Humberto Gessinger

Humberto Gessinger (Porto Alegre, 24 de dezembro de 1963) é um cantor, compositor, baixista, multi-instrumentista e escritor brasileiro. É especialmente conhecido por ter fundado a banda Engenheiros do Hawaii, na qual tocou de 1985 até 2008, quando o grupo entrou em uma espécie de hiato por tempo indeterminado. Com esta banda, lançou mais de 20 álbuns - entre álbuns de estúdio, ao vivo, coletâneas e de vídeo -, conquistando oito discos de ouro, um de platina e 3 DVDs de ouro, além de ter vendido mais de 3 milhões de álbuns[1] e emplacado diversos sucessos fonográficos. Na sequência, participou do duo Pouca Vogal, ao lado de Duca Leindecker, com quem lançou três álbuns e participou de extensa turnê entre 2008 e 2012. Desde 2013, lança discos e faz shows como parte de sua carreira solo que começou em 1996, mas estava parada devido à carreira de seus grupos.

Humberto Gessinger
Humberto Gessinger
Informação geral
Nome completo Humberto Gessinger
Nascimento 24 de dezembro de 1963 (60 anos)
Local de nascimento Porto Alegre, RS
Brasil
Nacionalidade brasileiro
Gênero(s)
Ocupação(ões)
Instrumento(s)
Modelos de instrumentos
Período em atividade 1985 – atualidade
Gravadora(s)
Afiliação(ões)
Página oficial www.humbertogessinger.com.br

O estilo musical predominante em sua produção discográfica é o rock, especialmente nas vertentes new wave, rock gaúcho e folk rock. Em toda a sua discografia, aparecem bastante as influências do rock progressivo dos anos 1970, da MPB - especialmente, do Clube da Esquina - e da MPG, bem como do regionalismo gaúcho. Em relação a esta última, Humberto busca incluir em sua música diversos instrumentos que são significantes para este estilo, como a gaita, a viola caipira, o bandolim e o acordeão.

Além da carreira musical, Gessinger já escreveu para colunas em jornais e publicou cinco livros até o presente momento. Na vida pessoal, Humberto chegou a cursar arquitetura, mas teve que largar o curso devido à carreira musical. Ele é casado e tem uma filha, residindo em Porto Alegre.

Biografia editar

Filho de Huberto Aloysio Gessinger e Casilda Nilsa Minatti, Humberto nasceu em 24 de dezembro de 1963, em Porto Alegre.[1] O casal teve mais 3 filhos: Maria Rosália, em 1957; Rosana Maria, em 1961; e João Rodolfo, em 1965. Os pais de Humberto eram professores: ela de geografia e ele de latim, francês e português. Como o pai dele dava aulas no Colégio Anchieta, os filhos frequentavam a escola sem ter que pagar as caras mensalidades. Além disso, tinham dificuldades em ter amigos porque moravam longe da escola e Humberto também porque era muito tímido. Desde cedo passou a se interessar por música, sempre tendo um gosto bem eclético e ouvindo desde rock até música nativista. Assim, passou a ir a pé para a escola para economizar o dinheiro do ônibus e comprar discos. Quando criança, ganhou um violão pelo seu gosto por "Era um Garoto Que como Eu Amava os Beatles e os Rolling Stones", na versão de Os Incríveis,[2] e de "Picaço Velho", de José Mendes. Em 1976, seu pai adoeceu de leucemia, vindo a falecer dois anos depois.[3]

