Kermes vermilio

espécie de inseto

Kermes vermilio (Planchon, 1864) é uma das espécies do género Kermes[1] usada para produzir o corante natural designado por carmesim (também conhecido por quermes ou kermes).[2] A espécie integra a família Kermesidae,[3][4] tendo distribuição natural nas regiões costeiras da parte ocidental e central da bacia do Mediterrâneo, região onde ocorre associado aos bosques do carvalho perenifólio Quercus coccifera.[5]

Como ler uma infocaixa de taxonomiaKermes vermilio
Taxocaixa sem imagem
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Arthropoda
Classe: Insecta
Ordem: Hemiptera
Subordem: Sternorrhyncha
Superfamília: Coccoidea
Família: Kermesidae
Género: Kermes
Espécie: K. vermilio
Nome binomial
Kermes vermilio
(Planchon, 1864)
Sinónimos

Descrição editar

A cochonilha Kermes vermilio, a quermes dos tintureiros, mas mais conhecido sob o nome de "grão-escarlate" quando seca e pronta para uso como corante, é um insecto parasita da ordem Hemiptera, com a forma esférica típica das cochonilhas e um tamanho que varia de 6 a 8 mm, que se desenvolve preferencialmente sobre os ramos juvenis e os pecíolos das folhas jovens da espécie Quercus coccifera (o carvalho-quermes, mais conhecido em Portugal por carrasco), uma árvore com distribuição natural restrita às regiões costeiras do Mediterrâneo ocidental e central.

O nome quermes é um vocábulo de origem indo-europeia, que foi usado para designar um verme, uma larva ou insecto, acabando por ficar associado simultaneamente ao insecto produtor do corante a o corante propriamente dito.

A designação de vários tons de cores dada pelos tintureiros medievais foi depois adoptada no nome genérico e no epíteto específico atribuídos ao género e à espécie, os quais derivam directamente de quermes e de vermilio (latim para pequeno verme, já que a cochonilha era considerada genericamente como um verme.

A partir de vermilio desenvolveu-se o termo vermilion, o quela deu origem ao vocábulo vermelhão, o qual, entre outras coisas, designa o corante obtido a partir do uso deste insecto. Outros termos derivados de kermes foram os termos carmesim e carmim, hoje utilizados para designar cores que primitivamente eram obtidas a partir do corante quermes. Também o carvalho Quercus coccifera é conhecido em boa parte do sul da Europa por carvalho-quermes em resultado da sua associação com aquele insecto.

O parasita foi colhida desde a Idade Média no sul da França (Languedoc e Provence) e sudeste da Península Ibérica (atual Castela-La Mancha e Catalunha) sobre o carvalho-quermes. Os espécime fêmeas, os únicos que produzem o corante, eram colectados, secos ao ar e pulverizados para fazer um corante escarlate que em baixa concentração produzia cores que iam do rosa ao roxo. A colheita era feita pela manhã, sendo necessário cerca de 1 kg de "sementes" frescas para produzir 10-15 g de pigmento puro.

Na Idade Média a sua utilização suplantou no mundo muçulmano e no ocidente da Europa a púrpura obtida a partir do molusco que desde a Antiguidade Clássica era a principal fonte dos tons de vermelho e escarlate. O uso desta cochonilha na região do Mediterrâneo manteve-se inalterada ao longo de vários séculos até que a pós a descoberta do Novo Mundo no século XVI permitiu a introdução dos corantes derivados da cochonilha-dos-catos (Dactylopius coccus), cuja concentração e poder de tingimento é bem maior. O custo de produção do corante a partir do quermes era muito alto, tornando este corante muito caro, o que ainda era mais oneroso quando se utilizava no tingimento de seda. O preço dependia da qualidade e abundância da colheita da cochonilha, da disponibilidade de mã-de-obra para a recolha, uma tarefa fastidiosa e lenta, e da qualidade do pigmento obtido.[6] Como para tingir um pano era necessário recolher 1 000 000-1 500 000 insectos, um pedaço de pano fino tingido com quermes com dimensões para fazer uma capa valia cerca de dois anos e nove meses de salário de um mestre pedreiro.[7] Este tipo de corante foi usado para tingir tecidos para a realeza europeia e norte-africana e para o papado (em panos de lã e de seda).

A cidade de Montpellier era famosa no século XIV pelos seus tecidos escarlate de grande valor. O corante era também usado pelos monges copistas em iluminuras de manuscritos medievais. A sua presença foi detectada em pinturas do Neolítico na França e múmias egípcias.

