Língua murui huitoto

Murui huitoto

Murui

Outros nomes:Bue, murui uitoto, murui witoto
Falado(a) em:  Colômbia
 Peru
Região: Noroeste da Amazônia
Total de falantes: Cerca de 2000[1]
Família: Uitoto
 Murui huitoto
Escrita: Alfabeto latino
Códigos de língua
ISO 639-1: --
ISO 639-2: ---
ISO 639-3: huu

  Regiões onde a língua murui huitoto é falada.

A língua murui huitoto (também uitoto ou witoto), apenas murui ou ainda bue, é uma língua ameríndia falada por cerca de 2000 pessoas no noroeste da América do Sul, nos territórios da Colômbia e do Peru, principalmente entre os rios Caqueta e Putumayo.[1] Faz parte da família linguística uitoto, uma das menores da região amazônica, e é listada como língua ameaçada no Ethnologue.[2] Observa-se uma rápida transição para o uso do espanhol entre seus falantes, quase não existindo mais falantes monolíngues em murui mesmo entre a população mais velha.[3]

Etimologia editar

Acredita-se que a denominação huitoto (também escrita como uitoto ou witoto) tenha sido inicialmente atribuída ao grupo de forma externa pelo povo carijona, significando “pessoa” ou “humano”, porém com conotação pejorativa. Mais tarde, o nome ganhou adesão de missionários e comerciantes de borracha, tornando-se o termo geral utilizado para se referir aos murui e aos demais falantes de línguas dessa família. Entretanto, alguns representantes dos murui recusam o exônimo huitoto e reivindicam o direito de ter sua identidade específica reconhecida.[4]

O termo endônimo murui, denominação utilizada pelo povo para se referir a si mesmo, estaria relacionada ao nome de Muruima, ancestral primordial mitológico dessa cultura, porém o significado e a origem etimológica da palavra não são claros.[5]bue, outro termo utilizado para se referir à língua, vem diretamente do termo nativo correspondente ao “o que?” interrogativo no português. De acordo com o mito de criação murui, essa foi a primeira palavra pronunciada pelo ancestral Muruima ao surgir, ação que teria feito com que a língua nascesse.[6]

Distribuição editar

Distribuição geográfica editar

O povo murui está distribuído ao longo da bacia do rio Amazonas, mais especificamente nos territórios da Colômbia e do Peru. Na Colômbia, habitam a região do rio Caqueta, do rio Putumayo e de seus afluentes, Igara-Paraná e Cara-Paraná. No Peru, encontram-se ao longo dos rios Ampi-Yacú e Napo. Ademais, há uma comunidade mista dos povos murui e mɨnɨka no Resguardo Indígena Tikuna-Uitoto, próximo à cidade de Leticia, na Colômbia. De forma geral, os murui estão estabelecidos em aldeias e reservas, porém há também um considerável número de famílias morando em cidades colombianas, como Bogotá e Leticia, e peruanas, como Iquitos.[1]

Os povos uitoto, de forma geral, fazem parte de um complexo cultural conhecido como Gente del Centro ('Gente/Povos do Centro') ou Região Caqueta-Putumayo, que abrange também os grupos bora (bora, miraña e muinane), um grupo arauaque do norte (resígaro), e o grupo andoque. Esses povos compartilham uma série de características culturais, ocorrendo entre eles troca de bens, casamentos, multilinguismo e rituais em comum relacionados ao consumo de coca e tabaco.[7]

Dialetos e línguas relacionadas editar

De um ponto de vista estritamente linguístico, murui poderia ser considerado um dos quatro dialetos de uma língua, a uitoto, por ser mutualmente inteligível em relação aos demais "dialetos", mɨka, mɨnɨka e nɨpode. Entretanto, do ponto de vista político, apesar de reconhecerem uma ancestralidade comum, os falantes dessas variedades se entendem como quatro povos diferentes, falantes de línguas diferentes, justificando a discussão de murui como língua separada.[1] Além do agrupamento que engloba murui, mɨka, mɨnɨka e nɨpode, a família uitoto também conta com outras duas línguas, nonuya e ocaina.[8] Ademais, as línguas uitoto estão historicamente em contato próximo com as línguas bora, porém a teoria de que fariam parte de uma mesma família é controversa.[8]

