Icoaraci

Distrito do município de Belém, Pará

Icoaraci (do tupi: "sol do rio") é um dos oito distritos que formam o município paraense de Belém (capital do estado brasileiro do Pará). Situado a uma distancia rodoviária aproximada de 20 km da capital estadual (carro e ônibus) com tempo de viagem em média de 44 minutos de duração.[3][4]

Distrito Administrativo de Icoaraci
  Distrito do Brasil  
Orla de Icoaraci
Orla de Icoaraci
Orla de Icoaraci
Localização
Estado Pará
Município Belém
História
Criado em 8 de outubro de 1869[1]
Características geográficas
População total (2020) aprox. 500 000 habitantes[2] hab.

O distrito de Icoaraci, possui uma população estimada de 167 035 habitantes (IBGE 2010).[5] Localiza-se próximo à ilha de Outeiro, com acesso por barco no porto localizado na 7ª rua, ou por via ponte em outro ponto de Icoaraci (1° 16' 46.7" S 48° 26' 33.6" O). Também é possível a partir de Icoaraci, pegar balsas diárias para ilha do Marajó e barcos para ilha de Cotijuba (sem ligação terrestre).[6][7]

Seu núcleo original, a partir do qual se expandiu, guarda os termos "ruas", essas últimas chamadas cotidianamente pela sua ordem de fundação: 1ª, 2ª e assim até chegar na 7ª rua.[8]

Topônimo editar

"Icoaraci" é uma palavra de origem tupi. Significa "sol do rio", a partir da junção de y (água, rio)[9] e kûarasy (sol).[10]

Economia editar

A economia de Icoaraci é baseada em um parque industrial que abriga, principalmente, os ramos de pesca, madeira, marcenaria e palmito. Outro polo econômico do distrito é a feira da Oito de Maio, situada no bairro da Campina, uma feira a céu aberto das mais movimentadas de Belém, sendo a mais frequentada de Icoaraci, além de três grandes armazéns na entrada de Icoaraci vindo pela rodovia Augusto Montenegro, os chamados "atacarejos", uma mistura de venda no atacado e varejo de gêneros alimentícios.[11]

Mas Icoaraci se destaca mesmo é como importante polo de artesanato em cerâmica, instalado precisamente no bairro do Paracuri, onde se produzem réplicas de vasos típicos de antigas nações indígenas, principalmente Marajoara e Tapajônica, a partir de peças catalogadas pelo Museu Emílio Goeldi. O que garante ao lugar imensurável importância, sobretudo cultural, mais até do que econômica, não só para Belém ou para o Pará, mas para a região amazônica, já que também é lar de diversos grupos folclóricos de danças típicas (Asa-Branca, Vaiangá, Balé Folclórico da Amazônia, Grupo de Expressões Culturais Art Marajoara), de músicos (Mestre Verequete, Nazaré Pereira) e do poeta Antônio Tavernard, que lá viveram, entre outros expoentes da arte amazônica que ainda lá vivem, como Mestre Cardoso (ceramista) e professora Etelvina (dança folclórica), ambos pioneiros na arte em que atuam.

Possui boa estrutura elétrica e de telecomunicação, além de estrutura de serviços como bancos, hospitais, fórum, cartório, supermercados, vários colégios, igrejas, além de serviços de taxi, serviços de transporte de passageiros por aplicativos e serviço moto taxi, Icoaraci mantém-se como importante centro para onde convergem pequenos municípios ribeirinhos e bairros próximos.

O turismo é forte na "Vila Sorriso", com a exposição da cerâmica indígena na Praça São Sebastião, bem na orla banhada pela Baia de Guajará, onde o visitante é bem servido por um polo gastronômico composto da típica culinária paraense (tacacá, maniçoba, pato-no-tucupi), com destaque para a caldeirada com frutos dos rios amazônicos, seja nos restaurantes, seja nos quiosques que circundam a Praia do Cruzeiro, ou uma simples água de coco no Pontão ao se apreciar o pôr do sol, sugestionado pelo próprio nome tupi Ico-araci (onde o sol repousa).

Bairros editar

O distrito compreende aos bairros: Águas Negras, Agulha, Campina de Icoaraci, Cruzeiro, Maracacuera, Paracuri, Parque Guajará, Xiteua, Recanto Verde, COHAB, Ponta Grossa e Tenoné, além de vários residenciais. O acesso ao distrito pela Av. Augusto Montenegro tem como porta de entrada o bairro do Tenoné. A partir do centro de Belém também é possível acessar o distrito pela rodovia Arthur Bernardes, tendo como porta de entrada o bairro do Paracuri.

Pontos turísticos editar

 
Biblioteca Municipal Avertano Rocha, um dos pontos turísticos do município.

Orla de Icoaraci: a principal atração turística do distrito. O distrito de Icoaraci transpira a história da capital paraense e, até hoje, é ponto certo de turistas e paraenses que procuram um lugar agradável para relaxar em contato com a natureza, com charme bucólico.

Acesso editar

Ruas editar

 
Rua Padre Júlio Maria

Cultura editar

Estão localizados no distrito de Icoaraci os seguintes centros culturais:

Galeria de Fotos editar

Referências

  1. «Aniversário de 140 anos de Icoaraci tem cultura e cidadania». Portal ORM. 14 de julho de 2012. Consultado em 14 de julho de 2012 
  2. «ESTUDO DAS ÁREAS VERDES E INDICE DE COBERTURA VEGETAL DO DISTRITO ADMINISTRATIVO DE ICOARACI – DAICO, BELÉM-PA» (PDF). Revista Geonorte. 14 de julho de 2012. Consultado em 14 de julho de 2012. Arquivado do original (PDF) em 24 de setembro de 2015 
  3. «Como Chegar de Belém para Icoaraci». A distancia entre. Consultado em 19 de fevereiro de 2024 
  4. «Rota de Belém para Icoaraci». Como chegar. Consultado em 19 de fevereiro de 2024 
  5. Faria, Gilson (2011). «Icoaraci tem novo Agente Distrital». Agência Belém. Consultado em 3 de julho de 2023 
  6. «Revisão do Plano Diretor do Município de Belém». Prefeitura Municipal de Belém. 14 de julho de 2012. Consultado em 14 de julho de 2012 
  7. «DISTRITOS ADMINISTRATIVOS DO MUNICÍPIO DE BELÉM» (PDF). Prefeitura Municipal de Belém. 14 de julho de 2012. Consultado em 14 de julho de 2012 
  8. «Icoaraci: as primeiras ruas». Icoaraci Online. 14 de julho de 2012. Consultado em 14 de julho de 2012. Arquivado do original em 5 de setembro de 2010 
  9. NAVARRO, E. A. Método moderno de tupi antigo: a língua do Brasil dos primeiros séculos. Terceira edição revista e aperfeiçoada. Segundo historiadores modernos Icoaraci também significa " Mãe de todas as águas".São Paulo. Global. 2005. p. 22.
  10. NAVARRO, E. A. Método moderno de tupi antigo: a língua do Brasil dos primeiros séculos. Terceira edição revista e aperfeiçoada. São Paulo. Global. 2005. p. 108.
  11. «IPontos Turísticos: Icoaraci». Guia da Semana. 4 de agosto de 2012. Consultado em 14 de julho de 2012 
  12. «Pinheiro -- Estações Ferroviárias do Pará». Estações Ferroviarias. Consultado em 9 de outubro de 2020 
  13. «Obras e reformas». Secretaria de Cultura do Pará. Consultado em 21 de março de 2022 

Ver também editar