A partir dessa época, começa a se interessar ainda mais por música, especialmente rock progressivo e música instrumental. No seu aniversário de 15 anos, ganha sua primeira guitarra, uma Giannini Diamond, e um amplificador. Ao procurar aulas de violão, vê seu professor Ayrton Fagundes da Silva - conhecido como Ayrton do Bandolim - tocando choro em um bandolim, passando a se interessar pelo estilo musical e pelo instrumento. Assim, compra diversos discos de Waldir Azevedo e Jacob do Bandolim. Seu professor avisa ele que choro é um estilo que não dá pra tocar sozinho e o convence a montar um grupo para praticar. Humberto, então, convida alguns de seus colegas de Anchieta - Cláudio Gerdau Johannpeter e Nestor Forster Filho, nos violões, e Ricardo Horn, no cavaquinho - para tocarem junto com ele. O grupo chegou a se apresentar em alguns bares próximos da casa dos Gessinger, onde ensaiavam, mas a proximidade do vestibular levou ao fim do conjunto. Humberto prestou o concurso para arquitetura e entrou na Universidade Federal do Rio Grande do Sul no início de 1981.[4]

Desde pequeno, Humberto torce para o Grêmio, embora tenha desenvolvido uma afinidade pelo Botafogo quando residiu no Rio de Janeiro, entre 1988 e 1997.[5] No ano em que se mudou para a capital fluminense, casou-se com a arquiteta Adriane Sesti, antiga colega de escola e faculdade. Em 1992, o casal teve uma filha chamada Clara.[6]

Carreira editar

Com os Engenheiros editar

 Ver artigo principal: Engenheiros do Hawaii

No final de 1984, devido a uma greve de professores, a faculdade de arquitetura da UFRGS teria aulas no período tradicional das férias de verão. Como os alunos majoritariamente de classe média e média-alta estavam acostumados a viajar no período, o centro acadêmico resolve promover uma apresentação de uma banda. Carlos Maltz, que conhecia o pessoal do centro acadêmico, sugere que eles poderiam ter uma banda só com estudantes do curso abrindo o espetáculo. Assim, ele reuniu Humberto Gessinger e Carlos Stein (que tocavam guitarra) e Marcelo Pitz (que tocava baixo e que Carlos conhecia por terem entrado juntos no curso) para realizarem a apresentação.[7] O show acabou acontecendo no dia 11 de janeiro de 1985 - mesmo dia do início do primeiro Rock in Rio[8][9] - após apenas uns 2 ou 3 ensaios. A banda tocaria apenas mais um show como um quarteto antes de Carlos Stein sair e eles continuarem como um trio.[10]

Com essa formação, a banda experimentaria, primeiro, o sucesso local com uma série de demos que tocaram na rádio Ipanema FM[11] e, depois, o sucesso nacional com o lançamento de seu álbum de estreia, Longe Demais das Capitais, em outubro de 1986, que, em grande parte devido ao sucesso de "Toda Forma de Poder", venderia mais de 130 mil cópias no ano de seu lançamento, rendendo ao grupo o seu primeiro disco de ouro.[12] Entretanto, em abril do ano seguinte, durante a turnê Toda Forma de Tour, Pitz anunciaria aos outros integrantes que estava saindo do grupo. Ainda, no mês seguinte, em uma participação no disco Carecas da Jamaica, de Nei Lisboa, eles conhecem Augusto Licks, guitarrista gaúcho que acompanhava Nei. Assim, em junho daquele ano, Augusto entraria na banda, substituindo Marcelo, com Humberto passando a tocar baixo.[13][14] Com esta formação, a banda gravaria 5 discos de estúdio - A Revolta dos Dândis, Ouça o que Eu Digo: Não Ouça Ninguém, O Papa É Pop, Várias Variáveis e Gessinger, Licks & Maltz - e 2 ao vivo - Alívio Imediato e Filmes de Guerra, Canções de Amor - entre 1987 e 1993, ganhando 5 discos de ouro e 1 de platina.[15]

