Mongaguá

município do estado de São Paulo, na Região Metropolitana da Baixada Santista

Mongaguá é um município da Região Metropolitana da Baixada Santista, no estado de São Paulo, no Brasil. A população estimada de 2022 foi de 61,951 habitantes[2] e a área é de 143,205 km², resultando em uma densidade demográfica de 432,6 habitantes por km².

Mongaguá

Município da Estância Balneária de Mongaguá

  Município do Brasil  
Centro de Mongaguá.
Centro de Mongaguá.
Centro de Mongaguá.
Símbolos
Bandeira de Mongaguá
Bandeira
Brasão de armas de Mongaguá
Brasão de armas
Hino
Lema E pluribus unum
"De muitos, um"
Gentílico mongaguano ou mongaguense
Localização
Localização de Mongaguá em São Paulo
Localização de Mongaguá em São Paulo
Localização de Mongaguá em São Paulo
Mongaguá está localizado em: Brasil
Mongaguá
Localização de Mongaguá no Brasil
Mapa
Mapa de Mongaguá
Coordenadas 24° 05' 13" S 46° 37' 44" O
País Brasil
Unidade federativa São Paulo
Região metropolitana Baixada Santista
Municípios limítrofes Itanhaém, Praia Grande e São Vicente.
Distância até a capital 93 km
História
Fundação 30 de novembro de 1938 (85 anos)
Emancipação 31 de dezembro de 1959 (64 anos)
Administração
Prefeito(a) Márcio Melo Gomes (Republicanos, 2021 – 2024)
Características geográficas
Área total [1] 143,205 km²
População total (IBGE/2022[2]) 61 951 hab.
Densidade 432,6 hab./km²
Clima Tropical úmido (Af)
Fuso horário Hora de Brasília (UTC−3)
Indicadores
IDH (PNUD/2010[3]) 0,754 alto
PIB (IBGE/2021[4]) R$ 1 254 605,285 mil
PIB per capita (IBGE/2021[4]) R$ 21 421,71
Sítio https://mongagua.sp.gov.br/ (Prefeitura)

Topônimo editar

Mongaguá é uma palavra tupi-guarani que significa “água pegajosa”.

História editar

Época pré-colonial editar

Por volta do ano 1000, a região foi invadida por povos do tronco tupi provenientes da Amazônia. Eles expulsaram os habitantes anteriores, chamados tapuias, para o interior do continente.[5] Na época da chegada dos primeiros europeus à região, no século XVI, os guaranis habitavam às margens dos rios Mongaguá e Aguapeú.[6]

Colonização portuguesa editar

O português Martim Afonso de Sousa desembarcou nas Ilhas de São Vicente em 1532. Naquele momento, foi criado o primeiro núcleo populacional de origem portuguesa no Brasil, São Vicente. A partir do século XVI, emissários de Martim Afonso que viajavam pelo litoral de São Paulo, capitães de mato e jesuítas paravam em Mongaguá para descansar, numa época em que ainda não havia habitação permanente.

Aos poucos, com o passar do tempo, foram surgindo moradores fixos e, consequentemente, as primeiras propriedades. Durante o Brasil Colônia, parte do atual município de Mongaguá pertencia à capitania de São Vicente e parte pertencia à capitania de Itanhaém.

Em 1776, o Sítio de Mongaguá foi arrematado em leilão público pelo coronel Bonifácio José Ribeiro de Andrada, pai de José Bonifácio, o "Patriarca da Independência". A propriedade foi vendida ao padre João Batista Ferreira (1814) e, posteriormente, a Antônio Gonçalves Nobre (1847), Manuel Bernardes Muniz (1851) e a Heitor Peixoto (1892).

Século XX editar

 
Mongaguá, s.d. Arquivo Nacional.

Em 1910, foi construído o Hotel Balneário Marinho, que estimulou o turismo na cidade. Atualmente, o prédio abriga a prefeitura da cidade.

Com a formação da Companhia de Melhoramentos da Praia Grande, em 1913, cujos principais acionistas eram Fernando Arens Júnior, David Antônio dos Santos, Prudente Correia, Ernesto Diedrichs, Alberto Hugo de Oliveira Caldas e Abílio Smith Camargo, foram criados os loteamentos: Jardim Marina, Jardim Aguapeú, Vila Arens, Jardim Caiahu, o Centro de Mongaguá e a Vila Sorocabana. A Companhia de Melhoramentos, porém, não teve êxito maior em seus projetos, pois os paulistas daquela época não demonstraram interesse em passar as férias no litoral.

