Independência de Taiwan

movimento político que defende a declaração e o reconhecimento de Taiwan como um estado soberano independente da China

Independência de Taiwan é um movimento político ou sociopolítico cujo principal objetivo é a eliminação dos vínculos entre a República Popular da China e a República da China e a criação de um Estado independente e soberano na ilha de Taiwan, sob o nome de "República de Taiwan".

Bandeira independentista de Taiwan.
Bandeira da manifestação de 26 de março de 2005 em Taipei contra a Lei Antissecessão Chinesa. A manifestação foi realizada por partidários da independência formal de Taiwan, que se identificam com a cor verde.

Antes de 1895, Taiwan e a China continental eram governados pela Dinastia Qing. Após a Primeira Guerra Sino-Japonesa, Taiwan foi parte do Império do Japão por 50 anos. No final da II Guerra Mundial, Taiwan foi retomada pela República da China em 1945 junto com a maioria da China continental até 1949. Desde a fuga do Kuomintang, que foi derrotado pelo Partido Comunista da China na China continental, para a ilha de Formosa, o governo da República da China tem controlado apenas Taiwan e as ilhas circundantes.

Este movimento é apoiado pela Coligação Pan-Verde em Taiwan e é oposta pela Coligação Pan-Azul, que é a favor da reunificação com a China continental. Durante os anos 1990 e início de 2000, os apoiantes da independência de Taiwan propuseram a elaboração de uma nova constituição, sem sucesso.[1][2][3] Em 2000, as eleições presidenciais foram vencidas por Chen Shui-bian, líder do Partido Democrático Progressista, formado por vários partidos a favor da independência formal de Taiwan. O atual presidente, Lee Teng-hui, foi acusado por seu próprio partido de deslealdade, por apoiar a independência, o que é contra a ideologia do partido. Lee acabaria deixando o Kuomintang e fundando, em 24 de julho de 2001, seu próprio partido, de ideologia fortemente pró-independência, a União Solidária de Taiwan, como parte da Coalizão Pan-Verde.

Em 14 de março de 2005, a República Popular da China aprovou a Lei Antissecessão, que prevê a intervenção militar da República Popular da China em caso de uma declaração formal de independência de Taiwan.

Devido à demanda de soberania sobre Taiwan e repetidas ameaças da República Popular da China, uma declaração formal de independência poderia levar a um confronto militar entre as forças armadas da República da China e o Exército de Libertação Popular, o que poderia levar à intervenção de outros países, como os Estados Unidos e o Japão.[4]

Ver também editar

Referências

  1. «Lee launches constitution campaign» (em inglês). Taipei Times. 2 de julho de 2004. Cópia arquivada em 2016 
  2. «Group pushes new constitution» (em inglês). Taipei Times. 19 de março de 2007. Cópia arquivada em 2016 
  3. «US, EU apt constitutional models» (em inglês). Taipei Times. 28 de outubro de 2003. Cópia arquivada em 2016 
  4. Brookes, Peter. «U.S.-Taiwan Defense Relations in the Bush Administration» (em inglês). Heritage Foundation. Cópia arquivada em 2016