João de Deus Pires

João de Deus Pires, mais conhecido como Capitão João de Deus Pires MPCE (? - Dezembro de 1938[1]), foi um militar português.

João de Deus Pires
Dados pessoais
Morte dezembro de 1938
Vida militar
País Portugal Portugal
Força Exército
Hierarquia Capitão
Batalhas Gutnem e Ambégante, na Índia
Honrarias Medalha de Prata Rainha Dona Amélia, Medalha de Prata de Comportamento Exemplar, Cavaleiro da Ordem da Estrela Negra

Biografia editar

Vida editar

Faleceu em Dezembro de 1938.[1]

Carreira militar editar

Exerceu como parte do corpo de polícia em Macau; foi ordenado, por um Decreto de 10 de Fevereiro de 1893, como Alferes na Guarnição do Estado Português da Índia, tendo chegado àquela região em 6 de Junho.[1] A 16 de Novembro de 1894, tornou-se Chefe da 1.ª Divisão do Batalhão de Infantaria, da Companhia de Polícia Civil.[1] No ano seguinte, partiu para a metrópole, para estar presente na Junta de Saúde Naval a 7 de Março.[1] Em 6 de Abril, passou ao Quadro das Comissões, e, a 25 de Setembro, regressou à Índia, tendo ingressado na Companhia de Polícia de Nova Goa em 1 de Outubro.[1] No dia 21, realizou o reconhecimento de Amonã, na província de Satary, Goa Norte, e participou nas operações naquela região entre os dias 31 de Outubro e 23 de Dezembro, tendo combatido em Gutnem a 4 de Novembro.[1]

Entre 14 de Fevereiro e 8 de Março de 1896, fez parte das operações na província de Embarbosem, tendo entrado em combate no desfiladeiro de Ambégante a 17 de Fevereiro.[1] Um Decreto Provincial de 28 de Setembro tornou-o Tenente na Guarnição de Mormugão, tendo sido integrado na Companhia de Polícia daquela cidade.[1] A 1 de Janeiro de 1897, entrou no Quadro das Comissões, e foi nomeado Adjunto do Estado-Maior do Comando-em-Chefe.[1] A Ordem do Exército n.º 18, de 1897, exonerou-o a 5 de Outubro, tendo sido colocado, no mesmo dia, no Batalhão de Infantaria.[1] No dia 1 de Janeiro do ano seguinte, foi integrado nas Companhias de Infantaria de Damão, e foi nomeado, pela Portaria n.º 206, de 30 de Março de 1898, como Secretário do Governo de Damão e Administrador do Concelho.[1]

Foi, posteriormente, exonerado de ambos os cargos, tendo seguido para São Tomé e Príncipe, aonde foi nomeado Administrador interino dos Correios, Telégrafos e Telefones, e como Secretário de uma Comissão que foi reunida para unir num só diploma os Regulamentos e outras disposições relativas àqueles dois serviços.[1] Exonerado daquelas posições pelas Portarias Provinciais n.os 16 e 19, de 11 de Janeiro de 1899, passou a exercer como Ajudante do Major Inspector da Companhia de Guerra.[1] Fez parte, igualmente, de uma Comissão encarregada de escrever o regulamento para a padaria militar, e exerceu como Pagador das Obras Públicas, posição da qual seria posteriormente retirado, a seu pedido.[1] Foi exonerado do posto de Ajudante, tendo sido nomeado como Promotor de Justiça Militar pela Portaria Provincial n.º 263.[1] Exerceu, igualmente, como Chefe interino da Repartição da Fazenda Militar, Encarregado do Material de Guerra, e Comandante do Corpo de Polícia Civil.[1]

Em 1900, viajou para a metrópole, para estar presente na Junta de Saúde do Ultramar, a 26 de Agosto, tendo regressado a São Tomé e Príncipe a 8 de Maio do ano seguinte.[1] Foi, posteriormente, nomeado como Chefe da Repartição Militar, Ajudante-de-Campo do Governador, Comandante interino do Corpo de Polícia Civil, e como 31.º Governador da Fortaleza de São João Baptista de Ajudá de 190? a 1905.[1] Regressou a São Tomé e Príncipe por ordem do Boletim Militar do Ultramar de 1906, tendo exercido como Defensor Oficioso dos Conselhos de Guerra, no Quadro das Comissões daquela província, e como Condutor Auxiliar de Obras Públicas.[1] Posteriormente, em 1906, regressou à Fortaleza de Ajudá como Comandante e 33.º Governador, posição da qual seria exonerado.[1] Foi promovido a Capitão por Decreto de 6 de Maio de 1909; nesse ano, voltou à metrópole para uma Junta de Saúde, a 22 de Junho.[1] Foi colocado na província de Moçambique, tendo desembarcado em Lourenço Marques a 3 de Março de 1910, tendo sido, no mesmo dia, nomeado Comandante da 4.ª Companhia Indígena de Infantaria.[1]

Homenagens editar

Foi homenageado com a Medalha de Prata Rainha Dona Amélia da Expedição à Índia em 1895, com a Medalha de Prata de Comportamento Exemplar, e foi feito Cavaleiro da Ordem da Estrela Negra do Daomé.[1]

Foi louvado pelo Boletim Militar do Ultramar n.º 11, de 4 de Novembro de 1896, pelo Decreto Provincial n.º 33, de 11 de Fevereiro, e pela Ordem do Exército n.º 8 de 1897.[1] Recebeu, igualmente, um louvor pelo Decreto Provincial n.º 64 pela sua conduta durante um incêndio nas cavalariças do Esquadrão de Lanceiros, e outro pela Portaria Provincial n.º 361, de 29 de Setembro, pela forma como cumpriu as suas funções na comissão da padaria militar.[1]

Referências

  1. a b c d e f g h i j k l m n o p q r s t u v w x y z «Os nossos mortos» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. 51 (1226). 93 páginas. 16 de Janeiro de 1939. Consultado em 8 de Outubro de 2012 
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