Micetoma

infecção cutânea crônica causada por fungos ou bactérias

Micetoma é uma infecção subcutânea causada por fungos ou por actinobactérias. É mais comum Apesar de comum e grave é uma doença negligenciada[1] mais comum em regiões áridas e semi-áridas tropicais. Ela é encontrada em toda a América Latina, na África saariana, nos países árabes e na Índia.

Micetoma
Micetoma
Alterações histopatológicas associadas a actinomicetoma do pé
Classificação e recursos externos
CID-10 B47
CID-11 111175353
DiseasesDB 8472
eMedicine med/30 derm/280 derm/147
MeSH D008271
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Tipos editar

Há duas formas de micetoma: a de origem fúngica e a bacterial. A forma bacterial é conhecida como actinomicetoma, enquanto a fúngica é chamada eumicetoma. [2]

Espécies de bactérias que causam o actinomicetoma incluem:

Espécies de fungos que causa eumicetoma incluem:

Actinomicetoma: lesão antes do tratamento
e depois do tratamento

Causa editar

É causado pela penetração de actinobactérias ou fungos em uma ferida cortante ou penetrante como espinhos ou acidente com ferramentas. Essas bactérias e fungos estão amplamente difundidas no meio ambiente (ubíquas) e se alimentam de matéria orgânica (saprófitas). São mais comum em regiões áridas e semi-áridas tropicais.

Fatores de risco e proteção editar

O principal fator de risco é não usar luvas para proteger as mãos durante o trabalho objetos cortantes ou perfurantes e usar calçados que protejam os pés, de preferência botas. É frequente em jardineiros, carpinteiros e trabalhadores rurais. Se recomenda limpar a ferida com água, sabão e antisséptico (como álcool, iodado ou tiomersal). Água oxigenada não previne micetomas.

Sinais e sintomas editar

O primeiro sintoma visível do micetoma é um inchaço (pseudotumor) tipicamente indolor sob a pele que pode coçar e aumentará lentamente durante meses para um nódulo cada vez maior. Eventualmente o nódulo endure e se rompe liberando pus cheios de microrganismos. Com o tempo pode infectar e deformar os ossos e cartilagem.[3]

Diagnóstico e tratamento editar

Não há forma fácil e rápida para diferenciar micetomas bacterianos dos fúngicos. É necessário observar uma biópsia ao microscópio para determinar se o tratamento é com antibiótico( ou com antifúngico (como cetoconazol ou itraconazol) e cirurgia. Abscessos devem ser drenados com uma seringa guiada por ecografia. Algumas deformações podem ser corrigida com cirurgia outras requerem amputação.

O prognóstico é melhor para micetomas bacterianos.

Referências

  1. Sampaio, Felipe Maurício Soeiro; Wanke, Bodo; Freitas, Dayvison Francis Saraiva; Coelho, Janice Mery Chicarino de Oliveira; Galhardo, Maria Clara Gutierrez; Lyra, Marcelo Rosandiski; Lourenço, Maria Cristina da Silva; Paes, Rodrigo de Almeida; Valle, Antonio Carlos Francesconi do (13 de fevereiro de 2017). «Review of 21 cases of mycetoma from 1991 to 2014 in Rio de Janeiro, Brazil». PLOS Neglected Tropical Diseases. 11 (2): e0005301. ISSN 1935-2735. doi:10.1371/journal.pntd.0005301 
  2. van de Sande WW, Maghoub El S, Fahal AH, Goodfellow M, Welsh O, Zijlstra E (March 2014). "The mycetoma knowledge gap: identification of research priorities". PLoS Neglected Tropical Diseases. 8 (3): e2667. doi:10.1371/journal.pntd.0002667. PMC 3967943. PMID 24675533.
  3. Dr Annick

Ligações externas editar