Somente a fêmea de K. vermilio é usada para produzir a substância corante.[8] O pigmento tintureiro é o ácido quermésico, um pigmento vermelho do tipo antraquinona presente em elevada concentração nos tecidos da fêmea e utilizado como repelente contra o ataque por outros insectos e por aves.

O pigmento ainda é usado como corante alimentar em pastelaria e bebidas alcoólicas recebendo o número E correspondente ao código E120 na listagem europeia de aditivos alimentares,[9] mas é actualmente derivado quase em exclusivo da espécie de origem mexicana Dactylopius coccus, produtora de ácido carmínico, que pela sua maior dimensão e concentração de princípio activo substitui quase totalmente a pequena cochonilha do Mediterrâneo como fonte de corantes.

A espécie Kermes vermilio[10] tem sido objecto de numerosos estudos dada a sua importância na história da cultura da Europa como fonte de pigmentos utilizados em algumas das mais marcantes obras da pintura europeia medieval e renascentista e o seu impacte económica na área da tecelagem e da tinturaria.[11][12][13][14][15][16][17][18][19][20][21][22][23][24][25][26][27][28][29][30][31][32][33][34][35][36][37][38][39][40][41][42][43][44][45][46][47][48][49][50][51][52][53][54][55][56][57][58][59][60][61][62][63][64][65][66][67][68][69][70][71][72][73][74][75][76][77][78][79][80][81][82][83][84][85][86][87][88][89][90][91][92][93][94][95][96][97]