Fonologia editar

Vogais editar

A língua murui possui seis vogais orais, sendo três delas fechadas, duas semiabertas e uma aberta. Apenas duas vogais, /ɔ/ e /u/, são arredondadas.[9]

Fonemas vocálicos orais da língua murui
Vogais curtas Vogais longas
Anterior Central Posterior Anterior Central Posterior
Fechada i ɨ u iː ɨː uː
Semiaberta ɛ ɔ ɛː ɔː
Aberta a aː

Cada vogal curta possui uma vogal longa correspondente, que constitui um fonema diferente de sua versão curta na língua. Vogais longas só ocorrem na primeira sílaba de palavras e são tônicas, sendo representadas na ortografia pela repetição da letra referente à vogal curta (por exemplo, /iː/ é escrita como 'ii').

Os ditongos em murui são predominantemente decrescentes, formados por /a/, /ɛ/ ou /ɔ/ seguidas das vogais fechadas /i/ ou /ɨ/, como nas palavras fɨvui ('lua') e abai ('totem').

Consoantes editar

A língua murui possui dezessete consoantes, sendo seis delas plosivas, cinco fricativas, três nasais, duas africadas e uma tepe.[9]

Inventário consonantal da língua murui
Bilabial Labiodental Dental Alveolar Pós-alveolar Palatal Velar Glotal
Plosiva (p) b t d k ɡ
Africada t͡ʃ d͡ʒ
Nasal m n ɲ
Tepe ɾ
Fricativa f v θ *s h
Aproximante

O fonema /p/ é de ocorrência marginal, podendo ser considerado arcaico na língua, e /s/ é um fonema não nativo proveniente do contato com o espanhol. A depender da fonte, as consoantes labiodentais /f/ e /v/ são listadas alternativamente como as bilabiais /ɸ/ e /β/.[10]

Ortografia editar

A língua murui não possui sistema de escrita original próprio. Sua escrita é realizada por meio do alfabeto latino, podendo variar ligeiramente entre diferentes registros. Em uma das descrições mais recentes e extensivas da língua, Wojtylak[11] segue a seguinte convenção:

Grafia Fonema Pronúncia
Consoantes ⟨p⟩ /p/ pato
⟨b⟩ /b/ babo
⟨t⟩ /t/ tato
⟨d⟩ /d/ dado
⟨k⟩ /k/ casa
⟨g⟩ /ɡ/ gato
⟨ch⟩ /t͡ʃ/ tchau
⟨y⟩ /d͡ʒ/ dia (no dialeto carioca)[12]
⟨m⟩ /m/ mato
⟨n⟩ /n/ nato
⟨ñ⟩ /ɲ/ sonhar
⟨r⟩ /ɾ/ caro
⟨f⟩ /f/ fato
⟨v⟩ /v/ voto
⟨z⟩ /θ/ think em inglês
⟨j⟩ /h/ hat em inglês
Vogais ⟨a⟩ /a/ casa
⟨e⟩ /ɛ/ certo
⟨i⟩ /i/ amigo
⟨ɨ⟩ /ɨ/ ты (ty) em russo[13]
⟨o⟩ /ɔ/ mola
⟨u⟩ /u/ mula

Gramática editar

O murui é uma língua nominativa-acusativa e amplamente aglutinante, com uma grande variedade de sufixos porém sem a presença de prefixos, o que a diferencia de demais línguas uitoto. Possui três classes abertas de palavras (substantivos, verbos e adjetivos), três classes semifechadas (advérbios, palavras de tempo e palavras de número) e sete classes fechadas (quantificadores/intensificadores, pronomes, demonstrativos, interrogativos, adposições, interjeições e o conectivo ie).[14]

