Karabiner 98k

Fuzil alemão

A Karabiner 98k (Kar98k ou K98k) é um fuzil de ação por ferrolho adotado em 1935 como o fuzil padrão de infantaria da Wehrmacht da Alemanha Nazista, considerado um dos melhores desenvolvidos da longa linha de fuzis da Mauser.[1][2]

Karabiner 98k

Kar98k
Tipo Fuzil de ação por ferrolho
Local de origem Alemanha Nazista
História operacional
Em serviço 10 anos
Guerras Segunda Guerra Mundial
Guerra do Ultramar
Guerra do Vietnã
Histórico de produção
Criador Mauser
Data de criação 1935
Período de
produção
1935-1945
Quantidade
produzida
+ 10 milhões
Variantes Mauser Gewehr 98 (antecessora)
Especificações
Peso 3,7 kg
Comprimento 1110 mm
Comprimento 
do cano
600 mm
Cartucho 7,92×57mm Mauser (8mm Mauser)
Calibre 8mm
Ação Ação de ferrolho
Velocidade de saída 845 m/s
Alcance efetivo 900 m
Mira alça e ponto de mira (capacidade para mira telescópica)
Um soldado alemão com uma Karabiner 98k com uma mira telescópica acoplada ao rifle.

Características editar

O Karabiner 98k é derivado dos seus antecessores, principalmente o Karabiner 98b que tinha sido desenvolvido a partir do fuzil Mauser modelo 1898.

O fuzil era reconhecido por sua excelente precisão e alcance efetivo de até 500 metros. Por este motivo era também utilizado com uma mira telescópica como um fuzil de precisão, no qual estendia o alcance efetivo até 800 metros quando utilizada por um atirador furtivo.

O Kar98k tinha algumas desvantagens quando comparada com outros fuzis da sua era: ser pesado e ter uma cadência de tiro limitada.

Foi também desenhado para utilizar uma baioneta e para poder disparar granadas de bocal. Uma versão com extensão para o braço foi introduzida em 1941 para paraquedistas.

Utilização em combate editar

Pós-Segunda Guerra Mundial editar

Durante a Segunda Guerra Mundial, a União Soviética capturou milhões de fuzis Mauser Kar98k e os armazenou em várias fábricas nos finais dos anos 40 e inícios dos anos 50.

Todos os restantes países que possuem ou possuíram estas armas tiveram de as comprar à Alemanha com a cláusula de que estas seram guardadas em locais seguros com vista a que não sejam utilizadas para fins de veneração heróica. Entre estes países encontra-se Portugal.

Uma das razões por detrás dos soviéticos ficarem com estas espingardas após a Segunda Guerra Mundial, é que iriam precisar delas para armar os seus soldados no caso da União Soviética ser novamente invadida. Os Soviéticos sofriam de uma fraca produção de espingardas e de outro armamento de infantaria durante a Segunda Guerra Mundial quando os alemães invadiram o território, e os soviéticos não queriam ficar na mesma situação, especialmente com o início da Guerra Fria.

Uma outra razão era que os soviéticos queriam armar vários grupos comunistas e governos comunistas recém-criados em todo mundo com um arsenal barato e muito grande de espingardas como a Mauser Kar98k e a Mosin-Nagant. O arsenal de Kar98k e de Mosin-Nagant era uma maneira para Moscovo suportar estas organizações e estes governos até confiarem neles para fornecerem armamento mais moderno como a SKS e a AK-47.

Um exemplo do fornecimento da Mauser Kar98k por parte da União Soviética (tal como outras armas capturadas dos alemães durante a Segunda Guerra Mundial) para os seus aliados comunistas, durante o período da Guerra Fria, ocorreu durante a Guerra do Vietname com a União Soviética a fornecer ajuda militar às forças armadas do Vietname do Norte e aos Viet Cong.

Serviço em Portugal editar

A Kar98k era a espingarda padrão do Exército Português até ao início da década de 1960. Foi por isso utilizada em combate nos primeiros anos da Guerra do Ultramar. A arma tinha sido adoptada por Portugal em 1938 como Espingarda 8mm Mauser m/938 em substituição da Mauser-Vergueiro. A partir de 1961 começou a ser substituída por espingardas automáticas (G3 e FN FAL), sendo relegada para as milícias e forças auxiliares africanas. A Kar98k ainda hoje é utilizada pela Guarda Nacional Republicana e pelo Colégio Militar como arma cerimonial.

Lista de utilizações editar

A Karabiner 98k foi utilizada nos seguintes conflitos:

Referências

  1. Olive, Ronaldo (3 de maio de 2009). Fuzis Militares Volume 1. [S.l.]: Clube de Autores 
  2. K98k Mauser Page Arquivado em 2007-03-29 no Wayback Machine Retrieved 28 March 2007.

Ligações externas editar