Porém, no final de novembro de 1993, Licks seria expulso do grupo e, após batalha na justiça, teria direito a uma indenização dos ex-companheiros de banda.[16] Maltz e Gessinger continuariam com a entrada do guitarrista Ricardo Horn, já em dezembro daquele ano. Após concluírem a turnê, seriam adicionados ao grupo Fernando Deluqui (ex-guitarrista do RPM), em abril de 1995, e Paulo Casarin (tecladista que já havia tocado no Bixo da Seda e acompanhado artistas como Baby do Brasil, Pepeu Gomes e Moraes Moreira), no mês seguinte. Com esta formação, lançam Simples de Coração, álbum que também receberia disco de ouro, puxado pelo hit "A Promessa".[17] Entretanto, após um incidente durante a turnê que se seguiu, em janeiro de 1996, quando a banda se apresentou sem o seu baixista e vocalista, o grupo acaba, em agosto do mesmo ano, com Humberto saindo em carreira solo e Carlos montando uma nova banda, A Irmandade.[18]

Após as dificuldades de promover sua carreira solo por ter seu nome associado aos Engenheiros, Humberto retoma a banda a partir de agosto de 1997. O cantor convida os músicos que o acompanhavam na carreira solo (Luciano Granja - guitarra - e Adal Fonseca - bateria) e chama também o tecladista Lucio Dorfman, com a banda seguindo como um quarteto. Com esta formação, o grupo lança dois álbuns de estúdio - Minuano e ¡Tchau Radar! - e um álbum ao vivo - 10.000 Destinos ao Vivo, antes de Humberto, agora dono do nome da banda, resolver trocar os integrantes do grupo. Assim, Paulinho Galvão (guitarra), Bernardo Fonseca (baixo) e Gláucio Ayala (bateria) entram no grupo e Gessinger volta a tocar guitarra. Com a nova formação, a banda lança dois álbuns de estúdio - Surfando Karmas & DNA e Dançando no Campo Minado -, uma coletânea - 10.001 Destinos ao Vivo e um álbum ao vivo - Acústico MTV. Na turnê deste disco, Paulinho Galvão deixa a banda, sendo substituído por Fernando Aranha e Pedro Augusto entra para tocar teclados, voltando o grupo a apresentar-se como um quinteto. Com esta formação, lançam um segundo disco no formato acústico, Acústico: Novos Horizontes. Durante a turnê, em 2007, Bernardo Fonseca deixa a banda com Humberto voltando para o baixo. A turnê segue até julho de 2008, quando a banda entra em hiato por tempo indeterminado.[19]

Pouca Vogal editar

 Ver artigo principal: Pouca Vogal

Após os Engenheiros do Hawaii entrarem em hiato, Gessinger passa a compor em parceria com um amigo de longa data, Duca Leindecker, líder da banda Cidadão Quem, que também havia interrompido as atividades em 2008, em decorrência de um câncer que atingia o baixista Luciano Leindecker.[20] O projeto chamou-se Pouca Vogal, em alusão aos sobrenomes alemães dos dois músicos, e ainda em 2008 foi gravado o álbum de estreia homônimo.[21]

Após a gravação do álbum, a dupla disponibilizou as faixas gratuitamente na internet[22] e iniciou uma turnê por várias cidades do Brasil, resultando na gravação do álbum ao vivo Pouca Vogal ao Vivo em Porto Alegre, lançado em CD e DVD no ano de 2009, contando com sucessos das bandas Engenheiros do Hawaii e Cidadão Quem, além das novas composições. O disco ao vivo contou com a participação especial de Luciano Leindecker tocando o quince, instrumento inventado por ele, além dos músicos Carlos Maltz e Renato Borghetti, e da orquestra PoA Pops[23]

A turnê durou até 2012, o que atrapalhou os planos de Humberto para um eventual retorno dos Engenheiros do Hawaii em comemoração dos 25 anos da banda.[24] Em dezembro de 2012, foi anunciado o fim do Pouca Vogal para Leindecker e Gessinger pudessem priorizar suas respectivas carreiras solo. Em 2017, o duo se reuniu para uma apresentação única no Festival Rock Gaúcho, em Porto Alegre[25]

Carreira solo editar

Em setembro de 2013, Gessinger lançou "Insular", seu primeiro álbum solo, o 20º de toda a carreira do cantor e o primeiro de músicas inéditas após Dançando no Campo Minado (2003). O repertório conta com participações de artistas reconhecidos da cena musical gaúcha: Luiz Carlos Borges, Bebeto Alves, Nico Nicolaiewsky, o guitarrista Frank Solari e Esteban Tavares.

