J. Silvestre

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João Silvestre (Salto[1], 14 de dezembro de 1922Fort Lauderdale, 7 de janeiro de 2000), mais conhecido como J. Silvestre, foi um ator, escritor e apresentador da TV brasileira.[2]

J. Silvestre
J. Silvestre
Em 1972, apresentando Opinião Pública
Nome completo João Silvestre
Nascimento 14 de dezembro de 1922
Salto, SP, Brasil
Morte 7 de janeiro de 2000 (77 anos)
Fort Lauderdale, Flórida, Estados Unidos
Nacionalidade brasileiro
Ocupação Apresentador e ator

Vida e carreira editar

Filho dos imigrantes italianos Alessandro Silvestri e Orsola Bonet, J. Silvestre nasceu no interior de São Paulo. Iniciou no rádio em 1941, mais especificamente na Rádio Bandeirantes de São Paulo. Desempenhou todas as funções no rádio: ator, sonoplasta, contrarregra, ensaiador e autor.

Em 1945, transferiu-se para a Rádio Tupi, no Rio de Janeiro. Volta para São Paulo em 1946 e vai para a Rádio Cultura. Na rádio paulistana se torna apresentador de programa de calouros.

Retornou à Rádio Tupi, em 1950. Participou da inauguração da TV Tupi Rio de Janeiro[3], em janeiro de 1951, num programa estrelado pelo padre cantor mexicano Frei José Mojica.

Em 1952, escreve e atua na telenovela Os Quatro Filhos, e apresenta o programa Essa é Sua Vida.

Em 1955, estreou na Tupi a versão carioca programa O Céu É o Limite. Ao mesmo tempo, era apresentado um programa homônimo na TV Tupi São Paulo, sob o comando de Aurélio Campos.

O Céu É o Limite foi o precursor dos programas de perguntas e respostas da TV brasileira, sendo um enorme sucesso, tanto que nos anos 70, o programa atingiu 84 pontos de audiência[4], uma das maiores audiências da TV brasileira. Os programas apresentados por J. Silvestre estabeleceram recordes históricos de audiência. Era o início da época do bordão "absolutamente certo!".

 
J. Silvestre na televisão.

Com a inauguração da Embratel, lançou o primeiro programa em rede no Brasil, Domingo Alegre da Bondade, gerado pela TV Tupi no Rio. E depois apresentou O Carnê da Girafa.

De 1972 a 1976, ausente da televisão, aproveitou para escrever o livro Como Vencer na Televisão, e foi ainda presidente da Radiobrás, nomeado pelo presidente da república, João Figueiredo.

No SBT, também apresentou o Show sem Limite, A Mulher é um Show[3][5] e O Carnê da Girafa. Rescindiu seu contrato com o SBT em 1983, acusando Silvio Santos de ter registrado para o canal o título de seu longevo programa Show sem Limite.[5][4]

Transferiu-se para a Rede Bandeirantes, onde apresentou o Programa J. Silvestre, o primeiro no estilo talk show na TV brasileira, e o Essas mulheres maravilhosas. Na Rede Globo fez participação especial, homenageando Xuxa e Renato Aragão, no seu quadro Essa é a sua vida.

Em 1997, retornou à TV após dez anos afastado, apresentando o Domingo Milionário, pela Rede Manchete.[3][5] Mas este ficou pouco tempo no ar, e J. Silvestre não voltaria mais para a TV, falecendo em 2000.

A morte foi consequência de uma doença degenerativa nos pulmões.[3] Silvestre estava internado havia cerca de três meses no hospital Holy Cross para o tratamento da doença. Nos últimos dias, ele já não podia movimentar-se e respirava com a ajuda de aparelhos.

Referências

  1. Jornalismo (6 de janeiro de 2023). «Museu de Salto expõe obras do Prêmio J. Silvestre de Fotografia». Portal PRIMEIRAFEIRA. Consultado em 2 de fevereiro de 2023 
  2. «Folha de S.Paulo - J. Silvestre morre aos 77 anos nos EUA - 08/01/2000». www1.folha.uol.com.br. Consultado em 2 de fevereiro de 2023 
  3. a b c d Marckezini, Fabio (10 de março de 2022). «10 artistas que nunca trabalharam na Globo: "Nenhuma vontade"». TV História. Consultado em 2 de fevereiro de 2023 
  4. a b «Baú da TV: J Silvestre faz críticas a Silvio Santos e acusa SBT de roubo». NaTelinha. Consultado em 2 de fevereiro de 2023 
  5. a b c CASTRO, THELL DE (29 de julho de 2018). «Em 1983, apresentador acusou Silvio Santos de roubar nome de seu programa». Notícias da TV. Consultado em 2 de fevereiro de 2023