Lobo-vermelho
O lobo-vermelho (nome científico: Canis rufus) é uma espécie de lobo em perigo crítico de extinção, devido a pressões ecológicas.[1]
Lobo-vermelho | |||||||||||||||||
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Estado de conservação | |||||||||||||||||
Em perigo crítico | |||||||||||||||||
Classificação científica | |||||||||||||||||
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Nome binomial | |||||||||||||||||
Canis rufus (Audubon & Bachman, 1851) | |||||||||||||||||
Distribuição geográfica | |||||||||||||||||
Sinónimos | |||||||||||||||||
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O lobo-vermelho é nativo da América do Norte e a sua área de distribuição era, originalmente, toda a zona sudeste dos Estados Unidos, leste da Pennsylvania, sul da Flórida e no sudeste do Texas. Hoje em dia existem apenas cerca de 250 exemplares, dos quais 200 encontram-se em cativeiro.
Taxonomia editar
É bastante discutida sua taxonomia real. Mais especificamente se trata de uma espécie separada autônoma ou somente um simples híbrido de lobo cinza e coiote. Também sendo debatida sua validade como espécie independente, sendo também muitas vezes nomeado como "Canis lupus rufus", mas a classificação de espécie independente é bem mais aceita.
A espécie é possuinte de 3 subespécies conhecidas, da qual 2 estão extintas e uma ainda segue existindo. Estas consistem em:
- Canis rufus floridanus - Variante exclusiva do estado da Flórida. Extinta em 1934.
- Canis rufus gregoryi - A maior das 3 vertentes, era uma subespécie que vivia nos entornos da bacia do Rio Mississipi. Extinta em 1980.
- Canis rufus floridanus - Variante exclusiva do estado da Flórida. Extinta em 1934.
- Canis rufus rufus - a única vertente conhecida, a única que ainda sobrevive a extensiva caça humana. Sua gama se estendia por todo o sudeste dos Estados Unidos , desde as costas do Atlântico e do Golfo, ao norte até o vale do rio Ohio e ao centro da Pensilvânia, e a oeste até o centro do Texas e sudeste do Missouri.
Características editar
É um canídeo de grande porte, que pode medir de 60 a 66 centímetros de altura. Para machos, o peso pode variar de 22 a 41 kg, enquanto que, para fêmeas, pode variar de 20 a 30 kg. Além de mais pesados, os machos são um pouco maiores, podendo medir até 125 cm de comprimento (excluindo a cauda), enquanto que fêmeas até 120 cm. A cauda pode medir de 33 a 46 cm. Em relação a outros canídeos, tem orelhas grandes proporcionalmente ao corpo. Sua coloração varia entre tons canela e marrom-avermelhado. O lobo-vermelho é a segunda maior espécie de canídeo selvagem existente na contemporaneidade, excedido em porte apenas pelo lobo-cinzento.
Ecologia editar
Pouco é sabido do lobo-vermelho em relação ao ecossistema, mas é conhecido alguns fatos baseados antigas observações e usando como base o ecossistema onde costumava habitar. O lobo-vermelho é um animal social, vivendo em grupos de até 7 membros, constituindo-o em um superpredador do ecossistema onde habita.
Essencialmente, sua dieta consiste em ungulados de porte grande tais como o veado-de-cauda-branca e o cervo-mula uma vez que são animais de porte adequado para sustentar uma alcatéia. Mas os lobos são animais com alguma versatilidade, uma vez que também podem consumir porcos, guaxinins, ratos-de-arroz, ratos-almiscarados, coelhos, ratões-do-banhado e ocasionalmente também podendo flexibilizar-se ao ponto do consumo da carniça [2][3][4][5].
Reprodução editar
Vivendo em liberdade, normalmente, possuem um único parceiro por toda a vida. Atingem a maturidade sexual no segundo ou terceiro ano de vida. O período de reprodução ocorre nos meses de Fevereiro e Abril. A fêmea às vezes é ajudada pelo macho a cavar ou encontrar uma boa toca para ter seus filhotes. Os filhotes nascem com os olhos completamente fechados e durante os 2 primeiros meses de vida são totalmente dependentes da mãe. Costumam permanecer com os pais até atingirem a maturidade, formando pequenos grupos familiares ou pequenos bandos.
Referências
- ↑ Kelly, B.T., Beyer, A. & Phillips, M.K. 2008. lupus%20lupus Canis rufus. In: IUCN 2012. IUCN Red List of Threatened Species. Version 2012.2. <www.iucnredlist.org>. Downloaded on 08 May 2013.
- ↑ Shaw, J. (1975). Ecology, behavior and systematic of the red wolf (Canis rufus) (Ph.D.). New Haven, CT: Yale University
- ↑ Dellinger, Justin A.; Ortman, Brian L.; Steury, Todd D.; Bohling, Justin; Waits, Lisette P. (1 de dezembro de 2011). «Food Habits of Red Wolves during Pup-Rearing Season». Southeastern Naturalist. 10 (4): 731–740. ISSN 1528-7092. doi:10.1656/058.010.0412
- ↑ McVey, Justin M.; Cobb, David T.; Powell, Roger A.; Stoskopf, Michael K.; Bohling, Justin H.; Waits, Lisette P.; Moorman, Christopher E. (15 de outubro de 2013). «Diets of sympatric red wolves and coyotes in northeastern North Carolina». Journal of Mammalogy. 94 (5): 1141–1148. ISSN 0022-2372. doi:10.1644/13-MAMM-A-109.1
- ↑ «Canis rufus (Red wolf)». Animal Diversity Web