Synbranchus marmoratus

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Synbranchus marmoratus, também chamado muçum, muçu, peixe-cobra ou enguia-d'água-doce, é uma espécie de peixe teleósteo sinbranquiforme da família dos sinbranquídeos, encontrado em rios, lagoas (mesmo muito pequenas) e açudes da América do Sul.[1];

Como ler uma infocaixa de taxonomiaSynbranchus marmoratus
muçum, peixe-cobra

Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Actinopterygii
Ordem: Synbranchiformes
Família: Synbranchidae
Género: Synbranchus
Espécie: S. marmoratus
Nome binomial
Synbranchus marmoratus
Bloch, 1795
Sinónimos
  • Falconeria pinnata (Larrañaga, 1923)
  • Falconeria aptera (Larrañaga, 1923)
  • Synbranchus mercedarius (Weyenbergh, 1877)
  • Symbranchus tigrinus (Weyenbergh, 1877)
  • Symbranchus doringii (Weyenbergh, 1877)
  • Symbranchus hieronymi (Weyenbergh, 1877)
  • Synbranchus vittatus (Castelnau, 1855)
  • Synbranchus fuliginosus (Ranzani, 1840)
  • Synbranchus pardalis (Valenciennes, 1836)
  • Unibranchapertura lineata (Lacepède, 1803)
  • Synbranchus immaculatus (Bloch, 1795)
  • Symbranchus marmoratus (Bloch, 1795)

Etimologia editar

«Muçum» origina-se do termo tupi musũ.[2]

Características editar

A espécie é desprovida de escamas, de nadadeiras pares e de bexiga natatória, dando margem a uma semelhança bastante acentuada com os ofídeos,[3] ou com "enguias" (Anguliia, Anguillidae, do éixes do Hemisfério Norte). Em algumas espécies, a pele é cinzenta nos indivíduos jovens e amarelada nos indivíduos adultos. Noutras, é totalmente preta lustrosa, e secreta grande quantidade de muco.[3]

Em períodos de seca, vive durante meses enterrado em túneis, possuindo, ainda, a capacidade de sofrer reversão sexual[3] (Hermafroditismo sequencial). Apresenta hábitos noturnos e é onívoro, alimentando-se de vermes e outros invertebrados, pequenos peixes, lodo, larvas e vegetais.[3]

É comumente utilizado como isca para pesca, como a "tuvira" ou sarapó", Gymnotus carapo (Gymnotidae), e como alimento humano.

Galeria editar

Referências

  1. Aurélio Buarque de Holanda Ferreira (1986). Novo Dicionário da Língua Portuguesa, segunda edição. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1166 páginas 
  2. Eduardo de Almeida Navarro (2013). Dicionário de tupi antigo: a língua indígena clássica do Brasil. São Paulo: Global. p. 320. ISBN 9788526019331 
  3. a b c d Julio Seabra Inglez Souza; Aristeu Mendes Peixoto; e Francisco Ferraz de Toledo (1995). Enciclopédia agrícola brasileira. São Paulo: EdUSP. 607 páginas. ISBN 9788531407192 
 
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