Gerardo da Lorena, (c. 1030 - 14 de Abril de 1070), cognominado o Grande, foi duque da Lorena e o progenitor da linhagem de duques que governaram a Lorena até 1755.

Gerardo da Lorena
Gerardo da Lorena
Gerardo de Lorena y su esposa Hedwiga
Nascimento 1030
Desconhecido
Morte 14 de abril de 1070 (39–40 anos)
Remiremont
Sepultamento Remiremont
Progenitores
Cônjuge Heduvige de Namur
Filho(a)(s) Teodorico II da Lorena, Gerard, Count of Vaudémont, Beatriz da Lorena, Gisela da Lorena
Irmão(ã)(s) Adalberto da Lorena
Ocupação feudatário
Título duque da Lorena, Count of Metz, Lord of Châtenois

Biografia editar

Nasceu por volta de 1030, filho mais novo do conde Gerardo IV e de Gisela, possível filha do duque Teodorico I da Lorena. Tornou-se conde de Metz e de Chatenois, em 1047, quando seu irmão Adalberto da Lorena abdicou destes condados para assumir o ducado da Lorena. Quando este morreu, no ano seguinte, Gerardo também o sucedeu no ducado, até sua morte.

O imperador Henrique III da Germânia investiu Adalberto com a Lorena, em 1047, após confiscá-la de Godofredo da Baixa Lorena "o Barbudo". Este, porém, não se resignou e matou Adalberto em batalha.

Henrique então conferiu o ducado a Gerardo, mas o duque deposto continuou a pelejar. Godofredo tinha o apoio da facção da nobreza que não queria uma mão forte nas rédeas do ducado, e Gerardo foi preso. No entanto, ele tinha o apoio do bispo mais influente da região, Bruno de Eguisheim-Dagsburgo, bispo de Toul (futuro papa Leão IX), que conseguiu libertá-lo, em 1049.

O imperador deu-lhe tropas para o auxiliar, pois os rebeldes tinham o apoio de alguns elementos da Igreja. O próprio Gerardo permaneceu fiel até o fim à dinastia imperial, assim como foram seu irmão e seus descendentes, mesmo durante o período dos Hohenstaufens.

A aliança de Gerardo com a Igreja era regular, porém inconstante, apesar de ter doado varias abadias à igreja como foi o casa da Abadia de Moyenmoutier, da Abadia de Saint-Mihiel e da Abadia de Remiremont.

A Abadia de Mourmoutiers era a abadia do cardeal-bispo Humberto de Silva Candida, que excomungou o patriarca de Constantinopla, Miguel I Cerulário, em 1054, precipitando o Grande Cisma do Oriente, e Remiremont foi o local de descanso do próprio Gerardo.

Em Junho de 1053, Gerardo e o príncipe Rodolfo de Benevento lideraram tropas papais e suabianas no interesse do papa Leão. A Batalha de Civitate, em 10 de Junho de 1053, foi uma perda desastrosa para o papa. Seus inimigos, os normandos sob Onofre de Altavila e Ricardo de Aversa, derrotaram seus aliados e capturaram Leão, mantendo-o sob honorável cativeiro em Benevento, enquanto que Gerardo retornou para a Lorena.

Entre seus projetos de construção estava o Castelo de Prény, no centro do ducado, e o início da capital Nancy. Gerardo morreu (possivelmente envenenado) em Remiremont, enquanto tentava suprimir uma revolta.

Relações familiares editar

Foi filho do conde Gerardo IV e de Gisela da Lorena, tida como filha do duque Teodorico I da Lorena. Casou com Edviges de Namur (? - c. 1080), filha Alberto II (10001064), conde de Namur e de Regelindis da Baixa-Lorena, de quem teve:

  1. Beatriz da Lorena casada com Estêvão I de Borgonha, Conde da Borgonha 'o Duro', conde de Mâcon;
  2. Teodorico II da Lorena, o Valente;
  3. Gerardo, conde de Vaudémont, casado com Edviges de Dagsburgo.
  4. Gisela da Lorena, abadessa de Remiremont em 1070/1114.

Ver também editar

Precedido por
Adalberto I
Duque da Alta Lotaríngia
Novembro de 1048 - 14 de Abril de 1070
Sucedido por
Teodorico II

Bibliografia editar

  • Boshof, E., "Lothringen, Frankreich und das Reich in der Regierungszeit Heinrichs III." Rheinische Vierteljahrsblätter 42 (Bonn, 1978) 63-127.

Ligações externas editar