Ver também editar

Referências editar

  1. Hoy, J.M. (1963) A catalogue of the Eriococcidae (Homoptera: Coccoidea) of the world., New Zealand Department of Scientific and Industrial Research Bulletin
  2. Naturenet article with images and description of Kermes vermilio and its foodplant
  3. Bisby F.A., Roskov Y.R., Orrell T.M., Nicolson D., Paglinawan L.E., Bailly N., Kirk P.M., Bourgoin T., Baillargeon G., Ouvrard D. (red.) (2011). «Species 2000 & ITIS Catalogue of Life: 2011 Annual Checklist.». Species 2000: Reading, UK. Consultado em 24 de setembro de 2012 
  4. ScaleNet: Systematic Database of the Scale Insects of the World. Ben-Dov Y. & Miller D.R., 2004-12-05
  5. Balachowsky, A.S. (1953) Sur les {Kermes} Boitard (Hom. Coccoidea) des chênes du bassin oriental de la Méditerranée., Revue de Pathologie Végétale et d'Entomologie Agricole de France
  6. CARDON Dominique ; Le guide des teintures naturelles. Éditions Delachaux et Niestlé, 1990
  7. Rouge, bleu, blanc : teintures à Nîmes, 1989, 84 p
  8. [1]
  9. http://www.les-additifs-alimentaires.com/E120.php
  10. Froggatt, W.W. (1921) A descriptive catalogue of the scale insects ("Coccidae") of Australia. (Part II. [Concl.], Science Bulletin, Department of Agriculture, New South Wales
  11. Fernald, M.E. (1903) A catalogue of the Coccidae of the world., Bulletin of the Hatch Experiment Station of the Massachusetts Agricultural College
  12. Cockerell, T.D.A. (1896) A check list of the Coccidae., Bulletin of the Illinois State Laboratory of Natural History
  13. Pierce, W.D. (1917) A Manual of Dangerous Insects likely to be Introduced in the United States through Importations.,
  14. Lindinger, L. (1933) Beiträge zur Kenntnis der Schildläuse (Hemipt. - Homopt., Coccid.)., Entomologischer Anzeiger
  15. Balachowsky, A.S. (1927) Contribution à l'étude des coccides de l'Afrique mineure (1re note)., Annales de la Société Entomologique de France
  16. Fulmek, L. (1943) Wirtsindex der Aleyrodiden- und Cocciden- Parasiten., Entomologische Beihefte
  17. Kozár, F. & Walter, J. (1985) Check-list of the Palaearctic Coccoidea (Homoptera)., Folia Entomologica Hungarica
  18. Longo, S., Marotta, S., Pellizzari, G., Russo, A. & Tranfaglia, A. (1995) An annotated list of the scale insects (Homoptera: Coccoidea) of Italy., Israel Journal of Entomology
  19. Lepiney, J. & Mimeur, J.M. (1931) Les coccides du Maroc., Revue de Pathologie Végétale et d'Entomologie Agricole de France
  20. Georghiou, G.P. (1977) The insects and mites of Cyprus.,
  21. Lindinger, L. (1935) Die nunmehr gültigen Namen der Arten in meinem 'Schildläusebuch' und in den 'Schildläusen der Mitteleuropäischen Gewächshäuser'., Arbeiten über physiologische und angewandte Entomologie
  22. Lindinger, L. (1912) Die Schildläuse (Coccidae) Europas, Nordafrikas und Vorder-Asiens, einschliesslich der Azoren, der Kanaren und Madeiras.,
  23. Yang, P.L. (1982) [General classification of scale insects in China.],
  24. Ferris, G.F. (1921) Notes on Coccidae - VII, VIII (Hemiptera)., Canadian Entomologist
  25. Gómez-Menor Ortega, J. (1937) Cóccidos de España.,
  26. Lindinger, L. (1958) Richtigstellung der Schildlausnamen in der Bearbeitung von Schmutterer, Kloft und Ludicke in 'Handbuch der Pflanzenkrankheiten' (V. Bd., 5 Aufl., 4. Liefg., 1957)., Beiträge zur Entomologie. Berlin
  27. Comstock, J.H. (1881) Report of the Entomologist., Report of the Commissioner of Agriculture, United States Department of Agriculture
  28. Silvestri, F. (1939) Compendio di Entomologia Applicata. Parte speciale.,
  29. Leonardi, G. (1920) Monografia delle cocciniglie Italiane.,
  30. Leonardi, G. (1918) Terza contribuzione alla conoscenza delle cocciniglie Italiane., Bollettino del R. Laboratorio di Entomologia Agraria di Portici
  31. Foldi, I. (2001) [List of scale insects of France (Hemiptera, Coccoidea).] Liste des cochenilles de France (Hemiptera, Coccoidea)., Bulletin de la Société Entomologique de France
  32. Weber, H. (1930) Biologie der Hemipteren.,
  33. Vayssière, P. (1920) Les insects nuisibles aux cultures du Maroc (2e note)., Bulletin de la Société Entomologique de France
  34. Trabut, L. (1910) La dèfense contre les cochenilles et autres insectes fixés.,
  35. Targioni Tozzetti, A. (1868) Introduzione alla seconda memoria per gli studi sulle cocciniglie, e catalogo dei generi e delle specie della famiglia dei coccidi., Atti della Società italiana di scienze naturali
  36. Perrier, R. (1926) La Faune de la France, IV. Hémiptères,
  37. Pellizzari-Scaltriti, G. & Fontana, P. (1996) [Contribution to the knowledge of Homoptera Coccoidea of Sardinia with description of a new species.], Bollettino di Zoologia Agraria e di Bachicoltura (Milano)