Em 1937, com a chegada da Estrada de Ferro Sorocabana, a ocupação da região começou a se intensificar.[7] Em 1938, foi criado o distrito de Itariri (ou Itarari), subordinado ao município de Itanhaém, que, em 1948, mudou sua denominação para Mongaguá.

Após a Segunda Guerra Mundial é que Mongaguá começou a se desenvolver. A construção da Rodovia Padre Manuel da Nóbrega, na década de 1950, deu um grande impulso ao crescimento do distrito.

Em 7 de dezembro de 1959, foi realizado o plebiscito para a emancipação de Mongaguá. Assim, o desejo da população de Mongaguá foi alcançado com uma votação esmagadora e o plebiscito foi aprovado. Em 31 de dezembro de 1959, o então governador de São Paulo, Jânio Quadros, assinou a Lei e Mongaguá foi elevada à categoria de município. A data do aniversário de Mongaguá passou a ser comemorada no dia em foi realizado o plebiscito e não na data da elevação à categoria de município.

Em 6 de dezembro de 1977, a Lei Estadual n° 1.482 concede a Mongaguá o título de "Estância Balneária".

Geografia editar

Hidrografia editar

Bairros editar

Balneário Samas

Balneário Triesse

  • Balneário Flórida Mirim
  • Balneário Plataforma
  • Balneário Itaguaí
  • Balneário Regina Maria
  • Balneário Agenor de Campos
  • Balneário Jussara
  • Balneário Itaóca
  • Balneário Santa Eugênia
  • Balneário Europa
  • Balneário Jardim Praia Grande
  • Balneário N. S. Fátima
  • Balneário Vila Atlântica
  • Balneário Leonor
  • Vila Operária
  • Vera Cruz
  • Centro
  • Balneário Aguapeú
  • Pedreira
  • Vila São Paulo
  • Jardim Caiaú

Praias editar

  1. Praia de Agenor de Campos
  2. Praia de Itaoca
  3. Praia de Santa Eugênia
  4. Praia de Vera Cruz
  5. Praia Central
  6. Praia Vila de São Paulo[8]

Plataforma de pesca editar

Construída na cidade em 1977, é a maior plataforma pesqueira em estrutura de concreto armado avançando 400 metros mar adentro formando um “T” e se lançando 86m para cada um dos lados. É cobrado um valor simbólico na entrada onde há sanitários e local apropriado para lavagem dos pescados, bem como espaço para lavagem de apetrechos de pescas. Visitada por inúmeros pescadores e turistas, o local é um dos cenários mais bonitos e encantadores do Brasil.

Clima editar

O clima de Mongaguá é o Clima de monção,[carece de fontes?] uma vez que todos os meses do ano possuem médias acima de 18 °C.Não existe estação seca, devido à proximidade com a Serra do Mar junto ao Oceano Atlântico, com verões quentes e invernos brandos, sendo os meses mais quentes janeiro e fevereiro, com uma média de 25 °C, e o mais frio julho, com uma média de 18 °C.

Dados climatológicos para Mongaguá
Mês Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Ano
Temperatura máxima média (°C) 28,2 28,6 28,1 26,2 24,4 23,1 22,2 22,4 23,3 24,4 25,8 27,3 25,3
Temperatura média (°C) 24,7 24,9 24,2 22,1 20,1 18,7 18 18,7 19,6 20,8 22,1 23,5 21,4
Temperatura mínima média (°C) 21,2 21,2 20,3 18,1 15,9 14,4 13,8 15,1 16 17,3 18,5 19,7 17,6
Precipitação (mm) 359 314 329 241 152 107 106 89 154 250 225 307 2 633
Fonte: Climate-Data.[9]

Demografia editar

Dados do Censo - 2010[10]

Comunicações editar

A cidade foi atendida pela Cia. Telefônica de Itanhaém[11] até 1976, quando passou a ser atendida pela Telecomunicações de São Paulo (TELESP)[12], que construiu as centrais telefônicas utilizadas até os dias atuais. Em 1998 esta empresa foi privatizada e vendida para a Telefônica[13], sendo que em 2012 a empresa adotou a marca Vivo[14] para suas operações de telefonia fixa.