Sobre seu novo trabalho, Humberto disse: "Fui muito rigoroso na escolha do repertório, na busca dos convidados, da formação certa para cada música. Nesta estrada já longa, com 19 discos, aprendi que cada um deles tem sua maneira de chegar ao ouvinte. Acho que Insular está entre os discos mais misteriosos que gravei, cheio de detalhes, várias camadas, ligações entre as músicas, coisas que o pessoal vai descobrindo aos poucos. Não esperei dez anos para gravar um disco que ficasse velho em quinze minutos."

A turnê de "Insular", com Gessinger (baixo, guitarra, acordeom, voz e outros instrumentos) e seu power trio formado por Tavares (guitarra) e Rafael Bisogno (bateria e percussão), originou o DVD Insular ao Vivo, gravado em Maio de 2014 em Belo Horizonte e incluindo versões acústicas gravadas em uma vinícola em Bento Gonçalves (Rio Grande do Sul), na Serra Gaúcha. Entre os convidados, Duca Leindecker (integrante do Cidadão Quem, que formou com Gessinger o projeto Pouca Vogal), Gláucio Ayala (ex-baterista do Engenheiros) e os já citados Luiz Carlos Borges e Bebeto Alves.

Em 2016, Humberto lançou o EP "Louco pra Ficar Legal", para divulgação de sua nova turnê, com as músicas Faz Parte e Pra Ficar Legal. A banda do cantor passou a contar com o guitarrista Fernando Peters (ex-Cidadão Quem), que entrou no lugar de Tavares ainda no final da turnê anterior.

 
Humberto Gessinger durante show no Kazebre em 2017

Em março de 2017, Gessinger anunciou a turnê "Desde Aquele Dia", em comemoração aos 30 anos do álbum A Revolta dos Dândis, e um novo compacto: "Desde aquela Noite", que traz gravações inéditas de canções já registradas anteriormente por seus coautores: "Alexandria", parceria com Tiago Iorc gravada por este no álbum Troco Likes, de 2015, "O Que Você Faz à Noite", composta com Dé Palmeira, ex-baixista do Barão Vermelho e registrada no álbum Carnaval, de 1988 e "Olhos Abertos", de autoria de Gessinger com o grupo Capital Inicial, que a lançou em Todos os Lados, álbum de 1989.[26]

 
Humberto Gessinger durante o show em Canoa Quebrada (Aracati-CE) na turnê Desde Aquele Dia (2017).

Na turnê comemorativa, ao lado de Peters (mais tarde substituído por Felipe Rotta) e Bisogno, Humberto toca na íntegra as canções de "A Revolta dos Dândis" e do compacto em meio a outros sucessos da carreira.[27]. Um dos shows, realizado em Porto Alegre em agosto de 2017, deu origem ao álbum Ao Vivo pra Caramba, lançado no início de 2018, que prosseguiu as comemorações dos 30 anos de "Revolta". Ao longo da turnê, o cantor gaúcho passou a se apresentar com dois trios: um power trio (Gessinger, Rotta e Bisogno) e um trio em formato acústico, com Gessinger na viola caipira, Nando Peters no baixo acústico e Paulinho Goulart (acordeom).

