Jean Duret (Paris, 1563Paris, 30 de agosto de 1629) foi médico particular dos reis da França Carlos IX, Henrique III e de Maria de' Medici. Foi também presidente de Chevry, intendente das finanças e membro do Colégio Real.

Jean Duret
(1563-1629)
medicus Francicus
Nascimento 1563
Paris,  França
Morte 30 de agosto de 1629
Paris,  França
Ocupação Médico dos reis da França Carlos IX, Henrique III e também de Maria de' Medici

Jean Duret era filho de Louis Duret (1527-1586) e irmão de Charles Duret de Chevry (1564-1636) (1564-1636).

Foi também médico do Cardeal de Burbon.[1] Casou-se com Renée Luillier (* 1565 - 16 de Julho de 1622), filha de Nicolas Luillier, presidente da Câmara das Contas. Conta-se que ele salvou a vida dela, afetada por uma doença muito grave.

Estudou na Universidade de Paris, licenciou-se em 18 de Junho de 1584 e doutorou-se em 4 de Setembro do mesmo ano. Depois da morte do seu pai, em 1586, o sucedeu na cadeira do Colégio Real, porém catorze anos depois, pede demissão em favor de Pierre Séguin,[2] porém este último só assume a função em 1594. Um fato inusitado, ocorrido em 1607, o coloca em cena junto com os médicos Simon Piètre,[3] Jacques Duval (1555-1615)[4] e Christophe Cachet (1572-1624),[5] a propósito de uma litíase observada na filha de seis anos do Marquês de Themines,[6] Mademoiselle de Montluc. O caso causou comoção e deu origem a uma troca de cartas e epigramas.

Adversário determinado de Paracelso, ele tomou parte nas lutas contra o antimônio, na virada do século, junto com Jean Riolan, o Jovem.[7] Ele editou o curso de seu pai, Louis Duret, e publicou um tratado sobre a peste. Um acidente vascular cerebral o deixou paralisado e ele morreu pouco tempo depois. Jean Duret foi um médico habilidoso e ardente partidário da Liga Católica contra Henrique de Navarra. Certa vez, confessou ao cardeal Jacques Du Perron, que Henrique IV merecia a vacina de César, o que significava para ele, pílulas cesarianas (em alusão ao corte feito durante a operação) ou vinte-e-três golpes de punhal. Foi sucessor de seu pai no Colégio Real, e se tornou médico da Maria de' Medici em 1610, depois da morte de Henrique IV.

Em 1608, a faculdade o destitui dos seus direitos de regência por se haver comprometido com Turquet de Mayerne.[8] Diz-se que ele odiava o charlatanismo, a astrologia médica e preferia a recomendação de dietas. Em casos de varíola utilizava o sangramento e isto ia contra o conselho do parlamento. Hugues de Salins[9] afirma ter ele testemunhado a morte de François Viète.

Ele morreu de um acidente vascular cerebral em 30 de Agosto de 1629.

Obras editar

  • Advis sur la maladie, Paris, Claude Morel, 1619 [sobre a peste]
  • Un Commentaire sur les 58 dernières prénotions coaques, com isso termina a obra de seu pai com muito carinho para a medicina hipocrática.

Referências

  1. Carlos I, Cardeal de Burbon (1523-1590) (* Castelo de La Ferté-sous-Jouarre, 22 de Setembro de 1523 - † Fontenay-le-Comte, 9 de Maio de 1590), arcebispo de Ruão e chefe da Liga Católica.
  2. Jean Martin - La Cour de France du Moyen Âge au XIXe siècle
  3. Simon Piètre (1565-1618), cognominado O Grande, (* Paris, 1565 - Paris, 24 de Junho de 1618), médico e doutor em Medicina da Universidade de Paris.
  4. Jacques Duval, Senhor de Hectomare e de Houvel (1555-1615), médico e professor de Medicina.
  5. Christophe Cachet, (* Neufchâteau, 1572 - Nancy, 1624), médico particular do Henrique II, Duque de Lorena (1563-1624).
  6. Pons de Lauzières-Thémines, Marquês de Thémines (1553-1627), marechal da França.
  7. Jean Riolan, O Jovem (1577-1657) (* Paris, 15 de Fevereiro de 1577/1580 - † Paris, 19 de Fevereiro de 1657), médico e botânico francês.
  8. Théodore de Mayerne (1573-1654) (* Genebra, 28 de Setembro de 1573 - Chelsea, 22 de Março de 1655), foi um médico e químico suíço, propagador das teorias de Paracelso.
  9. Hugues de Salins (1632-1710) (* Beaune, 3 de Dezembro de 1632 - Meursault, 28 de Setembro de 1710, foi um humanista, médico e erudito francês.

Ligações externas editar

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