Apelido português Lencastre que ocorre com as variações Lancastre, Alancastre ou, mais raramente, Alencastro e que resulta do aportuguesamento da palavra inglesa Lancaster. Observe-se que a forma Alencastro, hoje mais utilizada pela descendência brasileira é provavelmente a mais antiga, pois consta dos “Lusíadas” de Luiz de Camões. Consta também de genealogia manuscrita do séc. XVIII da Torre do Tombo “Alencastros da Caza de Aveiro”

Brasão dos Lancastre, Duques de Aveiro.
Brasão do ramo Lancastre e Távora, Marqueses de Abrantes.

O primeiro que usou deste apelido em Portugal foi D. Jorge de Lencastre, 2º Duque de Coimbra (1481-1550), filho legítimado do Rei D. João II de Portugal e de D. Ana Furtado de Mendonça. Os reis e príncipes de Portugal não tinham sobrenome, intitulando-se apenas "de Portugal" ou eram designados pelo nome próprio (e.g. Senhor D. Duarte); quando foi preciso que D. Jorge adoptasse um apelido para o distinguir dos outros principes da família real, foi escolhido o nome Lencastre por ser o duque trineto da Rainha D. Filipa de Lencastre (1360-1415) princesa filha de João de Gante, Duque de Lancaster, filho do Rei Eduardo III de Inglaterra.

O Duque de Coimbra veio a ter numerosa descendência que usou e usa ainda hoje aquele sobrenome, nas suas diversas variantes.

Referências editar

  • Armorial Lusitano, Editorial Enciclopédia, Lisboa, 1961
  • "Os Lusíadas" de Luiz Vaz de Camões, Canto VI, estrofe 46, publicação de 1572.
  • Linhagem manuscrita do sec. XVIII "Alencastros da Caza de Aveiro". Torre do Tombo. Lisboa.