Lenticelas são órgãos de arejamento, de formato poroso, encontrados nos caules, raízes e alguns frutos de plantas lenhosas, e que funcionalmente substituem os estômatos.[1] São pequenos pontos de ruptura no tecido suberoso, que aparecem como orifícios na superfície do caule e fazem contato entre o meio ambiente e as células do parênquima. Quando observadas macroscopicamente, apresentam aparência de pequenas cicatrizes na região exterior do caule. Há um consenso de que as lenticelas auxiliam nas trocas gasosas, uma função que a periderme não poderia realizar pelo acúmulo de suberina. Lenticelas são produzidas no caule de algumas espécies se o solo é repentinamente alagado, sendo comum em manguezais, na mata de igapó e florestas de várzea.

Lenticelas num caule jovem de Sambucus nigra.

As lenticelas iniciam sua formação durante o desenvolvimento da primeira periderme, que é o tecido de revestimento do corpo secundário da planta.[2]

Ocorrem especialmente em certos caules, sob a forma de pequenas fendas no tecido suberificado. Sob essas fendas há células também suberificadas e células de preenchimento (parênquima) com grandes espaços entre elas. Isto garante a troca de gases entre a planta e o meio.

Referências

  1. lenticela in Dicionário infopédia da Língua Portuguesa com Acordo Ortográfico [em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2018. [consult. 2018-01-04 03:46:41]. Disponível na Internet: https://www.infopedia.pt/dicionarios/lingua-portuguesa/lenticela
  2. RAVEN, P.H; EVERT, R.F.; EICHHORN, S.E (2014). Biologia vegetal. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan