Levamisol

composto químico
Levamisol
Alerta sobre risco à saúde
Nome IUPAC (S)-6-phenyl-2,3,5,6-tetrahydroimidazo[2,1-b][1,3]thiazole
Identificadores
Número CAS 14769-73-4
PubChem 26879
DrugBank APRD01067
Código ATC P02CE01,QP52AE01
DCB n° 05224
Propriedades
Fórmula química C11H12N2S
Massa molar 204.29 g mol-1
Farmacologia
Via(s) de administração oral
Metabolismo hepático
Página de dados suplementares
Estrutura e propriedades n, εr, etc.
Dados termodinâmicos Phase behaviour
Solid, liquid, gas
Dados espectrais UV, IV, RMN, EM
Exceto onde denotado, os dados referem-se a
materiais sob condições normais de temperatura e pressão

Referências e avisos gerais sobre esta caixa.
Alerta sobre risco à saúde.

Levamisol, comercializado como cloridrato sal sob o nome comercial Ergamisol (R12564), (no Brasil como Ascaridil,[1][2] em Portugal como Vetramisol) é um anti-helmíntico e imunomodulador pertencente a uma classe de derivados sintéticos do imidazotiazoil. Foi descoberto em 1966 na Bélgica pela Janssen Farmacêutica em 1966,[3] na qual foi preparado inicialmente sob a forma de sua racemato chamado tetramisol.[4]Os dois estereoisómeros do tetramisol foram subsequentemente sintetizados e ao isómero levógiro foi dado o nome de levamisol.[5] Levamisol tem sido utilizado em seres humanos para o tratamento de parasitoses e tem sido estudado em combinação com outras formas de quimioterapia para câncer do cólon, melanoma e canceres da cabeça e pescoço. Em alguns dos estudos em linhas celulares de leucemia, tanto o tetramisol quanto o levamisol mostraram efeito semelhante.[6] A droga foi retirada do mercado dos EUA e Canadá em 2000 e 2003, respectivamente, devido ao risco de efeitos secundários graves e disponibilidade de medicamentos mais eficazes para sua reposição.[7][8] O principal efeito tóxico droga é a agranulocitopenia, uma depleção grave das células brancas do sangue que deixa os pacientes mais vulneráveis ​​à infecção.[9][10]

Atualmente, o levamisol permanece em uso na veterinária como um vermífugo para gado. O medicamento também tem sido cada vez mais utilizado como um adulterador da cocaína vendida nos Estados Unidos e Canadá, resultando em sérios efeitos colaterais.[11][7]

Química editar

A síntese original feita pela Janssen Farmaceutica resultou na preparação de um mistura racêmica dos dois enantiómeros, cujo sal cloridrato foi relatado ter um ponto de fusão de 264-265 ° C, a base livre do racemato tem um ponto de fusão de 87-89 ° C. Quando os dois enantiómeros foram feitas separadamente, o levógiro (S-(-) -) enantiómero - posteriormente chamado levamisol - tinha ponto de fusão de 227-229 ° C assim como seu sal cloridrato; e 60-61,5 ° C assim como sua base livre. Assim, 60 ° C é inserido como o valor para o ponto de fusão ns Drugbox. O enantiómero dextrógirao (R-(+) -) , posteriormente chamado dexamisol, tem um ponto de fusão de 227-227,5 ° C, tal como o seu cloridrato, e 60-61,5 ° C, tal como sua base livre.[12]

Síndrome de Necrose Induzida por Levamisol editar

Do inglês Levamisole Induced Necrosis Syndrome (LINES), é uma complicação causada pelo uso de cocaína adulterada reconhecida em 2011. O levamisol é frequentemente misturado à cocaína para potencializar os efeitos produzidos sobre a estimulação do sistema nervoso central (SNC) ou é adicionado como um composto marcador.[13] A necrose da pele associada a toxicidade do levamisol varia de vasculite leucocitoclástica a vasculopatia oclusiva. Vários casos de agranulocitose grave associada ao uso de cocaína têm sido relatados desde 2006. Com a doença cutânea recentemente reconhecida, a face e as orelhas são comumente afetados, especialmente as hélices bilaterais e bochechas. No entanto, também houve relatos de casos de envolvimento do abdômen, peito, nádegas e pernas.[14]

Referências

  1. ANVISA, [25752-1-0[ligação inativa].PDF Modelo de Bula - Ascaridil][ligação inativa]
  2. ANVISA, Ascaridil®
  3. Goodman & Gilman. As bases farmacológicas da terapêutica. [tradução da 10. ed. original, Carla de Melo Vorsatz. et al] Rio de Janeiro: McGraw-Hill, 2005.
  4. A. H. M. Raeymakers et al. (1966) J. Med. Pharm. Chem. 9 545-551.
  5. A. H. M. Raeymakers, L. F. C. Roevens and P. A. J. Janssen (1967) Tet. Lett. 16 1467-1470.
  6. (Chirigos et al. (1969, 1973, 1975)).
  7. a b http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20668440
  8. «Products Discontinued from the Market Since Publication of the 2000 CPS». Canadian Pharmacists Association. Consultado em 13 de agosto de 2009. Arquivado do original em 19 de setembro de 2008 
  9. Agranulocytosis—Advances in Research and Treatment: 2012 Edition: ScholarlyBrief. ScholarlyEditions; ISBN 978-1-4816-0275-4. p. 80.
  10. Laurence L. Brunton. As Bases Farmacológicas da Terapêutica de Goodman & Gilman. McGraw Hill Brasil; ISBN 978-85-8055-117-4. p. 1021–.
  11. Centers for Disease Control and Prevention (CDC) (2009). «Agranulocytosis associated with cocaine use - four States, March 2008-November 2009». Morb. Mortal. Wkly. Rep. 58 (49): 1381–5. PMID 20019655 
  12. The Merck Index, 10th Ed. (1983) p. 1321, Rahway: Merck & Co.
  13. Mark G. Papich. Manual Saunders de Terapia Veterinária. Elsevier Health Sciences Brazil; 21 September 2012. ISBN 978-85-352-6538-5. p. 596–.
  14. Barbara M. Alving. Consultative Hemostasis and Thrombosis: Expert Consult - Online and Print. Elsevier Health Sciences; 2013. ISBN 978-1-4557-2296-9. p. 168.
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