Joseph Philippe François Deleuze ou François Deleuze (Sisteron, França, 12 de Abril de 1753 - Paris, 31 de Outubro de 1853), Foi naturalista, botânico e Bibliotecário do Museu Nacional de História Natural de Paris, um grande expoente do estudo do magnetismo animal no século XIX além de tradutor francês[1].

François Deleuze
François Deleuze
François Deleuze discípulo de Mesmer
Nome completo Joseph Philippe François Deleuze
Conhecido(a) por Discípulo de Mesmer e propagador do Mesmerismo, além de fundamentar teorias botânicas
Nascimento 12 de abril de 1753
Sisteron, França
Morte 31 de outubro de 1835 (82 anos)
Paris, Ile-de-France
Nacionalidade francês
Ocupação Magnetizador, tradutor, botânico e bibliotecário francês
Assinatura

Biografia editar

Primeiros anos editar

Deleuze Nasceu no dia 12 de Abril de 1753 na cidade de Sisteron, França de uma família nobre de Sisteron, sudoeste da França Em 1772 começou a estudar matemática em Paris, preparando-se para a carreira militar. Não tendo recebido nomeação para nenhuma função militar, retornou para sua cidade natal onde tornou-se segundo-tenente de infantaria. Três anos depois sua tropa foi dissolvida, deixando o serrviço militar iniciou a dedicar-se as Ciências naturais[2].

Deleuze e a Botânica editar

Ao estudar tais ciências, voltou sua dedicação mais particularmente aos seus estudos no campo da botânica tornando-se assistente de Antoine Laurent de Jussieu (1748-1836).[3]

Em 1787, voltou a Paris, onde fez amizades com o botânico L'Héritier de Brutelle (1746-1800), que durante algum tempo lhe ensinou as práticas de botânica.

Em 1795, foi nomeado Naturalista assistente do Museu de História Natural de Paris onde publicou os Anais do Museu, tendo o primeiro volume sido lançado em 1802 sob a sua liderança.

O gênero de plantas chamado Leuzea foi dedicado à Deleuze pelo botânico francês Augustin Pyrame de Candolle.

Em 1828 tornou-se bibliotecário do museu, cargo que ocupou até 1834.

Deleuze, Mesmer e o magnetismo animal editar

 
Mesmer, Marquês de Puységur e Deleuze

Enquanto residia numa cidade próxima a Sisteron, em 1785 leu pela primeira vez uma descrição sobre as curas realizadas na cidade francesa de Buzancy, às quais não despendeu qualquer credibilidade. Ele cria ser aqueles relatos a mais pura invenção e que os adeptos do mesmerismo fossem loucos.[2] [4][5] Tempo depois, sabendo que seu amigo M. D. d'Aix[nota 1], tinha ido ver Mesmer em M. Servan's, e retornando a Aix conseguira produzir o sonambulismo, Deleuze resolveu dar o ar da possível confiança[2].

Após estes e outros experimentos em um espaço não muito grande de tempo, Deleuze já não negligenciava nenhuma oportunidade de investigar fatos e fenômenos magnéticos.[6]

Ele foi autor de inúmeras obras literárias e também tradutor, sua reputação, no entanto, deve-se a seus escritos sobre o magnetismo animal, sendo ele discípulo direto de Mesmer, foi um ávido seguidor dos seus ensinamentos e também do Marquês de Puységur. Juntamente com o Marquês de Puységur (1751-1825)[nota 2]estudou também a hipnose e a sugestão pós-hipnótica.

 
placa comemorativa da rue Deleuze em Sisteron

Lista de Publicações editar

  • 1804 : Notícias históricas sobre André Michaux, Anais do Museu Nacional de História Natural, volume 3, ano XII.
  • 1807 : Louvor histórico de François Péron, incluso na Viagem de descoberts das terrras austrais, realizados nas corvetas Géographe, Naturaliste e na escuna Casuarina, durante os anos de 1800, 1801, 1802, 1803 e 1804, em três volumes (1807-1816), Tipografia Imperial (Paris), Terceiro volume disponível na Gallica.
  • 1813 : História crítica do magnetismo animal, em dois volumes, reimpressa em 1819, Mame (Paris)
  • 1819 : Instruções práticas sobre o magnetismo animal, acompanhado de uma carta escrita ao autor por um médico estrangeiro, reimpressa em 1836. J.-G. Dentu (Paris), in-8°, ii + 472 p.
  • 1810 : Eudóxia, tratado sobre o estudo das ciências, das letras e da filosofia, em dois volumes, in-8°, F. Schoell (Paris).
  • 1823 : História e descrição do Real Museu de História Nacional, A. Royer (Paris): 720 p. obra disponível na Gallica.
  • 1826 : Carta endereçada aos membros da Academia de Medicina, sobre o caminho a ser seguido para introduzir a opinião pública a respeito da realidade do magnetismo animal, Béchet Jeune (Paris) : 39 p. obra disponível na Gallica.

Traduções:

  • 1799 : Os amores das plantas, poema em quatro cantos, seguido por notas e diálogos sobre a poesia, obra traduzida do inglês escrita por Erasmus Darwin (1731-1802) (The Loves of Plants).
  • 1801 : As Estações de James Thomson (1700-1748), precedida por uma informação feita pelo tradutor sobre a vida e as obras de Thomson.
  • 2013 : Instruções práticas sobre o magnetismo, (série clássicos do magnetismo) por Amélia Carneiro e revisado por Jacob Melo, ed. Vida & Saber ISBN 978857564670-0

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  1. "Um homem de razão fria e mente iluminada que esteve com Franz Anton Mesmer e que gostara do que havia visto e seus resultados[2]". (Pierre Foissac)
  2. Armand Marie Jacques de Chastenet, Marquês de Puysegur, nasceu em Paris, em 1 de Março e 1751 e morreu aos 74 anos no Castelo de Buzancy, em 1 de Agosto de 1825. Foi cavaleiro, marechal do campo (1789), tenente general (1814) e coronel do Regimento de Estrasburgo (1786)

Referências

  1. Thomas Moore Hypermedia Archive,Enciclopédia Thomas Moore, Glossary - Persons [Deleuze, Joseph Philippe François, Visitado em 22/03/2015
  2. a b c d Foissac, Pierre, Practical instructions on animal magnetism, link aqui(em inglês)inglês), Visitado em 22/03/2015, Ed. Baillière Paris, 1850, 12-19p.
  3. comoria.com, Joseph Philippe François Deleuze, Visitado em 22/03/2015.
  4. Michaelus, Magnetismo espiritual, ed.FEB, São Paulo-SP, 312p.
  5. Deleuze, Joseph Philippe François, Historie critique du magnétisme animal - 1819
  6. a b Deleuze, Joseph Philippe François, Instruções práticas sobre o Magnetismo- Série Clássicos do Magnetismo, Ed. Vida e saber/Premius, 2013, 301-302p