Mariano Lagasca y Segura

Mariano Lagasca y Segura (Encinacorba, província de Saragoça, 1776Barcelona, 1839) foi um médico e botânico espanhol.

Estátua de Mariano Lagasca y Segura no Jardim Botânico de Madri

Estudou medicina em Valência, na Espanha. Ensinou botânica na Universidade de Madri e dirigiu o jardim Botânico da cidade. Conduziu numerosas expedições para estudar a flora espanhola. Foi o autor da obra Elenchus plantarum quæ in horto regio botanico Martritensi.

Biografia editar

Lagasca iniciou seus estudos eclesiásticos em Tarragona, se entusiasmando precocemente pelo estudo da botânica. Estudou medicina em Saragoça, Valência e Madri, onde foi discípulo de A. J. Cavanilles. Realizou numerosas viagens de coletas pela Espanha, formando um extenso herbário. Em 1800, instalou-se em Madri onde conheceu Antonio José Cavanilles. Em 1801, quando Cavanilles é nomeado diretor do Jardim Botânico Real de Madri, Lagasca junto com José Demetrio Rodríguez passaram a trabalhar como estagiários no Jardim Real cuidando do herbário e das sementes.

Em 1801, publicou com Demetrio o trabalho "Descripción de algunas plantas del Real Jardín Botánico de Madrid". Com a morte de Cavanilles foi nomeado vice-professor de botânica do Jardim Botânico em 1806, e professor de botânica médica em 1807. Junto com Simón de Roxas Clemente y Rubio publicou em 1802 uma série de artigos sob o nome Introduccion a la Criptogamia nos "Anais das Ciências Naturais". Após a Guerra da Independência Espanhola (1808-1814), foi nomeado diretor do Jardim Botânico. Em 1816, publicou o trabalho "Elenchus plantarum quae in Horto Regio Botanico Matritensi colebantur" e o "Genera et species plantarum, quae aut novae sunt...". Entre o período de 1815 e 1823 adquiriu um enorme prestígio nacional e internacional. Foi eleito deputado e, em 1823, teve que abandonar o pais devido a restauração do absolutismo. Devido a sua fuga perdeu o seu herbário e os seus manuscritos.

Lagasca continuou seus estudos e publicações em Londres e Jersey. Retornou a Espanha em 1834, 11 anos após o seu exílio. Reassumiu o seu cargo de diretor do Jardim Botânico, onde permaneceu até a sua morte.

Bibliografia editar

  • Colmeiro, Miguel, "La botánica y los botánicos de la Península Hispano-Lusitana : estudios bibliográficos y biográficos", Madri, imprenta y Estereotípa de M. Rivadeneyra, 1858.

Ligações externas editar