  38. Paoli, G. (1915) Contributo alla conoscenze della cocciniglie della Sardegna., Redia (1915)
  39. Lizer y Trelles, C.A. (1938) Cochinillas exóticas introducidas en la República Argentina y daños que causan., Jornadas Agronómicas y Veterinarias
  40. Vayssière, P. (1921) Les insectes nuisibles aux cultures du Maroc., Annales des Epiphyties
  41. Balachowsky, A.S. (1931) Contribution à l'étude des coccides de France (5e note). Faune de Corse., Bulletin de la Société Entomologique de France
  42. Melis, A. (1930) [Contribution to knowledge of pests to crops and forests of Sardinia.] Contribuzione alla conoscenza degli insetti dannosi alle piante agrarie e forestali della Sardegna., Redia
  43. Foldi, I. (2000) [Diversity and modification of the scale insects communities of the Hyères islands in natural and man-modified environments (Hemiptera: Coccoidea).], Annales de la Société Entomologique de France
  44. Trabut, L. (1911) Catalogue des cochenilles observées en Algérie., Bulletin de la Société d'Histoire Naturelle de l'Afrique du Nord
  45. Lupo, V. (1966) Vecchia e nuova sistematica delle cocciniglie., Atti IV Congresso Nazionale Italiano di Entomologia. Padova, 1965
  46. Cockerell, T.D.A. (1899) Some notes on Coccidae., Proceedings of the Academy of Natural Sciences of Philadelphia
  47. Bodenheimer, F.S. (1953) The Coccoidea of Turkey III., Revue de la Faculté des Sciences de l'Université d'Istanbul (Ser. B)
  48. Gómez-Menor Ortega, J. (1958) Distribución geográfica y ensayo de la ecológica de los cóccidos en España., Publicado del Instituto Biologia Aplicata Barcelona
  49. Argyriou, L.C. (1983) Faunal analysis of some scale insects in Greece., Proceedings of the 10th International Symposium of Central European Entomofaunistics, Budapest, 15-20 August 1983
  50. Tranfaglia, A. (1981) [Studies on Homoptera, Coccoidea: 5. Morpho-systematic notes on some species of cochineals with descriptions of 3 new species of Pseudococcidae.], Bollettino del Laboratorio di Entomologia Agraria 'Filippo Silvestri'. Portici
  51. Gómez-Menor Ortega, J. (1960) Adiciones a los "Cóccidos de España". V. (Superfamilia Coccoidea)., EOS
  52. Schmutterer, H. (1972) Überfamilie Neococcoidea.,
  53. Balachowsky, A.S. (1929) Contribution à l'étude des coccides de l'Afrique Mineure (6e note). Faune du Hoggar., Annales de la Société Entomologique de France
  54. Balachowsky, A.S. (1930) Contribution à l'étude des coccides de France (4e note) quelques hymenopteres chalcidiens parasites de coccides recueillis dans les Alpes-Maritimes et le var durant l'annee 1929., Revue de Pathologie Végétale et d'Entomologie Agricole de France
  55. Kosztarab, M. (1987) Everything unique or unusual about scale insects (Homoptera: Coccoidea)., Bulletin of the Entomological Society of America
  56. Barbagallo, S., Binazzi, A., Bolchi Serini, G., Conci, C., Longo, S., Marotta, S., Martelli, M., Patti, I., Pellizzari, G., Rapidsarda, C. & Russo, A. (1995) Homoptera Sternorrhyncha.,
  57. Casazza, R. (1928) Sui dermatoendozoi, a proposito di un nuovo parasita. (Creeping disease e Pseudo-scabbia da '{Dermatolecanium migrans}')., Bollettino della Societa Medico- Chirurgica di Pavia
  58. Beffa, G.D. (1937) [Report of diseases and parasites observed during 1937.] Cronaca delle malattie e dei parassiti osservati nell'anno 1937., Bollettino del Laboratorio sperimentale e R. Osservatorio di fitopatologia. Torino
  59. Lepiney, J. (1928) Les insectes nuisible du chène liège dans les forèts du Maroc., Annales des Epiphyties
  60. Foldi, I. & Cassier, P. (1985) Ultrastructure comparée des glandes tégumentaires de treize familles de cochenilles (Homoptera: Coccoidea)., International Journal of Insect Morphology & Embryology
  61. Blanchard, R. (1883) [Useful coccids.] Les coccides utiles., Bulletin de la Société Zoologique de France
  62. Traverso, O. (1935) Le malattie delle piante come si combattono insetti e crittogame parassiti delle piante coltivate.,
  63. Donkin, R.A. (1977) Spanish red - an ethnographical study of cochineal and the {Opuntia} cactus., Transactions of the American Philosophical Society
  64. Böhmer, H. (2000) Insect dyes., HALI: Carpet, Textile and Islamic Art
  65. Wallert, A. (1986) Fluorescent assay of quinone, lichen and redwood dyestuffs., Studies in Conservation
  66. Schweppe, H. (1986) Identification of dyes in historic textile materials., Advances in Chemistry Series
  67. Longo, S., Russo, A. & Mazzeo, G. (1991) [Faunistic notes on Homoptera Coccoidea injurious to gen. {Quercus} in Calabria and Sicily.] Note faunistiche su Homoptera Coccoidea infeudati al gen. {Quercus} in Calabria and Sicily.,