Depois de seis anos sem álbuns com inéditas, o músico anuncia o disco Não Vejo a Hora, que foi trabalhado com os dois trios: o Power Trio e o Trio Acústico. O disco foi vendido em vários formatos físicos, como o vinil, a fita cassete, CD e também foi comercializado pelo Streaming. Duas das composições do álbum foram escritas durante uma viagem de Humberto para a Suécia, país onde mora sua filha. "'Calmo em Estocolmo' surgiu quando percebi que as pessoas me olhavam estranho quando comentava algo do Brasil. Parecia que eu era um bárbaro. Claro que pode ser uma impressão minha, não sou um especialista em países nórdicos, mas fiquei com isso na cabeça e escrevi "Será que agora os vikings somos nós?". Já "Olhou pro Lado, Viu" escrevi após perceber que em toda foto que eu tirava aparecia uma torre de igreja atrás. Parecia que estávamos sendo vigiados o tempo inteiro. E a torre da capa vem daí também..."[28] disse o músico em entrevista para o UOL.

Escritor editar

Humberto lançou seu primeiro livro em 2008, um livro infantil - Meu Pequeno Gremista - sobre sua paixão pelo Grêmio.[29] No ano seguinte, lançou um livro contendo um texto autobiográfico sobre sua trajetória até aquele momento e letras selecionadas de canções lançadas em sua carreira musical e de outras inéditas, Pra Ser Sincero: 123 Variações sobre um Mesmo Tema. Em 2011, lança uma espécie de continuação do livro anterior com novas histórias autobiográficas e outras letras de canções que não fizeram parte do primeiro livro: Mapas do Acaso: 45 Variações sobre um Mesmo Tema. Nos dois anos seguintes, finalmente, Humberto lançou dois livros contendo crônicas que publicou na imprensa e em sua página pessoal: Nas Entrelinhas do Horizonte e 6 Segundos de Atenção.[30][31][32]

Estilo de composição editar

Nessa fase dos Engenheiros do Hawaii, cabe também salientar a influência do filósofo existencialista francês Jean-Paul Sartre nas canções como "Infinita Highway". Por exemplo, essa música que mudou definitivamente a trajetória dos Engenheiros explicita trechos como "a dúvida é o preço da pureza", uma frase da obra O Muro, de Sartre. A "Infinita Highway" permite induzir a presença de uma temática existencial. Além da citação de O Muro em "Infinita Highway", Sartre é mencionado em "Guardas da Fronteira" ("Acontece que eu não tenho escolha / Por isso mesmo é que eu sou livre / Não sou eu o mentiroso / Foi Sartre quem escreveu o livro").[33] O próprio Humberto, líder da banda Engenheiros do Hawaii, afirma que "Infinita Highway" coloca sobre uma base musical progressiva reflexões existencialistas inspiradas por Sartre.[34] O segundo disco da banda, A Revolta dos Dândis, um dos mais aclamados pela crítica nacional, também é o que mais deixa transparecer as preferências de Humberto por Sartre. Ao mesmo tempo, o grupo foi acusado de elitista e fascista devido ao conteúdo de suas letras. Em resposta, Gessinger afirmou que o povo brasileiro entende tanto de existencialismo como de boxe, sendo os dois produtos de consumo. Entre as faixas que mais nitidamente evidenciam a filosofia existencial estão: "Infinita Highway", "Terra de Gigantes", "Refrão de Bolero" e a faixa que dá nome ao álbum, "A Revolta dos Dândis I".[35]

Assim, do mesmo modo estão presentes no trabalho dos Engenheiros do Hawaii a filosofia de Camus, Nietzsche e Sartre; a linguagem social dos livros de Ferreira Gullar, John Fante, Arthur Rimbaud e George Orwell; bem como os aspectos regionais e nacionais, característicos das obras de Moacyr Scliar, Carlos Drummond de Andrade e Josué Guimarães.[36]

Instrumentos editar

Baixo é seu principal instrumento, embora tenha começado com o violão, a guitarra e o bandolim. Humberto já utilizou em gravações de álbuns e shows os seguintes modelos:[37]

Discografia editar

Discografia dada pelo Spotify[38] e pela obra citada.[39]

