José Loureiro (empresário teatral)

empresário teatral

José Loureiro (Rio de Moinhos, 1 de maio de 1880Lisboa, 6 de janeiro de 1949) foi um empresário teatral português.[1][2]

José Loureiro
José Loureiro (empresário teatral)
1923
Nascimento 1 de maio de 1880
Rio de Moinhos
Morte 6 de janeiro de 1949
Lisboa
Cidadania Portugal, Reino de Portugal
Ocupação empresário

Biografia editar

Começou por dedicar-se ao comércio, cooperando nos negócios de seu irmão Manuel Loureiro, grande comerciante em São Paulo.[1]

Em dada altura, o empresário teatral Afonso Taveira chamou-o para o Teatro da Trindade, em Lisboa, visto ter de ir ao Brasil acompanhar uma companhia teatral. Apesar de inexperiente, José Loureiro mostrou-se animado por tão boa vontade. Com a audácia própria de quem desejava marcar uma posição de relevo, lançou uma novidade: num só espetáculo, três revistas em um ato, cada qual com seu autor, seu maestro e seu cenógrafo. Alcançou êxito.[1]

Em novembro de 1923, foi-lhe vendido o Teatro da Trindade pela quantia de dez mil libras esterlinas, tendo sido responsável pelas suas obras de remodelação, reabrindo-o em fevereiro de 1924. A aquisição do teatro à Anglo-Portuguese Telephone Company, ocorreu após a demolição do antigo Salão da Trindade, em 1921.[3][4][5] Carlos Tavares celebrou, também em 1923, o último contrato de arrendamento do Teatro da Avenida com José Loureiro, tendo passado, por morte deste, para a viúva, Beatriz Cervantes Loureiro, que acabou por ceder o Avenida, em regime de exploração, à empresa de Vasco Morgado, em 1951.[6]

Associado a Walter Mochi e a Faustino da Rosa, tinha em exploração dezassete teatros na América do Sul, por onde passaram as melhores companhias teatrais portuguesas. Em Portugal, ficaram célebres os seus negócios com Chaby Pinheiro e Beatriz Costa, e os grandes espetáculos da Companhia Velasco e da Companhia Ba-Ta-Clan.[1]

Regressando, por fim, a Lisboa e ao Teatro da Trindade, limitou-se à exploração deste e do Avenida.[1]

Treze anos após a sua morte, os seus herdeiros venderam o Teatro da Trindade à FNAT.[3]

Referências

  1. a b c d e Vários. Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira. [S.l.]: Editorial Enciclopédia. pp. Volume 15. 493 
  2. Vários. Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira. [S.l.]: Editorial Enciclopédia, L.da. pp. Volume 40 Apêndice. 29 
  3. a b «Restos de Colecção: Teatro da Trindade». Restos de Colecção. 26 de outubro de 2014 
  4. Lusa (30 de maio de 2013). «Teatro da Trindade reabre renovado a 13 de junho». PÚBLICO 
  5. Cavaco, Hirondina (21 de novembro de 2008). «Teatros Lisboetas com História - Teatro da Trindade». LivingInLisbon 
  6. Moura, Nuno Costa (19 de julho de 2017). «Teatro Avenida: Hoje e sempre, fora dos eixos». Sinais de Cena. p. 6