Motivo (psicologia)

Em psicologia a palavra motivo designa um traço de personalidade relativamente estável que determina quão importantes são para a pessoa determinados objetivos, ou seja, é uma disposição da personalidade voltada à valoração das consequências de uma ação. Desde meados do século XX (Murray, 1938) o termo motivo tem um significado próprio, diferente de motivação, que designa a disposição momentânea do indivíduo para agir, que é variável[1].

Motivos podem ser vistos também como componentes do processo de autocontrole, uma vez que eles permitem ao indivíduo encontrar maneiras criativas e flexíveis (isto é, que se adaptam a novas situações) de satisfazer suas necessidades. Além disso eles auxiliam o esforço da pessoa de corresponder às expectativas geradas pela autoimagem, pelos objetivos pessoais, pelos valores individuais e culturais, pelos papéis sociais. Os motivos auxiliam o processo de organização e representação cognitiva das experiências de vida ligadas à satisfação de necessidades, sobretudo das possibilidades de ação percebidas implicitamente, ou seja, não conscientes[2].

Ver também editar

Referências

  1. Asendorpf, Jens B. (2004). Psychologie der Persönlichkeit. Berlin: Springer.
  2. Rudolph, Udo (2003). Motivationspsychologie. Weinheim: Beltz.

Bibliografia editar

  • Asendorpf, Jens B. (2004). Psychologie der Persönlichkeit. Berlin: Springer. ISBN 3 540 66230 8
  • Heckhausen, Jutta & Heckhausen, Heinz (2006). Motivation und Handeln. Heidelberg: Springer. ISBN 3-540-25461-7
  • Rudolph, Udo (2003). Motivationspsychologie. Weinheim: Beltz. ISBN 3-621-27508-8