Maria Ana de França

Maria Ana de França (em francês: Marie-Anne; Paris, 16 de novembro de 1664 — Paris, 26 de dezembro de 1664) foi uma filha da França, tendo sido madame real.

Maria Ana
Madame Real
Maria Ana de França
Maria Ana (à direita) e sua irmã Ana Isabel, de Jean Nocret.
Nascimento 16 de novembro de 1664
  Palácio do Louvre, Paris, Ilha de França, França
Morte 26 de dezembro de 1664
  Palácio do Louvre, Paris, Ilha de França, França
Sepultado em Basílica de Saint-Denis,
Saint-Denis, França
Casa Bourbon
Pai Luís XIV de França
Mãe Maria Teresa da Áustria
Brasão

Biografia editar

Maria Ana foi a terceira filha, segunda menina, do rei Luís XIV de França e da rainha Maria Teresa. Ela nasceu no Palácio do Louvre em 16 de novembro de 1664. Como filha do rei, Maria Ana recebeu o título de filha da França durante sua curta vida, assim como suas irmãs Ana Isabel de França e Maria Teresa de França, tendo sido madame real.

Seus padrinhos foram Luís II de Bourbon, Príncipe de Condé e sua tia Henriqueta Ana de Inglaterra, duquesa de Orleães.

Maria Ana morreu em 26 de dezembro de 1664 no Palácio do Louvre, após quarenta dias de vida.

Família editar

Maria Ana era filha do rei da França Luís XIV (filho de Luís XIII e Ana da Áustria) e da infanta espanhola Maria Teresa da Áustria (filha de Filipe IV de Espanha e Isabel de Bourbon). Seus pais eram primos-duplos. Dos seus cinco irmãos e irmãs, apenas Luís, Grande Delfim de França, chegou à idade adulta.

A Freira Negra de Moret editar

 
Louise Marie-Therese (a freira negra de Moret)

Segundo algumas pessoas, Maria Ana nasceu com a pele negra. Madame de Motteville, presente na época do nascimento da realeza, teria exclamado: "Era escura da qual pensava que morreria! Os médicos propuseram a hipótese de que a garota teria sido tomada por convulsões e sua pele ficaria cinza, depois negra por falta de ar. Várias pessoas, como Maria Ana de Bourbon (1666-1739), princesa de Conti e filha legítima do rei, apoiaram essa hipótese. Para o historiador André Castelot, Maria Ana seria a filha ilegítima da rainha Maria Teresa e seu pajem mourisco de nome Nabo. Para outros, Maria Ana seria simplesmente mais uma das inúmeras filhas legítimas do rei.

Em 1695, Madame de Maintenon convidou a família real para velejar com uma jovem freira negra, irmã Louise-Marie-Thérèse. Esta começou a afirmar a suas irmãs que ela era realmente filha de Luís XIV. Ela tinha uma atitude familiar com o Delfim e seu filho e outros membros da família real. Segundo Saint-Simon, ela teria dito quando avistou Luís, Grande Delfim de França: "É meu irmão caçando". A freira teria feito várias outras alusões ao fato de que ela era de sangue real.

A Freira Negra de Moret é mencionada nas memórias de Madame de Maintenon, da Grande Mademoiselle[1], Madame de Montespan[2], do Duque de Saint-Simon[3], Voltaire, Cardeal Dubois[4] e do Duque de Luynes.

Referências

  1. Mémoirs of the Duchess of Montpensier Vol. 2, VII;
  2. Memoirs of Madame de Montespan, Ch. XL;
  3. Memoirs of the Duc de Saint-Simon (1675-1755) Vol 2, Ch. XII
  4. Cardinal Dubois' Mémoires are fictitious, and date from 1814

Bibliografia editar

  • Stéphane Bern, Secrets d'histoire 2, Éditions Albin Michel, 2011 (Page 74, La Mauresse de Moret, l'énigmatique enfant noire de Louis XIV)
  • Simone Bertière, Les femmes du Roi-Soleil, Éditions Le Livre de poche, 1999


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