Sentença editar

A ordenação dos elementos da oração em murui tende a seguir o padrão SV (sujeito de verbo intransitivo - verbo) para construções intransitivas e AOV (sujeito de verbo transitivo - objeto - verbo) para construções transitivas, porém essa ordem pode ser alterada em algumas circunstâncias.[14]

Pronomes editar

A língua murui possui uma série de pronomes pessoais utilizados para se referir a entes animados. Esses pronomes variam em três números (singular, duplo e plural) e em dois gêneros (masculino e feminino), porém a marcação de gênero não acontece na primeira e na segunda pessoas do singular nem nas pessoas do plural.[15]

Singular Duplo Plural
Masculino Feminino Masculino Feminino
1ª pessoa kue koko kaiñaɨ kaɨ
2ª pessoa oo omɨko omɨñoɨ omoɨ
3ª pessoa -mɨe -ñaiño -aɨmaiaɨ -aɨñuaɨ -makɨ

Os pronomes de terceira pessoa são necessariamente acompanhados de demonstrativos. Mais comumente, são utilizados os demonstrativos i-, que indica especificidade, e nai-, que indica não especificidade. Por exemplo, o pronome da terceira pessoa do singular no masculino (sempre 'ele' em português) pode aparecer em murui como imɨe ('ele' específico) ou como naimɨe ('ele' não específico).[15]

Verbos editar

Tempo editar

Os tempos verbais em murui estão divididos entre futuro e não-futuro. O não-futuro é a forma padrão não marcada do verbo e é utilizada para se referir tanto ao presente quanto ao pretérito. Para a diferenciação entre esses dois tempos, são empregadas palavras com ideia de temporalidade, como jai ('já'), nare ('ontem') e jaie/jae ('no passado').[16]

O futuro é utilizado para se referir a eventos que devem acontecer tanto em um futuro próximo quanto indefinido, e é marcado pela adição do sufixo -it(ɨ) e/ou pelo alongamento da vogal inicial do radical verbal. A marcação do tempo futuro é obrigatória e a omissão de seu indicador acarreta necessariamente uma mudança de sentido. Palavras que indicam momentos futuros, como jaa ('em breve') e ɨkare ('amanhã') também podem acompanhar essas formas verbais, especificando-as.[16][17]

Não-futuro Futuro
ite ('ser') iite ('será')
mete ('lamber') meeite ('lamberá')
boote ('queimar') booite ('queimará')

Aspecto editar

A língua murui possui uma série de marcadores que denotam aspecto gramatical, acoplados a verbos para categorizá-los de acordo com a fase de realização da ação, sua extensão temporal, seu grau de intensidade e sua frequência.[18]

O único marcador na língua que indica a fase de realização de uma ação é o terminativo -bi, restrito a alguns verbos específicos e utilizado para caracterizar atividades ou processos já completos.[19] A seguir, duas orações em murui, a primeira sem o marcador terminativo e a segunda com:

boride
'(O relâmpago) pisca.'
boribide
'(O relâmpago) piscou (e sumiu).'

A língua possui também um único marcador para denotar a extensão temporal de um verbo, o sufixo -ri, que indica um processo de longa duração, que se distribui ao longo do tempo.[20] A seguinte construção, por exemplo, pode ser utilizada para se referir a um período de guerra:

naɨraɨ jobairiya
'Eles lutaram (por um longo tempo).'

Já o grau de intensidade de uma atividade é indicado pela presença da reduplicação do radical verbal.[21] Na frase a seguir, o radical do verbo em sua forma original seria ro(te) ('cantar'), porém aparece reduplicado para denotar alta intensidade:

kue ɨraiziyemo ɨkare rooroitɨkue
'Durante a celebração amanhã estarei cantando (e cantando)'

Por fim, a língua possui uma categoria de sufixos para denotar a frequência de realização de uma atividade.[22] Por exemplo, o sufixo -vui (ou -zoi, quando vem depois de /i/) indica uma ação que costumava ser habitual no passado, sendo comumente utilizado em narrativas sobre um passado mitológico distante. Enquanto isso, o uso de -kabi denota atividades habituais ou repetitivas no presente.

