MMX Mineração e Metálicos foi uma empresa do Grupo EBX[2][3] que atuava na mineração de minério de ferro.[4]

MMX
Razão social MMX Mineração e Metálicos S/A
Empresa de capital aberto
Cotação B3: MMXM3[1]
Atividade Mineração
Fundação 05 de dezembro de 2005
Fundador(es) Eike Batista
Destino Falência decretada pela justiça
Encerramento 19 de maio de 2021
Sede Rio de Janeiro, RJ, Brasil
Proprietário(s) Eike Batista
Presidente Eike Batista
Produtos Minério de ferro
Obras Superporto Sudeste
Empresa-mãe EBX
Subsidiárias
  • MMX Sudeste
  • Porto Sudeste Participações
  • MMX Corumbá Mineração
  • Minera MMX de Chile
Acionistas
  • Centennial Asset (30,68%)
  • Eike Batista (18,95%)
  • Eduardo Smejoff (5,46%)
  • Outros (42,75%)
Website oficial www.mmx.com.br

Histórico editar

Foi fundada no ano de 2005, após a descoberta de uma jazida de minério de ferro durante a exploração de ouro no município de Pedra Branca do Amapari.[5]

A MMX Amapá Mineração então comprou os diretos de exploração de ferro na área da Mineração Pedra Branca do Amapari, empresa do mesmo grupo, mas que só tinha autorização para extração de ouro.[5]

O grupo MMX também assumiu a concessão da Estrada de Ferro Amapá após licitação. O valor da concessão, de 814 mil reais, foi pago no ato da assinatura do contrato. A MMX Logística ofereceu garantias de 7,8 milhões de reais para operar o contrato, e estava obrigada a fazer investimentos de 40,7 milhões de reais nos 193 quilômetros de estrutura ferroviária do Amapá nos primeiros dois anos.[6][7]

Em 24 de julho de 2006, abriu o capital na Bolsa de Valores de São Paulo, com três projetos de sistemas integrados (Corumbá, Minas-Rio e Amapá), captando R$ 1,03 bilhão no IPO.[8]

Em abril de 2007, a sul-africana Anglo American adquiriu, 49% do capital do sistema Minas-Rio por US$ 1,15 bilhão. O sistema Amapá entrou em operação em dezembro.[9][10]

Em janeiro de 2008, a MMX (por meio de sua subsidiária AVX) comprou a Minerminas, que atuava na região de Serra Azul (MG), por US$ 115 milhões.[11]

No mesmo mês, a Anglo American comprou, por US$ 5,5 bilhões, 70% do sistema Amapá, os outros 51% restantes do sistema Minas-Rio (formando a IronX) e 49% da empresa de logística, a LLX (desmembramento do setor logístico da MMX).[9][12]

A MMX manteve o sistema Corumbá, a participação remanescente na LLX e duas minas de minério de ferro da AVX, em Serra Azul (MG). [9]

Em julho de 2008, comprou a Mina de Bom Sucesso, de propriedade da LGA Mineração e Siderurgia por US$ 193,3 milhões.[13]

Em junho de 2010, é dado início à construção do Porto Sudeste, em Itaguaí.[14]

Em 2012, a empresa produziu 7,4 milhões de toneladas minério de ferro (1,5 milhão entregue por Corumbá), abaixo do desempenho esperado e criticada pelos atrasos com adiamento do projeto de expansão da mina de Serra Azul.[15] No mesmo ano incorpora a PortX, empresa desmembrada da LLX em 2010.[16]

Em março de 2014, é concluída a venda para o Grupo Trafigura, e o fundo Mubadala Development Company de 65% do capital social da MMX Porto Sudeste para as companhias Impala e Mubadala por US$ 400 milhões, com a transferência de R$ 1,3 bilhão em dívidas.[17]

Recuperação Judicial e Falência editar

A MMX é composta por dois sistemas de operação: MMX Corumbá (iniciado em 2005) e MMX Sudeste (Unidade Serra Azul, formada por duas mineradoras em operação e a Unidade de Bom Sucesso).[18]

