O marafo também chamado por marafa (corruptela de malafa) é uma aguardente[1] de cunho religioso, usado principalmente na umbanda.

Etimologia editar

Palavra de origem kikongo, oriunda de Malavu, designativa de aguardente pura ou da infusão de ervas maceradas, muito utilizada na umbanda pelos boiadeiros e principalmente pelos Exus, quer pela ingestão, quer pela distribuição entre os assistentes ou apenas como purificador.[2]

Uso na umbanda editar

O marafo, assim como outras bebidas alcoólicas, propicia no organismo do médium um entorpecimento de suas faculdades, facilitando, com isso, o trabalho das entidades, dando-lhes mais liberdade de ação durante o processo de incorporação, já que libera no corpo do médium substâncias ativadoras do cérebro que atuam nos plexos nervosos, aproveitadas pelas entidades em seu trabalho no plano material.[3]

Exus e pombajiras, por estarem em faixas vibratórias mais próximas do ambiente terreno (telúrico), utilizam-se da energia retirada desses elementos para realizarem seus trabalhos.[4] Usam o álcool contido nas bebidas para descarregos, retirando energias negativas dos médiuns, do ambiente ou dos consulentes.[3]

Contudo, alguns grupos e pessoas condenam o uso do marafo pela falange de Exus e Pombogiras argumentando que essas entidades estão extremamente atrasadas evolutivamente e ainda ligadas ao plano terreno, necessitando desse elemento para satisfazerem seus vícios. [3]

Referências