpbp.2008.10.010 
  2. Definition – Online Medical Dictionary
  3. a b Barlow, D. H., & Durand, V. Mark. (2015). Abnormal Psychology: An Integrative Approach. Stamford, CT: Cengage Learning, p. 485
  4. Regal, P. (2017). Malignant Catatonia Versus Delirium. American Journal of Medicine, 130(1), e33. doi:10.1016/j.amjmed.2016.07.033
  5. Caroff, Stanley N.; Mann, Stephan C. (2007). Catatonia: From Psychopathology to Neurobiology. [S.l.]: American Psychiatric Pub. 51 páginas. ISBN 9781585627127 
  6. American Psychiatric Association (2000) Diagnostic and statistical manual of mental disorders (DSM-IV TR) 4th edition. USA: American Psychiatric Association
  7. Raveendranathan, D., Narayanaswamy, J., & Reddi, S. (2012). Response rate of catatonia to electroconvulsive therapy and its clinical correlates. European Archives Of Psychiatry & Clinical Neuroscience, 262(5), 425.
  8. Raveendranathan, D., Narayanaswamy, J., & Reddi, S. (2012). Response rate of catatonia to electroconvulsive therapy and its clinical correlates. European Archives Of Psychiatry & Clinical Neuroscience, 262(5), 429.