Com os Engenheiros do Hawaii editar

Álbuns de estúdio

Ano Álbum Gravadora
1986 Longe Demais das Capitais RCA através do selo RCA-Victor
1987 A Revolta dos Dândis RCA através do selo Plug
1988 Ouça o que Eu Digo: Não Ouça Ninguém BMG através do selo Plug
1990 O Papa É Pop BMG através do selo RCA-Victor
1991 Várias Variáveis BMG através do selo RCA-Victor
1992 Gessinger, Licks & Maltz BMG através do selo RCA-Victor
1995 Simples de Coração BMG através do selo RCA-Victor
1997 Minuano BMG através do selo Ariola
1999 ¡Tchau Radar! Universal através do selo Mercury
2002 Surfando Karmas & DNA Universal através do selo Mercury
2003 Dançando no Campo Minado Universal através do selo Mercury

Álbuns ao vivo

Ano Álbum Gravadora
1989 Alívio Imediato BMG através do selo RCA-Victor
1993 Filmes de Guerra, Canções de Amor BMG através do selo RCA-Victor
2000 10.000 Destinos ao Vivo Universal através do selo Mercury
2004 Acústico MTV Universal através do selo Mercury
2007 Acústico: Novos Horizontes Universal através do selo Mercury

Com o Pouca Vogal editar

Ano Álbum Gravadora
2008 Pouca Vogal: Gessinger + Leindecker Stereophonica
2009 Ao Vivo em Porto Alegre Som Livre

Carreira solo editar

Álbuns de estúdio

Ano Álbum Gravadora
1996 Humberto Gessinger Trio BMG através do selo RCA-Victor
2013 Insular Stereophonica
2019 Não Vejo a Hora Deckdisc
2023 Quatro Cantos de Um Mundo Redondo Deckdisc

Álbuns ao vivo

Ano Álbum Gravadora
2014 Insular ao Vivo Coqueiro Verde Records
2018 Ao Vivo pra Caramba - A Revolta dos Dândis 30 Anos Deckdisc

EPs

Ano Álbum Gravadora
2018 Canções de Amor, Filmes de Guerra Stereophonica
2021 Água Gelo Vapor Deckdisc

Singles

Ano Single Gravadora Observação
2013 "Tudo Está Parado" Stereophonica
2016 "Pra Ficar Legal" / "Faz Parte" Deckdisc
2016 "Faz Parte" Deckdisc versão acústica
2017 Desde Aquela Noite: "Alexandria" / "O Que Você Faz a Noite" / "Olhos Abertos" Deckdisc
2017 "Pra Caramba" Deckdisc
2017 "Cadê?" Deckdisc
2018 "Das Tripas Coração" Deckdisc
2018 "Saudade Zero" Deckdisc
2021 "Estranho Fetiche / Fetiche Estranho (Carlos Trilha Remix)" Deckdisc com Carlos Trilha
2021 "Maioral (Future Ohm Remix)" Deckdisc com Future OHM
2021 "Um Dia de Cada Vez (Blancah Remix)" Deckdisc com BLANCAh
2022 "Milongueando uns Troços" Rama Records com Pirisca Grecco e Rafael Ovídio
2022 "Começa Tudo outra Vez" Deckdisc com Roberta Campos

Videografia editar

Com os Engenheiros do Hawaii editar

Ano Álbum Formato
1993 Filmes de Guerra, Canções de Amor VHS; relançado em DVD em 2002
1996 Clip Zoom VHS; relançado em DVD em 2002
2000 10.000 Destinos ao Vivo VHS; relançado em DVD em 2001
2004 Acústico MTV: Engenheiros do Hawaii DVD
2007 Acústico Novos Horizontes DVD

Com o Pouca Vogal editar

Ano Álbum Formato
2009 Ao Vivo em Porto Alegre DVD

Carreira solo editar

Ano Álbum Formato
2014 Insular ao Vivo DVD
2018 Ao Vivo pra Caramba - A Revolta dos Dândis 30 Anos DVD

Livros editar

Humberto Gessinger já lançou cinco livros, a saber:[40]

