O grupo Pasife é um grupo de satélites irregulares retrógrados que seguem órbitas similares a do satélite Pasife e que acredita-se possuírem uma origem comum.

Seus semi-eixos maiores (distâncias de Júpiter) variam entre 22,8 e 24,1 Gigâmetros (Gm), suas inclinações orbitais oscilam entre 144,5º e 158,3º e suas excentricidades orbitais ficam na faixa entre 0,25 e 0,43.

Este diagrama ilustra os maiores satélites irregulares de Júpiter. Do grupo Pasife é possível identificar as luas Sinope e Pasife. A posição dos objetos no eixo horizontal indica suas distâncias de Júpiter. O eixo vertical indica sua inclinação orbital. A excentricidade orbital é indicada pelas barras amarelas, que ilustram as distâncias máximas e mínimas dos objetos em relação a Júpiter. Os círculos ilustram o tamanho relativo de cada objeto.

Os membros nucleares do grupo são (do maior para o menor):[1]

A União Astronómica Internacional (UAI) reserva os nomes terminados em -e para todas as luas retrógradas, o que inclui os membros desse grupo.

Origem editar

Acredita-se que o grupo Pasife tenha sido formado quando Júpiter capturou um asteróide que desmembrou-se logo depois da colisão. O asteróide original não foi fortemente perturbado: calcula-se que o corpo original é tenha tido 60 km de diâmetro, aproximadamente o mesmo tamanho de Pasife; o satélite Pasife reteve 99% da massa do corpo original. Entretanto, caso a lua Sinope pertença ao grupo, a proporção é muito menor, de 87%.[2]

Diferentemente dos grupos Carme e Ananke, para o grupo Pasife a teoria da origem através de um único impacto não é aceita por todos os estudos. Isso porque o grupo Pasife, embora possuindo um semi-eixo maior semelhante, possui uma inclinação mais amplamente dispersa1. No entanto, ressonâncias seculares, conhecidas tanto para Pasife quanto para Sinope, podem moldar as órbitas e fornecer a explicação para a dispersão dos elementos orbitais pós-colisão.[3] Alternativamente, a lua Sinope poderia não ser parte dos restas da mesma colisão mas sim ter sido capurada independentemente.[4]

Referências

  1. Scott S. Sheppard, David C. Jewitt, Carolyn Porco Jupiter's outer satellites and Trojans, In: Jupiter. The planet, satellites and magnetosphere. Edited by Fran Bagenal, Timothy E. Dowling, William B. McKinnon. Cambridge planetary science, Vol. 1, Cambridge, UK: Cambridge University Press, ISBN 0-521-81808-7, 2004, p. 263 - 280 Full text(pdf).
  2. Sheppard, Scott S.; Jewitt, David C. (5 de maio de 2003). «An abundant population of small irregular satellites around Jupiter». Nature. 423: 261–263. doi:10.1038/nature01584  However, Nesvorny 2003, while concurring on the Ananke and Carme groups, lists only Megaclithe for Pasiphaë's group
  3. David Nesvorný, Cristian Beaugé, and Luke Dones Collisional Origin of Families of Irregular Satellites, The Astronomical Journal, 127 (2004), pp. 1768–1783 Full text.
  4. Grav, Tommy; Holman, Matthew J.; Gladman, Brett J.; Aksnes, Kaare Photometric survey of the irregular satellites, Icarus, 166,(2003), pp. 33-45. Preprint