Giovanni Sartori (Florença, 13 de maio de 19244 de abril de 2017) foi um cientista político italiano especializado no estudo da política comparada. Sua obra mais destacada é Teoria da democracia.

Giovanni Sartori
Giovanni Sartori
Giovanni Sartori no XXI Congresso Mundial de Ciência Política, Santiago de Chile, 2009
Nascimento 13 de maio de 1924
Florença
Morte 4 de abril de 2017 (92 anos)
Roma
Sepultamento Florença
Cidadania Itália, Reino de Itália
Alma mater
Ocupação jornalista, cientista político, escritor, sociólogo, professor universitário, filósofo
Prêmios
  • Bolsa Guggenheim
  • Prêmio Princesa das Astúrias para as Ciências Sociais
  • Commander of the Order of the Southern Cross
  • Doctor honoris causa pela Universidade Complutense de Madri (2001)
  • Honorary Doctorate of University of Buenos Aires
  • Karl Deutsch Award (2009)
Empregador(a) Universidade Columbia, Universidade de Florença
Causa da morte câncer de laringe
Página oficial
http://www.giovannisartori.it

Em 1946 se licenciou em Ciências Sociais na Universidade de Florença. Enquanto docente de Filosofia Moderna, Lógica e Doutrina de Estado impulsionou a criação da primeira Faculdade de Ciências Políticas na Itália, a Cesare Alfieri. Em 1971 fundou a Revista Italiana di Scienza Politica.

Sartori contribuiu em distintas vertentes da teoria democrática, como na dos sistemas partidários e da engenharia constitucional. Em particular, ele tem afirmado que os sistemas partidários não deveriam ser classificados em função de um critério exclusivamente numérico, mas segundo sua estrutura interna, introduzindo o conceito de partido relevante.

É o autor da expressão "liberismo", com a intenção de designar a doutrina económica liberal, buscando distinguir entre o social-liberalismo, que como ideologia política admitia frequentemente uma ampla intervenção do governo na economia e a teoria econômica liberal, que propõe sua eliminação. Na Itália, o liberismo é identificado com as ideias políticas e econômicas de Gaetano Mosca, Luigi Einaudi e Bruno Leoni, e internacionalmente os seus expoentes são os economistas da chamada escola de Viena, tais como Ludwig von Mises e Friedrich von Hayek ou da escola de Chicago, como Milton Friedman.

É comendador da Ordem do Cruzeiro do Sul, título que lhe foi conferido pelo governo do Brasil, em 1999.[1]

Morreu em 4 de abril de 2017, aos 92 anos, de complicações respiratórias.[2]

Bibliografia editar

  • Democrazia e Definizioni (1957)
  • Il Parlamento Italiano 1946-1963 (1963)
  • Partiti e Sistemi di Partito (1965)
  • Stato e Politica nel Pensiero di Benedetto Croce (1966)
  • Political Development and Political Engineering (1968)
  • Antologia di Scienza Politica (1970)
  • Correnti, frazioni e fazioni nei partiti politici italiani (1973)
  • Partidos e sistemas partidários (1976)
  • La Politica: Logica e Metodo in Scienze Sociali (1979)
  • Teoria dei Partiti e Caso Italiano (1982)
  • The Influence of Electoral Systems: Faulty Laws or Faulty Method (1986)
  • The Theory of Democracy Revisited (1987)
  • Elementi di Teoria Politica (1987)
  • La Comparazione nelle Scienze Sociali (com L. Morlino, 1991)
  • Democrazia: Cosa E' (1993)
  • La Democracia después del Comunismo (1993)
  • Ingegneria costituzionale comparata (1994)
  • Studi Crociani (vol. I, Croce Filosofo Pratica e la Crisi dell'Etica; vol. II; Croce Etico-Politico e Filosofo della Libertà, 1997)
  • Homo Videns: Televisione e Post-Pensiero (1997)
  • La sociedad multiétnica. Pluralismo, multiculturalismo y extranjeros (2000)
  • La Terra Scoppia: Sovrapopolazione e Sviluppo (com G. Mazzoleni, 2003)
  • Mala Tempora (2004)

Referências

  1. «Biografia di Giovanni Sartori» (em italiano). www.giovannisartori.it 
  2. Casalini, Simona (4 de abril de 2017). «Muore il politologo Giovanni Sartori. Inventò i termini Mattarellum e Porcellum» (em italiano). La Repubblica. Consultado em 4 de abril de 2017 

Ligações externas editar


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