Nota: Para outros significados, veja Kink (desambiguação).

Na sexualidade humana, kink ou perversidade é o uso de práticas, conceitos ou fantasias sexuais não convencionais, desviantes ou peculiares. O termo deriva da ideia de uma "curvatura" (bend, cf. um "kink") no comportamento sexual de alguém, para contrastar esse comportamento com os costumes e as tendências sexuais "regulares" ou "baunilhas".[1] É, portanto, um termo coloquial para comportamento sexual não normativo.[2] O termo "kink" foi reivindicado por alguns que praticam o fetichismo sexual como um termo ou sinônimo de suas práticas, indicando uma variedade de práticas sexuais e sexualistas (ou sexualísticas), de brincalhona (ou lúdica) a objetificação sexual e certas parafilias. No século XXI o termo "kink" ou "kinkiness", junto com expressões como BDSM, leather e fetiche, tornou-se mais comummente usado do que o termo parafilia.[2] Algumas universidades também apresentam organizações estudantis focadas em kink, dentro do contexto de pautas LGBTI mais amplas.[3] A psicóloga Margie Nichols descreve o kink como uma das "variações que compõem o 'Q' no LGBTQ".[2]

As práticas sexuais de kink vão além do que são consideradas práticas sexuais convencionais como um meio de aumentar a intimidade entre parceiros sexuais. Alguns fazem uma distinção entre kink e fetichismo, definindo o primeiro como aprimorando a intimidade do parceiro e o segundo como substituindo-o.[4] Por causa de sua relação com os limites sexuais conformistas, que variam em função do tempo e do local, a definição do que é e do que não é torção varia também. Ao contrário do que se pensa, assexuais também podem vivenciar, experimentar e experienciar kinks, tais kinks não são inerentemente sexuais, ou seja, não se foca somente no ato sexual.[5][6][7]

Ver também editar

Referências

  1. «Vanilla - BDSM Wiki» 
  2. a b c Shahbaz & Chirinos 2016.
  3. Coslor. «Whips, Chains and Books on Campus: How Organizations Legitimate Their Stigmatized Practices» (PDF). Academy of Management Proceedings (em inglês). 2017. 12142 páginas. ISSN 0065-0668. doi:10.5465/AMBPP.2017.12142abstract 
  4. «What's Latex Got to Do With It?». The New York Times 
  5. Chen, Angela (29 de janeiro de 2016). «Can You Be Asexual, but Also Enjoy Kink?». Cosmopolitan (em inglês). Consultado em 19 de fevereiro de 2020 
  6. «BDSM Without the S-E-X: Exploring Non-Sexual Kink & Relationships». www.blogto.com (em inglês). Consultado em 19 de fevereiro de 2020 
  7. «Asexual and kinky – what?». The Stanford Daily. 5 de junho de 2014. Consultado em 19 de fevereiro de 2020 

Leitura adicional editar