Magno (em latim: Magnus) foi um oficial bizantino do século VI, ativo no reinado do imperador Justiniano (r. 527–565) no Reino Ostrogótico durante o conflito com o Império Bizantino.

Magno
Nacionalidade Império Bizantino
Ocupação Oficial

Vida editar

Em 535, foi um dos três condes (Inocêncio e Valentino) que lideraram as unidades de cavalaria regular enviadas para o Ocidente sob Belisário para retomar a Itália. No fim de 536, no Cerco de Nápoles, Magno e Enes receberam a missão de conduzir um grupo selecionado de soldados par dentro da cidade através de um aqueduto. Ao entrarem, mataram os guardas das duas torres sobre a muralha e fizeram o sinal com as trompetas para que o assalto começasse. A missão terminou num sucesso e a cidade foi capturada.[1] No final de 537, segundo Jordanes, Magno estava na Perúsia com uma pequena força onde os godos sob Hunila tentaram sitiá-lo. Apesar disso, um exército imperial chegou e os godos foram quase totalmente destruídos. Esse episódio talvez possa ser relacionado com aquele descrito por Procópio de Cesareia no qual Constantino, após liberar a Perúsia e ali permanecer por algum tempo, encontrou um exército godo sob Hunila e Pissas próximo da Perúsia, repeliu-os com altas baixas para os godos e capturou seus líderes. Ele presumivelmente serviu sob Constantino e foi talvez deixado na Perúsia enquanto Constantino esperava nas imediações pela aproximação dos godos.[2]

No outono de 537, foi enviado com Sintues e cerca de 500 homens para ocupar o forte de Tibur. Eram um dos vários destacamentos de cavalaria enviados para molestar as rotas dos suprimentos góticos. Em Tibur, rapidamente repararam as partes do forte que estavam muito danificadas e então, com sua base segura, começaram a molestar os godos nas proximidades e a atacar inesperadamente os comboios de suprimentos inimigos.[3] Quando Belisário sitiou Ravena no final de 539 ou começo de 540, enviou Magno com um grande contingente para além de Ravena para vigiar pela margem sul rio Pó e evitar que suprimentos chegassem por aquela rota, enquanto Vitálio vigiou a margem norte. Num golpe de sorte, o nível do rio baixou e eles foram capazes de capturar vários barcos com cereais e outros suprimentos oriundos da Ligúria. Em 544, Magno estava em Áuximo, quando o sítio foi cercado pelos godos. Uma força de alívio de mil homens, enviada por Belisário sob Torismundo, Ricilas e Sabiniano, conseguiu juntar-se a ele na cidade. Após a morte de Ricilas, Magno e os outros concordaram que os novos reforços deveriam se retirar, pois não eram páreos para o inimigo e sua presença colocou mais pressão sobre os escassos suprimentos. Em cerca de 551 a cidade caiu, mas o destino de Magno é incerto.[3]

Referências

  1. Martindale 1992, p. 884.
  2. Martindale 1992, p. 884-885.
  3. a b Martindale 1992, p. 884-885.

Bibliografia editar

  • Martindale, John R.; Jones, Arnold Hugh Martin; Morris, John (1992). «Magnus 1». The Prosopography of the Later Roman Empire - Volume III, AD 527–641. Cambrígia e Nova Iorque: Imprensa da Universidade de Cambrígia. ISBN 0-521-20160-8