Em 2014, as operações da MMX foram fortemente impactadas em razão da queda do preço do minério de ferro e restrições impostas pelo órgão ambiental do Estado de Minas Gerais.[18]

Em agosto de 2014, as operação da MMX Sudeste são suspensas em razão da crise.[19]

Em outubro de 2014, foi dada entrada no pedido de recuperação judicial da MMX Sudeste Mineração.[20]

Em novembro de 2016, foi dada entrada no pedido de recuperação judicial da MMX em conjunto com a subsidiária MMX Corumbá.[20]

Em maio 2021, foi decretada pela justiça a falência das subsidiárias MMX Sudeste, MMX Corumbá e da controladora MMX Mineração e Metálicos. A companhia entrou com recurso contra as decisões.[20]

Referências

  1. «Ações da MMX deixam de ser negociadas na B3 a partir desta quinta-feira». CNN Brasil. 20 de maio de 2021. Consultado em 22 de maio de 2023 
  2. «Do sonho à lona: Justiça decreta falência da MMX, de Eike Batista». Exame. 19 de maio de 2021. Consultado em 22 de maio de 2023 
  3. «Justiça decreta falência da MMX, empresa de Eike Batista; ações caem mais de 27%». CNN Brasil. 19 de maio de 2021. Consultado em 22 de maio de 2023 
  4. «MMX pode elevar em mais de 5 vezes produção até 2020». Exame. Consultado em 23 de setembro de 2012 
  5. a b «Conflicto Minero: Grupo MMX no Amapá: favorecimento na concessão, implanta empreendimentos sem EIA/RIMA e so». Observatorio de Conflictos Mineros de América Latina, OCMAL. Consultado em 5 de julho de 2023 
  6. «MMX assume o contrrole da EFAmapá». Revistaferroviaria.com.br 
  7. «Valor da concessão». Universo Online. Netmarinha.uol.com.br 
  8. «Eike consegue R$ 1 bi para sua 'mini-Vale'». Estadão. Consultado em 5 de julho de 2023 
  9. a b c «G1 > Economia e Negócios - NOTÍCIAS - MMX confirma negócio de US$ 5,5 bilhões com Anglo American». g1.globo.com. Consultado em 5 de julho de 2023 
  10. «MMX apresenta resultados de 2007». IBRAM. Consultado em 5 de julho de 2023 
  11. «MMX Mineração concluiu aquisição da mineradora Minas Gerais». Extra Online. 3 de março de 2008. Consultado em 5 de julho de 2023 
  12. «Duplicação do Porto Sudeste não atrapalha Açu, diz presidente da LLX». www.portosenavios.com.br. 6 de dezembro de 2010. Consultado em 5 de julho de 2023 
  13. «MMX anuncia compra da Mina de Bom Sucesso». IBRAM. Consultado em 5 de julho de 2023 
  14. «Linha do tempo». www.portosudeste.com. Consultado em 5 de julho de 2023 
  15. Barra, Paula (24 de julho de 2013). «MMX completa 7 anos na bolsa e vê sua ação derreter 57%». InfoMoney. Consultado em 5 de julho de 2023 
  16. «MMX toma o controle da PortX após desembolsar R$ 6,34 bilhões». Exame. 9 de julho de 2012 
  17. OnLine, Do Valor (14 de outubro de 2013). «MMX vende 65% da Porto Sudeste por US$ 400 milhões». Economia. Consultado em 5 de julho de 2023 
  18. a b «MMX Mineração e Metálicos - MMXM3». Investidor Sardinha. Consultado em 5 de julho de 2023 
  19. «MMX Sudeste Mineração mantém suspensão de produção em Serra Azul». economia.uol.com.br. Consultado em 5 de julho de 2023 
  20. a b c «MMX Mineração e Metálicos - MMXM3». Investidor Sardinha. Consultado em 5 de julho de 2023 

Ligações externas editar

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