Flor Nofɨkomo jaie izoide
'Flor (nome próprio) costumava morar em La Chorrera no passado.'
naga fɨemona muidomo Elver Bogotámo jaaikabide
'Ao final de todo verão, Elver (nome próprio) vai a Bogotá.'

Modalidade editar

Em murui, há uma variedade de sufixos que são acoplados a verbos para caracterizar a relação do falante com a atividade em questão. Esses marcadores indicam, por exemplo, a atitude (desejo ou apreensão) assumida diante do evento ou a habilidade de realização da ação.[23]

Em relação à atitude, o sufixo desiderativo -aka expressa desejo do falante em relação à atividade descrita pelo verbo. Já o sufixo apreensivo -iza expressa receio ou medo de algo que pode vir a acontecer no futuro, e aparece por vezes como uma tentativa do falante de evitar que tal evento de fato ocorra.

kue daje jɨko ua raize tooɨakadɨkue
'Eu quero criar meu cachorro muito bem.'
jadie raegɨ rɨfɨrede! uaiza!
'Esse tronco de árvore está escorregadio! Você pode cair!'

Em relação à habilidade, presença de habilidade ou permissão para realizar uma atividade é indicada pelo sufixo atributivo positivo -re, enquanto a falta de habilidade ou permissão é indicada pelo sufixo atributivo negativo -ni.

bie oomo reiredɨkue
'Eu posso dizer isto para você'
iyemo ɨɨnideza
'(Ele) não pode nadar no rio.'

Evidencialidade editar

A língua murui possui um sistema de evidencialidade utilizado para indicar quando uma informação é relatada, ou seja, não foi percebida de primeira mão pelo falante e sim adquirida por meio de outras fontes. Para isso, é adicionado o sufixo -ta ao verbo. Essa marcação só é aplicada a verbos em terceira pessoa e aparenta estar entrando em desuso. Atualmente, falantes comumente a omitem e fazem uso de outras formas de indicar que uma informação é relatada, a exemplo do uso de verbos que indicam citação, como reite ('falar').

O marcador -ta pode também indicar que uma informação sensorial foi percebida por meio da audição e não da visão, como no exemplo a seguir, em que o falante ouviu porém não viu a ação relatada:[24]

Neily jaɨzideta.
'Neily (nome próprio) riu.'

Voz editar

A voz passiva em murui só pode ser aplicada a verbos puramente transitivos ou bitransitivos. É evidenciada pela adição de um sufixo ao verbo e pela reorganização da ordem da construção, de forma que o objeto tome o lugar do sujeito e vice-versa. Os marcadores que denotam passividade são diferentes de acordo com o tempo verbal, porém possuem as mesmas propriedades sintáticas e semânticas. O sufixo -ka ou -ga é utilizado no pretérito e no presente, enquanto o sufixo -yɨ é utilizado no futuro.[25]

Voz ativa kue moo kɨrɨgaɨna atɨde
'Meu pai trouxe uma cesta.'
Voz passiva kɨrɨgaɨ kue moo atɨka
'A cesta foi trazida pelo meu pai.'

Quando a construção passada para a voz passiva está na primeira ou segunda pessoa, é adicionado também o pronome pessoal ao verbo, logo após o sufixo de passividade, como no exemplo a seguir, em que kue é o pronome pessoal da primeira pessoa do singular:

janayari rɨgakue
'Eu fui comido por uma onça.'

Vocabulário editar

Declaração Universal dos Direitos Humanos editar

Segue o primeiro artigo da Declaração Universal dos Direitos Humanos em murui[26] e sua versão em português:[27]

Murui

Rafue 1.