Administração municipal editar

Prefeitos editar

 
Avenida Getúlio Vargas no centro de Mongaguá, com a prefeitura no canto direito.
  • José Cesário Pereira Filho (1960-1964)
  • João de Barros Teixeira (1964-1968)
  • Atílio João Fumo (1969-1972)
  • Casimiro Correia Neto (1973-1976)
  • Jacob Koukdjian Filho (1977-1982)
  • Casimiro Correia Neto (1983-1988)
  • Jacob Koukdjian Filho (1989-1992)
  • Artur Parada Prócida (1993-1996)
  • Jacob Koukdjian Filho (1997-2000)
  • Artur Parada Prócida (2001-2004; 2005-2008)
  • Paulo Wiazowski Filho (2009-2012)
  • Artur Parada Prócida (2013-2016; 2017-2018)
  • Márcio Melo Gomes (2018 -2020 - Atual)

Transportes editar

O principal acesso a Mongaguá se dá pela rodovia SP-55 (Rodovia Padre Manuel da Nóbrega). O município também é cortado por uma ferrovia, a Linha Santos-Juquiá da antiga Estrada de Ferro Sorocabana, porém os trens de passageiros não circulam mais pela localidade desde 1997 e desde 2003, a linha está desativada para cargas. Atualmente, as autoridades locais pretendem reativá-la para fins turísticos.[15][16]

Estância Balneária editar

 
Plataforma de Pesca de Mongaguá, a maior plataforma marítima de pesca da América Latina.
 
Poço das Antas, um dos principais pontos turísticos da cidade.

Mongaguá é um dos 15 municípios paulistas considerados estâncias balneárias pelo estado de São Paulo, por cumprirem determinados pré-requisitos definidos por Lei Estadual. Tal status garante a esses municípios uma verba maior por parte do Estado para a promoção do turismo regional. Também, o município adquire o direito de agregar junto a seu nome o título de Estância Balneária, termo pelo qual passa a ser designado tanto pelo expediente municipal oficial quanto pelas referências estaduais.

Pontos turísticos editar

  • Centro Cultural Raul Cortez
  • Praias
  • Parque Ecológico A Tribuna
  • Belvedere
  • Praça Dudu Samba
  • Zona Rural
  • Poço das Antas
  • Estátua Nossa Senhora Aparecida
  • Plataforma de pesca
  • Feiras de artesanato

Ver também editar

Referências

  1. IBGE (10 out. 2002). «Área territorial oficial». Resolução da Presidência do IBGE de n° 5 (R.PR-5/02). Consultado em 5 dez. 2010 
  2. a b «Mongaguá». 2022 
  3. «Ranking decrescente do IDH-M dos municípios do Brasil» (PDF). Atlas do Desenvolvimento Humano. Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). 2010. Consultado em 1 de agosto de 2013 
  4. a b «Produto Interno Bruto dos Municípios (Mongaguá)». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Consultado em 18 de janeiro de 2024 
  5. BUENO, E. Brasil: uma história. 2ª edição. São Paulo. Ática. 2003. p. 19.
  6. Mongaguá. Disponível em http://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/dtbs/saopaulo/mongagua.pdf. Acesso em 28 de março de 2017.
  7. Instituto Histórico Cultural de Mongaguá. Disponível em https://ihcdemongagua.wordpress.com/mongagua-meu-chao/. Acesso em 28 de março de 2017.
  8. https://qualipraia.cetesb.sp.gov.br/media/imagens-satelite-praias/satelite_mongagua.htm
  9. «Clima: Mongaguá». Climate-Data. Consultado em 12 de julho de 2015. Cópia arquivada em 12 de julho de 2015 
  10. «Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil - Mongaguá (SP)». Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil 
  11. «Incorporação da Cia. Telefônica de Itanhaém pela Telesp» (PDF). Diário Oficial do Estado de São Paulo 
  12. «Área de atuação da Telesp em São Paulo». Página Oficial da Telesp (arquivada) 
  13. «Nossa História». Telefônica / VIVO 
  14. GASPARIN, Gabriela (12 de abril de 2012). «Telefônica conclui troca da marca por Vivo». G1 
  15. «Mongaguá -- Estações Ferroviárias do Estado de São Paulo». www.estacoesferroviarias.com.br. Consultado em 30 de julho de 2020 
  16. «Projeto para Ramal Ferroviário de Santos-Cajati está em andamento». notícias. Consultado em 30 de julho de 2020 

Ligações externas editar