Jumil
Jumil, chinche de monte ou xotlinilli é o nome que se dá no México a várias espécies de insetos hemípteros comestíveis da família Pentatomidae (Edessa mexicana, Atizies taxcoensis, entre outros).
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Classificação científica | |||||||||||
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Géneros | |||||||||||
Medem pouco menos de um centímetro (as fêmeas são maiores que os machos). São consumidos principalmente nos estados mexicanos de Morelos e Guerrero, tendo um característico sabor parecido com o da canela, proveniente dos galhos e folhas dos quais os insetos se alimentam. Em Taxco e outras partes do México, são comidos vivos. Sem dúvida, na gastronomia, por influência da visão eurocentrista, que ignora o preparo de insetos (diferente dos asiáticos, africanos e indígenas americanos), o jumil foi depreciado pelo "gastronomia de luxo" mexicana. A Enciclopédia do México, por exemplo, qualifica como de "fétido cheiro" e "oleoso e picante sabor" o líquido oriundo destes insetos e pelo qual são tão apreciados em algumas comunidades indígenas, apesar de erroneamente se interpretar este consumo como resultado da falta de recursos e da superstição [1].
Na época pré-colonização espanhola, os astecas caminhavam em peregrinação ao Cerro del Huixteco, perto da cidade de Taxco, em Guerrero, para subir ao templo dedicado ao jumil. Atualmente, a peregrinação continua sendo celebrada na primeira segunda-feira depois do dia de finados, ainda que o habitat do inseto esteja em perigo devido ao processo de urbanização da região. Em Taxco, se celebra a "feira de jumil" durante o mês de outubro, onde se pode degustar estes insetos, vivos ou cozinhados [2].
Leituras recomendadas editar
Referências editar
- ↑ ÁLVAREZ, José Rogelio (diretor). Enciclopedia de México. Cidade do México, 2003, tomo VIII, página 4557.
- ↑ GARCÍA RIVAS, Heriberto. Cocina prehispánica mexicana. Panorama Editorial, México, 1988.