Nana caɨ comuillamona dama caɨ abido itɨcaɨ. Caɨ comuillamona jɨaɨmɨe anamo iñedɨcaɨ. Nana daje facaiconi itɨcaɨ. Abɨ uiñuanona comuidɨcaɨ. Danɨ coninɨrie caɨ nabairilla.

Português

Artigo 1.

Todos seres humanos nascem livre e iguais em dignidade e direitos. São providos de razão e consciência e devem agir uns em relação aos outros num espírito de fraternidade.

Vocabulário de caça editar

Quando caçam, falantes da língua murui fazem uso de um sistema de substituição lexical com o objetivo de evitar pronunciar os nomes dos animais em voz alta. Segundo os murui, falar os nomes “verdadeiros” atrapalharia a atividade, pois os espíritos dos animais saberiam que correm perigo e escapariam. Logo, foi desenvolvido um arsenal de termos substitutos que surgem de associações, por exemplo, entre a forma física ou comportamento do animal e algum objeto preferencialmente não relacionado à fauna. Por exemplo, a palavra ɨme (nome para roedores como a cutia) é substituída por mizeyɨ, uma fruta muito consumida por esses animais, e a palavra janayari ('onça-pintada') é substituida por uibiyɨ, uma fruta cujo formato lembra as patas da espécie.[28]

Referências

  1. a b c d Wojtylak 2017, pp. 1-3.
  2. «Witoto, Murui». Ethnologue (em inglês). Consultado em 19 de abril de 2022 
  3. Buinaima’, Lucio Agga Calderón ‘Kaziya; Wojtylak, Katarzyna I.; Echeverri, Juan Alvaro (23 de abril de 2019). «Murui - Naie Jiyakɨno - El lugar de origen». Revista Linguíʃtica (em espanhol) (1): 50–87. ISSN 2238-975X. doi:10.31513/linguistica.2019.v15n1a25563. Consultado em 19 de abril de 2022 
  4. Wojtylak 2017, pp. 23-24.
  5. Wojtylak 2017, p. 569.
  6. Wojtylak 2017, p. 168.
  7. Wojtylak 2017, pp. 18-22.
  8. a b Wojtylak 2017, pp. 56-59.
  9. a b Wojtylak 2017, Capítulo 2.
  10. Burtch, Shirley (1983). Diccionario Huitoto Murui (Tomo I) (PDF). Yarinacocha: [s.n.] 
  11. Wojtylak 2017, p. xxiv.
  12. Seara, Izabel; Nunes, Vanessa; Lazzaroto-Volcão, Cristiane (2011). Fonética e Fonologia do Português Brasileiro. Florianópolis: UFSC. p. 54. ISBN 978-85-61482-38-1 
  13. Plapp, Rosemary Kuhn (1996). «Russian /i/ and /ɨ/ as Underlying Segments». Journal of Slavic Linguistics (1): 76–108. ISSN 1068-2090. Consultado em 23 de abril de 2022 
  14. a b Wojtylak 2017, p. 4.
  15. a b Wojtylak 2017, pp. 154-158.
  16. a b Wojtylak 2017, pp. 324-330.
  17. Wojtylak 2017, p. 101.
  18. Wojtylak 2017, pp. 330-350.
  19. Wojtylak 2017, pp. 331-333.
  20. Wojtylak 2017, pp. 333-336.
  21. Wojtylak 2017, pp. 336-338.
  22. Wojtylak 2017, pp. 338-345.
  23. Wojtylak 2017, pp. 350-360.
  24. Wojtylak 2017, pp. 360-361.
  25. Wojtylak 2017, pp. 372-379.
  26. «Universal Declaration of Human Rights - Huitoto Murui (Nana Comɨnɨ Uri Illafue)». Office of the High Commissioner for Human Rights. Consultado em 21 de abril de 2022 
  27. «Declaração Universal dos Direitos Humanos». www.unicef.org. Consultado em 21 de abril de 2022 
  28. Wojtylak 2017, pp. 50-52.

Bibliografia editar

Ligações externas editar