Ano Título Editora
2008 Meu Pequeno Gremista Belas Letras
2009 Pra Ser Sincero - 123 Variações Sobre Um Mesmo Tema Belas Letras
2011 Mapas do Acaso - 45 Variações Sobre Um Mesmo Tema Belas Letras
2012 Nas Entrelinhas do Horizonte Belas Letras
2013 6 Segundos de Atenção Belas Letras

Prêmios e indicações editar

Prêmio Açorianos editar

Ano Categoria Indicação Resultado
2006[41] Conjunto da Obra Humberto Gessinger Venceu
2013[42] Compositor de Pop Humberto Gessinger Venceu
Intérprete de Pop[43] Humberto Gessinger Indicado
Álbum Pop Insular Indicado
2014[44] DVD do Ano Insular ao Vivo Indicado

Referências

  1. a b Pinheiro, Márcio (6 de outubro de 2023). «Em busca da renovação constante». Jornal do Comércio 
  2. Fernanda Frozza e Marcos Mazini (22 de setembro de 2016). «Humberto Gessinger diz que começou a tocar violão por causa de 'Era um Garoto Que Como Eu...'». GShow. Consultado em 5 de novembro de 2022 
  3. Lucchese 2016, pp. 49-54
  4. Lucchese 2016, pp. 55-59
  5. Renata Domingues (12 de outubro de 2010). «Meu Jogo Inesquecível: Grêmio de 83 é imortal para Humberto Gessinger». GE. Consultado em 5 de novembro de 2022 
  6. «Lar de Humberto Gessinger». Caras. 12 de novembro de 2007. Consultado em 16 de abril de 2014 
  7. Lucchese 2016, pp. 15-31
  8. Melissa Mattos (n.d.). «História». Página oficial. Consultado em 31 de agosto de 2022. Arquivado do original em 22 de dezembro de 2009 
  9. «Engenheiros do Hawaii». Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira. N.d. Consultado em 16 de abril de 2014 
  10. Lucchese 2016, pp. 77-84
  11. Lucchese 2016, pp. 86-89
  12. Lucchese 2016, pp. 141-152
  13. Lucchese 2016, pp. 156-161
  14. Mazocco & Remaso 2019, pp. 17-23
  15. Lucchese 2016, pp. 317-325
  16. Lucchese 2016, pp. 289-295
  17. Lucchese 2016, pp. 297-301
  18. Lucchese 2016, pp. 301-306
  19. «Engenheiros do Hawaii anunciam pausa por tempo indeterminado». Cifra club. 22 de julho de 2008. Consultado em 16 de abril de 2014 
  20. «Duo gaúcho "Pouca Vogal" em Curitiba». Bem Paraná. 27 de junho de 2012. Consultado em 28 de março de 2024 
  21. «Novo projeto de Humberto Gessinger vai se chamar 'Pouca Vogal', diz site». G1. 26 de julho de 2008. Consultado em 28 de março de 2024 
  22. «Pouca Vogal - Músicas». Consultado em 28 de março de 2024 
  23. Marcelo Ferla (4 de fevereiro de 2010). «Pouca Vogal». Rolling Stone. Consultado em 28 de março de 2024 
  24. Bernardo Araujo (3 de junho de 2011). «Humberto Gessinger e Duca Leindecker trazem seu power-duo Pouca Vogal ao Circo Voador». Jornal O Globo. Consultado em 28 de março de 2024 
  25. William Mansque (24 de setembro de 2017). «Com novatos e veteranos, Festival Rock Gaúcho enche o Auditório Araújo Vianna em sua primeira noite». Gaúcha ZH. Consultado em 28 de março de 2024 
  26. «Humberto Gessinger – Desde Aquela Noite». Deckdisc. N.d. Consultado em 12 de março de 2017 
  27. Mauro Ferreira (18 de março de 2017). «Show no Rio mostra a habilidade de Gessinger na 'infinita highway' pop». G1. Consultado em 5 de novembro de 2022 
  28. Cadu Ramos (28 de outubro de 2019). «Após seis anos, Humberto Gessinger lança "Não Vejo a Hora"». UOL. Consultado em 3 de julho de 2020 
  29. «Meu Pequeno Gremista». Amazon. N.d. Consultado em 5 de novembro de 2022 
  30. «Fnac Campinas terá noite de autógrafos e bate-papo com Humberto Gessinger». Campinas.com.br. 25 de novembro de 2013. Consultado em 17 de abril de 2014 
  31. «Humberto Gessinger participa do bate-papo "Com a Palavra", no StudioClio». Zero Hora. 15 de abril de 2014. Consultado em 16 de abril de 2014 
  32. Edinara Kley (24 de março de 2014). «Lages sedia 1º Salão do Livro da Serra Catarinense». Notícias do Dia. Consultado em 16 de abril de 2014 
  33. Mori 2014, p. 7
  34. «Humberto Gessinger fala sobre a letra de "Infinita Highway" para Zero Hora». GaúchaZH. 21 de maio de 2013. Consultado em 5 de novembro de 2022 
  35. Gomes & Camatti 2009, p. 8
  36. Franz 2007, pp. 11-14
  37. Flávio FM (6 de maio de 2013). «Os baixos de Humberto Gessinger». 8abaixo. Consultado em 5 de novembro de 2022 
  38. «Humberto Gessinger». Spotify. N.d. Consultado em 20 de outubro de 2022 
  39. Gessinger 2009, pp. 33-163
  40. Tiago Dias (27 de setembro de 2013). «Gaúcho é um pouco chorão, não consegue se misturar, diz Humberto Gessinger». UOL. Consultado em 17 de abril de 2014 
  41. «Vencedores do Prêmio Açorianos de Música - 2006». Prefeitura Municipal de Porto Alegre. 2006. Consultado em 2 de maio de 2018 
  42. «Açorianos de Música escolhe destaques e faz tributo a Lupicínio». Prefeitura Municipal de Porto Alegre. 15 de maio de 2014. Consultado em 7 de maio de 2018 
  43. «Prêmio Açorianos de Música divulga lista completa de indicados». Zero Hora. 25 de março de 2014. Consultado em 7 de maio de 2018 
  44. «Prêmio Açorianos de Música ocorre nesta terça-feira». Prefeitura Municipal de Porto Alegre. 1 de dezembro de 2015. Consultado em 7 de maio de 2018 

