Frédéric Boilet (Épinal, França; 16 de Janeiro de 1960) é um cartunista francês, mangaká (desenhista de histórias em quadrinho) e autor de livros infantis[1]. Em sua carreira, Fréderic Boilet colaborou com uma variedade de artistas como Aurélia Aurita, Laia Canada, Benoît Peeters e Kan Takahama[1].

Frédéric Boilet
Frédéric Boilet
Frederic Boilet em 2007.
Nascimento 16 de janeiro de 1960 (64 anos)
Épinal
Cidadania França
Alma mater
  • École nationale supérieure d'art de Nancy
Ocupação desenhista, roteirista, mangaká, desenhista de banda desenhada
Empregador(a) Casterman, Imagerie d'Épinal
Página oficial
https://boilet.wixsite.com/francais

Vida e obra editar

Em 1978, Frédéric Boilet entrou na escola de Belas Artes de Nancy de onde saiu em 1983. Neste mesmo ano, dá-se sua estreia nos quadrinhos com seu primeiro álbum "La Nuit dês Archées", com Guy Deffeyes. Ele publicará em seguida dois álbuns de quadrinhos históricos ("Les Veines de l’Occident" --- As veias do Ocidente ---, com René Durant) pela editora Glénat.

Cria em 1987, "Le Rayon vert" (O raio verde), seu primeiro álbum na qualidade de roteirista e desenhista, muito prestigiado pela crítica, mas ao qual o público terá dificilmente acesso, pois a editora original faliu. Pouco depois, em 1990, lançou "36 15 Alexia", um álbum que evoca de maneira interessante o tema dos encontros através de minitel (um serviço parecido com a internet). Nessas duas obras ele experimentou um método de trabalho, que ainda hoje é unicamente seu, no qual ele utiliza como recursos fotografias e vídeos.

No mesmo ano, graças à empresa Shoei e ao Centre National dês Lettres (Centro Nacional de Letras), que lhe concedem uma bolsa de estudos, Frédéric Boilet parte para o Japão. Dessa viagem, nascerá, em 1993, "Love Hotel" (Hotel Amor) que conta a odisseia tragicômica de um francês no Japão. O roteiro foi escrito em parceria com Benoît Peeters. Seu encontro com Benoît em 1990, transformou o trabalho de Frédéric em histórias semi-autobiográficas com algumas doses de humor.

No ano seguinte, como bolsista do instituto de arte Villa Kujoyama de Kyôto, sendo o primeiro autor de histórias em quadrinhos dela, Boilet inicia "Tôkyô est mon jardin" (Tóquio é meu jardim), uma seqüência de "Love Hotel". Aqui a visão do autor, assim como a de seus personagens mudou: menos perdido, ele se acostuma às --- relativas --- peculiaridades do Japão.

Em 1995, ele funda L'Atelier des Vosges (na Praça de Vosges em Paris), com seus amigos. Nessa época, publica o curioso álbum "Demi-tour", com o roteiro feito em parceria com Benoît Peeters.

Em 1997, ele retorna ao Japão com a intenção de se estabelecer. Lá, ele publica uma adaptação japonesa de "Tokyo est mon jardin", assim como obras destinadas unicamente ao público japonês como a narração "Une Belle manga d'amour" (Uma belo mangá de amor) ou a série de textos ilustrados "Prisonnier des Japonaises" (Prisioneiro das japonesas). A tiragem de suas obras torna-se freqüentemente extraordinária e Boilet obtém grande notoriedade. A distância, ele participará da revista de crítica e teoria das histórias em quadrinhos "L'Indispensable" (O indispensável).

Ao lado de sua carreira de autor, Boilet assume de boa vontade o papel de "transmissor cultural", estimulando as editoras japonesas e francesas a cooperarem em diversos projetos. Levando essa ideia ao limite, em 2001, na ocasião do lançamento simultâneo na França e no Japão de "O Espinafre de Yukiko", ele lança o movimento cultural "La Nouvelle Manga" cujo título, faz referência direta ao Nouvelle Vague e que procura combinar mangás adultos que tratam do cotidiano com o estilo artístico dos quadrinhos franco-belgas. Logo em seguida, dirige uma coleção ("Sakka") para a Casterman, uma editora belga.

Uma obra momentânea editar

Apesar de ser possível encontrar traços em comum entre os álbuns de Boilet, eles não se parecem muito entre si. Naturalmente, certas características do desenho e da narração são comuns, mas cada novo projeto é uma experiência tanto para o autor como para o leitor. Depois de "36 15 Alexia", Boilet faz, sobretudo, ficções a partir de seu próprio cotidiano, que ele reescreve, reinventa. Ele é sua própria matéria, mas seus livros não constituem uma forma de autobiografia.

Também, o grafismo de Boilet evoluiu: antes de tudo, desenhista virtuose, Boilet pouco a pouco pegou o gosto pela utilização de fotografias que ele redesenha de uma maneira sua. A fotografia é nesse caso, utilizada para ilustras seus pontos de vista subjetivos e suas deformações ópticas. Trata-se de provocar no leitor, uma impressão de visão subjetiva, de intimidade, mesmo de voyeurismo.

Referências

  1. a b «À propos | Frédéric Boilet | Bande dessinée». francais (em francês). Consultado em 6 de janeiro de 2023 
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