As incretinas são uma classe de substâncias produzidas pelo pâncreas e pelos intestinos e que regulam o metabolismo da glicose. São eles: insulina, glucagon, amilina, GLP-1 (glucagon-like peptide-1) e GIP (glucose-dependent insulinotropic polypeptide).

É conhecido de longa data que a administração de dextrose por via oral induz a uma maior liberação de insulina do que a administração isoglicêmica intravenosa. A secreção de insulina diferenciada em resposta a diversas substâncias ingeridas ou administradas por via oral levou ao conceito do efeito incretina. Estudos posteriores identificam as importantes incretinas GLP-1 e GIP, produzidas por células endócrinas intestinais em resposta à ingestão de alimentos. O GLP-1 é sintetizado pelas células L no íleo e no cólon, enquanto que o GIP é sintetizado pelas células K presentes no duodeno e na primeira porção do jejuno. [1]

Calcula-se que mais de 50% da insulinemia pós-prandial seja determinada pelo efeito indutor dos hormônios GLP-1 e GIP. [2] Anormalidades na secreção e/ou ação desses hormônios glicorreguladores podem estar direta ou indiretamente associadas ao desenvolvimento do diabetes tipo 2.

Referências

  1. Granel NA. El Efecto fisiológicos de las hormonas incretinas. JohnHopkins Advanced Studies in Medicine 2006;6(7A):S581-S585
  2. Frias JP, Edelman SV. Current Opinion in Endocrinology, Diabetes & Obesity 2007;14:269-275