Herodiano (em latim: Herodianus) foi um oficial bizantino do século VI, ativo durante o reinado do imperador Justiniano (r. 527–565).

Herodiano
Nacionalidade Império Bizantino
Ocupação Oficial

Vida editar

 
Soldo de Justiniano (r. 527–565)
 
Tremisse de Tótila (r. 541–552)

Aparece em 535, quando foi um dos quatro comandantes (Demétrio, Paulo e Ursicino) de infantaria regular enviados sob Belisário para reconquistar a Itália. Sua posição e ofício eram incertos, mas foi possivelmente um homem espectável e conde dos assuntos militares.[1] No final de 536, quando Belisário deixou Nápoles em direção a Roma, Herodiano ficou para trás com 300 infantes para guardar a cidade. Pode ter se reunido com Belisário no final de 537, quando Procópio de Cesareia reuniu todas as tropas disponíveis em Nápoles e retornou com elas para Roma junto com reforços de Constantinopla sob João.[2]

No verão de 538, foi enviado com Ulíaris e Narses e um grande exército sob o comando geral de Ildígero por mar para aliviar Arímino. Ao avistar a frota, os godos em Arímino, já alarmada pelas numerosas fogueiras acessas por Martinho, entraram em pânico e fugiram. Ildígero e aqueles consigo foram os primeiros a entrar o campo gótico, onde pegaram todos os bens de valor deixados. Em 540, Herodiano foi um dos quatro comandantes que retornaram para Constantinopla com Belisário (os outros foram Ildígero, Martinho e Valeriano).[2]

Em 542, foi comandante das tropas trácias enviado com Maximino por mar de Constantinopla à Itália. A expedição atrasou primeiro no Epiro e então em Siracusa devido ao receio de Maximino em se envolver nos conflitos. Mais tarde no mesmo ano, Herodiano, Fazas e Demétrio foram enviados por Maximino com todas as forças disponíveis para aliviar Nápoles que estava sob cerco do rei Tótila (r. 541–552). Sua frota foi pega numa tempestade e empurrada à costa próximo do campo gótico. Muitos foram mortos ou capturados pelos godos, mas Herodiano e Fazas escaparam devido a seus navios estarem mais distantes do inimigo.[2]

Em 545, foi comandante da guarnição de Espolécio. Quando os godos sitiaram Espolécio, concordou em render a guarnição e a cidade caso nenhuma ajuda viesse em 30 dias e para confirmar o acordo entregou seu filho como refém. No dia marcado, ele e a guarnição renderam-se; Procópio de Cesareia registra o rumor que Herodiano fez isso, pois não podia mais suportar a pressão por dinheiro de Belisário. Estava com Tótila quando o último capturou Roma em dezembro de 546. Em 552, estava com a guarnição de Tótila estacionada em Cumas para guardar a maior parte do tesouro. Foi presumivelmente sitiado em Cumas pelos bizantinos, mas seu destino após sua captura por eles não é registrado.[3]

Referências

  1. Martindale 1992, p. 593-594.
  2. a b c Martindale 1992, p. 594.
  3. Martindale 1992, p. 594-595.

Bibliografia editar

  • Martindale, John R.; Jones, Arnold Hugh Martin; Morris, John (1992). «Herodianus 1». The Prosopography of the Later Roman Empire - Volume III, AD 527–641. Cambrígia e Nova Iorque: Imprensa da Universidade de Cambrígia. ISBN 0-521-20160-8