Francisco José Nobre Guedes

diplomata e político português (1893-1969)

Francisco José Nobre Guedes ComCGCIP (Beja, 12 de Fevereiro de 1893Lisboa, 27/28 de Outubro de 1969) foi engenheiro, diplomata e homem público português, figura destacada dos primeiros tempos do Estado Novo.

Francisco José Nobre Guedes
Nascimento 12 de fevereiro de 1893
Beja
Morte 28 de outubro de 1969
Cidadania Portugal
Alma mater
Ocupação diplomata
Prêmios
  • Comendador da Ordem Militar de Cristo
  • Grã-Cruz da Ordem da Instrução Pública

Biografia editar

Era filho de José Teles Guedes Pimenta e de sua mulher Adelaide Poças Nobre de Carvalho.

Formou-se em Engenharia Mecânica pelo Instituto Superior Técnico da Universidade Técnica de Lisboa em 1916. Foi engenheiro do Corpo de Engenharia Industrial. Integrou o Corpo de Artilharia Pesada que embarcou para França em Outubro de 1917. Regressou a Portugal a 5 de Dezembro seguinte, com baixa do serviço militar, por ter sido declarado incapaz por uma Junta Hospitalar da Inspecção de Saúde (1917).

Em 1929 iniciou uma carreira no Ministério da Instrução Pública como director-geral do ensino técnico, tendo sido feito Comendador da Ordem Militar de Cristo a 5 de Outubro de 1931,[1] desde 1937 foi secretário-geral do novo Ministério da Educação Nacional e também vogal do Instituto para a Alta Cultura. Foi o primeiro comissário nacional da Mocidade Portuguesa, de 1936 a 1940. A 18 de Julho de 1938 foi agraciado com a Grã-Cruz da Ordem da Instrução Pública.[1]

Publicou numerosos trabalhos e artigos sobre o ensino técnico, educação, juventude, desporto e política. Foi deputado à Assembleia Nacional.

Germanófilo, com ideias radicais e puristas próximas do regime alemão e membro do Clube Alemão em Lisboa, foi nomeado embaixador em Berlim em 1940, abandonando o seu posto em Berlim Março de 1941,depois de ter combinado com Salazar que o faria por não conseguir manter com o ordenado que recebia como embaixador os 7 filhos que tinha Apresenta-se em Lisboa, depois de por carta avisar Salazar mas sem ter pedido autorização prévia ao MNE , sendo exonerado das funções, a seu pedido, no mês seguinte. Salazar apesar de ter aceite também por carta a renuncia de Nobre Guedes, não quis compreender as suas razões e puniu-o severamente, afastando-o de todos os cargos oficiais que ocupava e dos empregos em empresas privadas, situação em que foi mantido durante alguns anos. Antes de ter aceite ser embaixador em Berlim, Salazar tinha-o convidado por 3 vezes para ser Ministro, tendo este recusado.

Foi um dos fundadores da Federação Portuguesa de Boxe da qual foi presidente, foi também presidente da Federação de Atletismo[qual?] e da União do Pentatlo Moderno[qual?]. Desde 1918 fez parte do Comité Olímpico de Portugal, do qual foi presidente de 1957 a 1968.

Casou primeira vez a 14 de Fevereiro de 1917 com Maria José de Vilhena de Magalhães Coutinho (13 de Maio de 1892 - 21 de Junho de 1960), filha de Albano de Magalhães Coutinho e de sua mulher Maria José de Vilhena, prima-irmã do 1.º Visconde de Ferreira do Alentejo, de quem teve cinco filhos e duas filhas. Casou segunda vez com Mary Dora Teles da Gama Mascarenhas (Lisboa, Alcântara, 7 de Outubro de 1905), viúva de António Pinto de Lemos Pimentel Vasques (Peso da Régua, 10 de Março de 1903, casados a 11 de Maio de 1938, com geração).

É avô do advogado Luís Nobre Guedes.

Ver também editar

Referências

  1. a b «Cidadãos Nacionais Agraciados com Ordens Portuguesas». Resultado da busca de "Francisco José Nobre Guedes". Presidência da República Portuguesa. Consultado em 23 de março de 2017 

Precedido por
Comissário Nacional da Mocidade Portuguesa
1936 - 1940
Sucedido por
Marcelo Caetano
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