  68. Balachowsky, A.S. (1950) Remarques biogéographiques sur l'aire de répartition mondiale du g. {Kermes} [Hom. Coccoidea.], Proceedings of the International Congress of Entomology [Stockholm]
  69. Kozár, F. & Drozdják, J. (1998) Kermesidae.,
  70. Bodenheimer, F.S. (1931) Zur kenntnis der Paläarktischen kermesàrten (Rhy. Cocc.), Konowia
  71. Cockerell, T.D.A. (1929) The type of genus {Coccus} (Homoptera, Coccidae)., Science (n.s.)
  72. Balachowsky, A.S. (1950) Les {Kermes} (Hom. Coccidea) des chênes en Europe et dans le bassin Méditerranéen., Proceedings of the International Congress of Entomology [Stockholm]
  73. Goux, L. (1946) Les affinités réelles des cochenilles du genre {Kermococcus} démontrées par l'étude du développement post - embryonnaire., Bulletin du Muséum d'Histoire Naturelle de Marseille
  74. García Mercet, R. & Pieltain, C.B. (1924) Los calcidoideos parásitos de Cóccidos., Boletín de la Real Sociedad Española de Historia Natural. Madrid (Sección Biológica)
  75. Feytaud, J. (1916) [The cochineals of grapevine.] Les cochenilles de la vigne., Société d'Étude et Vulgarisation de la Zoologie agricole
  76. Dziedzicka, A. (1967) Scale-insects (Coccoidea) -- general remarks, methods of preparation., Rocznik Naukowo-Dydaktyczny WSP w Krakowie (Prace z Zoologii)
  77. Donkin, R.A. (1977) The insect dyes of western and west-central Asia., Anthropos
  78. Del Bene, G. & Landi, S. (1992) [{Kermes vermilio} (Planchon) and its natural enemies in Tuscany.] {Kermes vermilio} (Planchon) e i suoi nemici naturali in Toscana., ATTI Giornate Fitopatologiche
  79. Carmona, M.M. (1985) On the biology of {Kermes vermilio} Planchon., Actas do Congresso da Iberico Entomologia
  80. Ziderman, I. (1986) Biblical dyes of animal origin., Chemistry in Britain
  81. Wouters, J. & Verhecken, A. (1991) Potential taxonomic applications of H.P.L.C. analysis of Coccoidea pigments (Homoptera: Sternorhyncha)., Belgian Journal of Zoology
  82. Wouters, J. & Verhecken, A. (1989) The scale insect dyes (Homoptera: Coccoidea). Species recognition by HPLC and diode-array analysis of the dyestuffs., Annales de la Société Entomologique de France
  83. Trjapitsin, V.A. (1957) [New species of the genus {Encyrtus} Latr. (Hymenoptera, Encyrtidae) in the USSR.], Entomologicheskoe Obozrenye
  84. Taylor, G.W. (1987) New light on the insect red dyes of the ancient Middle East., Textile History
  85. Sternlicht, M. (1969) {Kermes bytinskii} n. spec. (Coccoidea, Kermesidae) in Israel and observations on its life history., Israel Journal of Entomology
  86. Signoret, V. (1875) Essai sur les cochenilles ou gallinsectes (Homoptères -- Coccides), 13e partie., Annales de la Société Entomologique de France
  87. Belcari, A. & Minnocci, A. (1989) [Damage by {Kermes vermilio} (Planchon) on {Quercus ilex} in Tuscany.] Attacchi di {Kermes vermilio} (Planchon) (Rynchota: Kermesidae) su {Quercus ilex} L. in Toscana., Disinfestazione
  88. Panis, A. (1974) Predation of {Eublemma scitula} [Lepidoptera Nocuidae, Erastriinae) in the south of France. [Action predatrice d'{Eublemma scitula} [Lepidoptera Noctuidae, Erastriinae] dans le sud de la France., Entomophaga
  89. Belcari, A. (1991) [Further observations on the biology and control of {Kermes vermilio} (Planch) (Rynchota: Kermesidae).] Ulteriori acquisizioni sulla biologia e sulle possibilità di controllo in Toscana di {Kermes vermilio} (Planch). (Rynchota: Kermesidae)., Disinfestazione
  90. Newman, L.J., O'Connor, B.A. & Andrewartha, H.G. (1929) Wax scale ({Ceroplastes ceriferus}, Anderson)., Journal of the Western Australian Department of Agriculture
  91. Mayet, V. (1903) [Useful insects.] Les Insectes utiles., Progrès Agricole et Viticole
  92. Maskell, W.M. (1894) Remarks on certain genera of Coccidae., The Entomologist
  93. Marotta, S., Ripullone, F. & Tranfaglia, A. (1999) [Bio-ethological observations on {Kermes vermilio} (Planchon) (Homoptera Coccoidea Kermesidae) harmful to {Quercus ilex} in Basilicata region (Italy).], Phytophaga. Palermo
  94. Marotta, S. & Tranfaglia, A. (2001) A new morphological structure on {Kermes vermilio} (Planchon) (Hemiptera: Coccoidea: Kermesidae)., Entomologica
  95. Marotta, S. & Tranfaglia, A. (1998) A new morphological structure on {Kermes vermilio} (Planchon) (Hemiptera: Coccoidea: Kermesidae).,
  96. Lepage, H.S. (1940) [Useful insects.] Insétos úteis., O Biológico
  97. Baranyovits, F.L.C. (1978) Cochineal carmine: an ancient dye with a modern role., Endeavour

Ligações externas editar

 
Wikispecies
O Wikispecies tem informações sobre: Kermes vermilio
 
Commons
O Commons possui imagens e outros ficheiros sobre Kermes vermilio