Joaquim Pestana

escritor e poeta português

Joaquim Pestana (Câmara de Lobos, Madeira, 24 de dezembro de 1840 — Funchal, Madeira, 6 de fevereiro de 1909) foi um escritor e poeta português, natural da ilha da Madeira.[1][2] Nunca editou nenhum livro em vida, dispersando a sua obra por contribuições em publicações periódicas. No entanto, chegou a coligir e intitular um futuro livro seu, Espinhos e Flores, que acabou por nunca ser publicado.[3]

Joaquim Pestana
Joaquim Pestana
Nascimento 24 de dezembro de 1840
Câmara de Lobos, Madeira
Morte 6 de fevereiro de 1909 (68 anos)
Funchal, Madeira
Nacionalidade português
Progenitores Mãe: António Pestana
Pai: Genoveva Cândida
Ocupação poeta
escritor
Religião catolicismo

Na freguesia de Câmara de Lobos, hoje em dia, existe uma rua denominada em sua honra: a rua Joaquim Pestana, que dá acesso à Escola do Carmo, foi assim nomeada em dezembro de 2004. Já antes, entre 1951 e 1995, uma outra rua da mesma freguesia, anexa à sua primeira residência, ostentava o seu nome.[4] Desde 2014, existe também um prémio de mérito escolar intitulado em honra do poeta e atribuído pela Câmara Municipal de Câmara de Lobos anualmente.[5]

Biografia editar

Joaquim Pestana nasceu na vila de Câmara de Lobos, a 24 de dezembro de 1840, filho de António Pestana e Genoveva Cândida. Não tinha formação académica média ou superior, sendo um autodidacta assumido. Nunca se casou. Trabalhou como caixeiro numa loja "de fazendas" e papelaria em Câmara de Lobos, a qual herdou após a morte do seu dono.

Vivia numa casa com miradouro sobre a baía de Câmara de Lobos e o Cabo Girão. Em 1901, vendeu esta sua residência e foi morar para o Funchal, onde acabaria por falecer.

Joaquim Pestana filiou-se na corrente literária de O Novo Trovador, seguindo a escola de Soares de Passos, fundador do ultrarromantismo em Portugal. A sua ávida leitura bíblica e vivência religiosa figuram significativamente na sua obra poética. Colaborou com revistas, jornais e almanaques portugueses e brasileiros de pendor católico.

Foi militante progressista e era defensor das ideias republicanas, expressando simpatia pelas figuras de Manuel de Arriaga, Latino Coelho, Teófilo Braga e Consiglieri Pedroso. Foi vereador da Câmara Municipal de Câmara de Lobos.

Faleceu de tuberculose no Funchal, a 6 de fevereiro de 1909.[1][6]

Referências

  1. a b Freitas, Manuel Pedro (ed. eletrónica). «Joaquim Pestana». Câmara de Lobos - Dicionário Corográfico. Consultado em 23 de junho de 2018 
  2. Veríssimo, Nelson. «Joaquim Pestana». Passos na Calçada. Consultado em 23 de junho de 2018 
  3. Freitas, Manuel Pedro (introdução). «Joaquim Pestana - Colectânea de textos e poemas» (PDF). Câmara de Lobos, suas gentes, história e cultura. Consultado em 23 de junho de 2018 
  4. Freitas, Manuel Pedro (ed. eletrónica). «Rua Joaquim Pestana». Câmara de Lobos - Dicionário Corográfico. Consultado em 23 de junho de 2018 
  5. «Prémio de mérito escolar 'Joaquim Pestana' distingue 105 alunos». Diário de Notícias da Madeira. 7 de setembro de 2017. Consultado em 23 de junho de 2018 
  6. Pereira, Pe. Eduardo C. N. (1959). «Joaquim Pestana» (PDF). Das Artes e da História da Madeira (29): 29-32. Consultado em 23 de junho de 2018