Bibliografia editar

  • Franz, Jaqueline Pricila dos Reis (2007). Mapas do Acaso : As Canções de Humberto Gessinger sob a Ótica Contemporânea. Porto Alegre: Universidade Federal do Rio Grande do Sul 
  • Gessinger, Humberto (2009). Pra Ser Sincero: 123 Variações sobre um Mesmo Tema. Caxias do Sul: Belas Letras. ISBN 978-8560174454 
  • Gomes, Vanessa de Lima; Camatti, Tassiara Baldissera (2009). «Análise Semiótica da Obra Dom Quixote: Música e Literatura» (PDF). Curitiba: XXXII Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação. Intercom Júnior – Estudos Interdisciplinares da Comunicação (n. 1, 4 a 7 de setembro de 2009). Consultado em 31 de agosto de 2022 
  • Lucchese, Alexandre (2016). Infinita Highway: Uma Carona com os Engenheiros do Hawaii. Caxias do Sul: Belas Letras. ISBN 978-8581742915 
  • Mazocco, Fabrício; Remaso, Sílvia (2019). Contrapontos: Uma Biografia de Augusto Licks. Caxias do Sul: Belas Letras. ISBN 978-8581744728 
  • Mori, Rafael Cava (2014). «Ciência, Filosofia e Arte: 1.000 Destinos Cruzados em "Lance de dados", de Humberto Gessinger» (PDF). Natal: Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Revista Brasileira de Estudos da Canção (n. 5, jan-jun 2014): pp. 1-15. ISSN 2238-1198. Consultado em 31 de agosto de 2022 

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